Ministério do Esporte Para lutadora do taekwon-do, Bolsa-Atleta é golpe de pontuação máxima
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Para lutadora do taekwon-do, Bolsa-Atleta é golpe de pontuação máxima

Talento ela tem de sobra no tatame e na vida real. A luta agora é para conquistar a Bolsa-Atleta. Na sacrificada vida da atleta brasiliense de taekwon-do, Carla Santana Ribeiro, 23, ser contemplada durante um ano pela ajuda financeira mensal do Ministério do Esporte destinada aos atletas sem patrocínio é o incentivo que faltava para emplacar no topo do pódio em disputas nacionais e internacionais. Faixa preta da arte de lutar com as mãos e os pés, Carla conquistou ano passado o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, na categoria 55 quilos. Essa vitória é uma forte aliada para que a atleta possa ser contemplada pelo governo federal com a bolsa na categoria Nacional, no valor de R$ 750,00. Na última segunda-feira (30), um dia antes do prazo final para inscrição do Bolsa-Atleta e da apresentação de documentação junto ao Ministério do Esporte, a lutadora que há dois anos mudou-se para Uberlândia (MG), arrumou a mochila, juntou os trocados que tinha na carteira e encarou seis horas de estrada dentro de um ônibus com destino a capital federal. Motivo: protocolar pessoalmente os documentos no ministério. "Seguro morreu de velho. Melhor pecar por excesso que por falta", argumenta esperançosa, a atleta. E justifica que "nesse momento de dificuldades toda minha expectativa de futuro melhor no esporte deposito nessa oportunidade de ser contemplada pela Bolsa-Atleta". Caso seja contemplada com esse benefíco, Carla pretende fazer vestibular e pagar mensalidade da faculdade de Nutrição. "Além de custear as despesas para minha manutenção pessoal, esse recurso também será utilizado para o pagamento de alimentação, hospedagem e passagens que fizer para participar de competições", calcula. Carla começou a treinar o taekwon-do em 1998, aos 14 anos. A então moradora da quadra 514 de Samambaia (DF) conheceu o esporte a convite de Amanda, uma colega vizinha de sua casa que mais tarde faleceu vítima de acidente automobilístico. Os treinamentos por sua vez eram realizados no Centro de Ensino 512 de Samambaia. "Ali conheci meu ídolo, o professor Valdiná Luiz de França, com quem aprendi tudo e treinei até a faixa vermelha", reconhece. Carla sempre teve uma vida recheada de desafios. É filha de mãe diarista, Dona Ceci e irmã do caçula da família, o frentista, Claudio Santana, 20. "Busquei no taekwon-do a superação da ausência de meu pai. O lance da agilidade, da proteção e da segurança de defesa pessoal de quem a pratica me encantou", admite. "Logo no início, minha mãe não me deu apoio, porque ficava preocupada com os pequenos machucados que eu adquiria durante os treinos. Hoje eu sei que ela torce muito por mim, mas lamenta o fato de eu ainda não ter patrocínio para mostrar todo o meu potencial esportivo", revela. Privações a toda prova Antes de mudar de sua cidade natal, Carla trabalhou como operadora de telemarketing numa distribuidora de remédios em Brasília. A falta de tempo para treinar era o grande problema. "Trabalhava de 9h às 17h. Depois de um dia de labuta tinha que encarar ônibus de volta para Samambaia . Mal dava para treinar diariamente, porque eu ficava exausta", conta. Há dois anos parou de treinar para acompanhar o ex-marido, que na época estava desempregado. Ele teve uma boa proposta de emprego em Uberlândia e o casal mudou-se para a cidade mineira. Passados três meses o emprego dele não deu certo. "Aí, foi muito difícil. Estávamos os dois desempregados e passamos fome juntos", entristece-se ao recordar. Logo depois o casal se separou e a atleta, que permaneceu na cidade, voltou a treinar. Carla Santana trabalha e treina na Academia de Lutas Dom Rodrigo, em Uberlândia. "Moro perto do trabalho onde treino quatro horas diariamente e com tranqüilidade", disse. Ela também conquistou amizades importantes como Ridenes Rodrigues de Lima, seu atual treinador, além de Dom Rodrigo, o mestre e proprietário da academia, que permitiu que atleta morasse por um ano no local sem pagar aluguel algum. Conquista em ascenção No último sábado (28) Carla venceu a primeira etapa do campeonato mineiro. A disputa foi em Itabira (MG) e contou com a participação de mais de 500 lutadores. Para sagrar-se campeã do estadual ela terá que vencer duas das quatro etapas restantes. Enquanto treina, sonha em participar do Campeonato Paulista que acontece no próximo domingo (5), disputando na categoria convidados. Nesta categoria atletas do país inteiro podem disputar ao mesmo tempo em que passam pela avaliação de olheiros de diversos clubes. "Gostaria muito de ir, porque é uma chance de conseguir patrocínio. Como não consegui dinheiro para bancar passagem e despesas de viagem, é melhor apostar todas as minhas fichas torcendo pelo resultado positivo na conquista do Bolsa-Atleta", pondera. Carla Belizária Foto: Francisco Medeiros Ascom - Ministério do Esporte

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla