Ministério do Esporte Treinadoras de futebol de Angola e do Timor-Leste farão do esporte bandeira de luta
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Treinadoras de futebol de Angola e do Timor-Leste farão do esporte bandeira de luta

Na cabeça, a idéia fixa de que a experiência como jogadoras as credencie para serem excelentes treinadoras. No coração, a determinação de fazer com que o futebol resgate a cidadania e promova a geração de emprego em seus países de origem. Esse é o bate-bola que permeia a vida das duas únicas mulheres do Timor-Leste e de Angola a exercerem a função de técnicas de futebol e que, a partir de agora, encontram-se na capital federal para aprimorarem seus conhecimentos profissionais. A angolana Lourdes Lilonda, 32, e a timorense Angrácia Fernandes, 20, participam da primeira turma da Escola Internacional de Futebol. Composta por 40 profissionais de seis das oito nações integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Moçambique, Guiné Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste. Portugal não mandou representação e o Brasil é o anfitrião. Realizado no Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB) o curso tem duração de dois meses e vai oferecer aos participantes aulas teóricas. A iniciativa do Ministério do Esporte, solidificada por meio de termo de cooperação internacional com a UnB, tem apoio do Ministério das Relações Exteriores e Associação dos Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros (Anceabra). Desafios a superar em Angola Enquanto agrega valor à profissão no Brasil, Lourdes Lilonda traça planos para o futuro. Casada, mãe de três filhos, ela tem histórico como jogadora profissional tendo atuado em times como o Progresso de Sanbizanga e, principalmente, como jogadora da seleção feminina de futebol da Angola. "Em Angola não existe a profissão de técnica de futebol e é muito difícil viver da profissão. Mas tenho certeza que a partir desse curso pioneiro da história do futebol estarei habilitada para defender junto a governos e confederações o reconhecimento da categoria profissional de treinador de futebol, garantindo inclusive, a remuneração salarial que todos os envolvidos com o esporte tanto almejam", revela animada. Futebol e a o resgate social no Timor Assim como Lourdes Lilonda, a técnica Angrácia Fernandes também declarou estar muito feliz com a oportunidade de ser a única representante do sexo feminino do Timor-Leste a ser contemplada com o curso de aperfeiçoamento no "país do futebol". A atleta é solteira e joga futebol há seis anos, no Clube Benfica, ou seja, desde os 14 anos de idade atua como voluntária. "Minha relação com o futebol é um caso de amor", admite. Consciente de que o Timor, após longo período de crises, dispõe de poucos recursos e necessita promover a educação e a saúde, Angrácia acredita que por meio do futebol pode-se também assegurar o desenvolvimento social de seu povo. "Contamos atualmente com cerca de 16 times femininos e incalculáveis equipes masculinas. Necessitamos avançar nesse processo, estruturando a modalidade, valorizando o trabalho dos profissionais e investindo na capacitação", afirma, ao antecipar que a oportunidade que está tendo de aprimorar seus conhecimentos no Brasil "fará com que eu retorne ao timor como heroína". Disparidade salarial no futebol Para João Bosco Borba, presidente Aceabra, a realidade salarial dos jogadores de futebol em todo o mundo é uma situação divergente. Ao explicar que o futebol é o esporte onde existem os maiores e melhores salário, o presidente da associação que apoiou a criação da Escola Internacional de Futebol defende ser "inaceitável que esse entretenimento que mobiliza, interage e propicia o prazer e a realização pessoal, coletiva e de gênero esteja restringido a um nível inimaginário de reconhecimento de renda". O empresário garante que no envolvimento da mulher em qualquer área que ela atue, inclusive no esporte, ela sempre se faz presente e consegue grandes vitórias. "Acredito que a determinação feminina, respaldada pela garra e comprometimento das autoridades de seus países, sejam fundamentais para esse processo de evolução no futebol", finaliza. Carla Belizária Foto: Francisco Medeiros Ascom - Ministério do Esporte

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