Ministério do Esporte Discurso do ministro do Esporte no lançamento da Timemania
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Discurso do ministro do Esporte no lançamento da Timemania

Presidente Lula: missão cumprida! Chegamos, hoje, ao final de importante etapa do esforço realizado pelo seu governo para fortalecer o futebol brasileiro. Temos aqui, concretamente, a Timemania. Mais que um produto - que uma nova loteria - é um instrumento de realinhamento fiscal dos nossos principais clubes de futebol. A Timemania permite o parcelamento das dividas dos clubes em até 240 meses, de modo a regularizar a situação fiscal junto ao Instituto Nacional do Seguro Social, a Secretaria da Receita Federal do Brasil, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. A Timemania resolve o passado e expressa o compromisso dos clubes de manter a "casa arrumada" e a regularidade fiscal, sob pena de perder as vantagens oferecidas por esse programa. O sucesso da Timemania já pode ser medido pela participação dos clubes. Todos os clubes, ou seja, 100% dos que poderiam participar do programa, já o fizeram, quando assinaram o compromisso de adesão junto à Caixa Econômica Federal, no prazo estabelecido em lei. A sua decisão, Presidente, de criar um programa de recuperação dos clubes - com apoio imprescindível do Congresso Nacional - é o reconhecimento do Brasil da importância do futebol para nosso povo. Esta modalidade esportiva é um dos principais componentes da nossa cultura, constituindo-se em um fator de unidade nacional e de identidade do Brasil no mundo. O futebol é fonte inesgotável de alegrias para um povo que tem por ele verdadeira paixão. É pratica corporal presente em todos os quadrantes da nação, uma vez que em cada canto do país há um campo de futebol. E é um esporte que tem nas mulheres sua mais nova e impressionante face de talento e beleza, é o que vemos na Seleção Brasileira de futebol feminino e na I Copa do Brasil, recentemente organizada pela CBF. É por tudo isso, senhoras e senhores, que o governo federal - sempre com participação intensa do Congresso Nacional - coopera para o desenvolvimento cada vez maior do nosso futebol. Pentacampeão mundial da Fifa e com tantos artistas da bola desfilando pelo mundo, não há quem duvide da nossa força dentro das quatro linhas. Contudo, podemos mais fora delas. Senhor Presidente, minhas senhoras e meus senhores, é nítida a evolução do futebol brasileiro fora das quatro linhas. Hoje, os principais campeonatos têm regras conhecidas por todos. Não há qualquer espaço para especulações sobre viradas de mesa ou coisa parecida. E esta é uma conquista importante. Temos hoje uma padronização nos balanços anuais de todos os clubes, que são veiculados em meios de comunicação de circulação ampla. Isto significa maior transparência na gestão e permite acompanhamento pleno dos sócios e da sociedade. A consciência de que o torcedor é sujeito de direitos cresce nos clubes e instituições públicas responsáveis pela segurança e pelo bem-estar de nossos torcedores. Melhores instalações nos estádios e os planos de jogo saem da letra da lei, do Estatuto do Torcedor, e se tornam realidade. O Ministério Público dos Estados tem dado importante contribuição. Costumo freqüentar estádios e percebo mudanças importantes no comportamento das torcidas organizadas. Elas deixam cada vez mais os cânticos ofensivos aos adversários e à Policia e passam a valorizar coros de motivação ao seu clube do coração. Isso muda o astral do estádio. Poderia falar de outros exemplos de mudanças na estrutura e na cultura de nosso futebol, e que precisam ser valorizados para que continuem a avançar. A crítica tem seu papel na sociedade. O gestor tem o dever de ouvi-las e dialogar com cada uma delas, entretanto, é importante perceber os avanços e valorizá-los, só assim seguiremos alcançando novas conquistas. Tenho convicção que veremos, mais nitidamente, nos próximos anos, o profissionalismo que cresce na administração dos nossos clubes: quem vive no mundo do futebol já percebe isso. Acredito que profissionalizar inclui reconhecer e valorizar a dimensão econômica do futebol, que continua sendo arte, jogo, brincadeira, cultura, mas, é, cada vez mais, negócio. É preciso agir com essa perspectiva. Devemos sofisticar a economia do futebol brasileiro. Isso ocorre quando cuidamos dos torcedores, oferecendo ambientes seguros e confortáveis em nossos estádios, porque mais torcida presente transforma a bilheteria numa fonte relevante de receitas para os clubes. O que, aliás, acontece nos principais campeonatos do mundo. Será preciso definir uma política de ingressos coerente com um espetáculo, porque essa estória de jogo a R$1 ajuda pouco. Quanto vale a marca de clubes que mobilizam grandes legiões de aficcionados? O que fazer para que sua torcida valorize cada produto original vinculado a sua paixão? As respostas devem ganhar forma de planos de marketing e de promoções. No mundo é assim, aqui também pode ser. A economia do futebol se desenvolve com a estabilidade nas regras do jogo, que felizmente consolidamos no Brasil. Todos conhecem as normas, tabelas, critérios de ascenso e descenso. Isso dá credibilidade aos torneios do país, abre o mercado internacional e motiva a televisão a estruturar planos de negócios para melhor remunerar os clubes. Os direitos de transmissão, das TV's abertas e fechadas, são fundamentais para essa nova fase. Insisto em ampliar e diversificar as fontes de receita, aumentar o profissionalismo e a transparência na gestão, sempre referenciado nos torcedores, por ter convicção de que podemos ter uma economia do futebol mais forte e competitiva, e assim, enfrentar a nossa maior debilidade que é a transferência precoce de jovens talentos. A transferência se dá, sobretudo, pela necessidade que tem os clubes de equilibrar suas contas. Eles ainda são muito dependentes desta fonte de receita, já que a arrecadação com bilheteria, direitos de transmissão, licenciamentos e promoções hoje estão muito aquém do necessário. Outra face desse problema diz respeito ao apoio e fortalecimento dos clubes que formam os jogadores de futebol. Os tradicionais clubes formadores clamam por ajustes na legislação esportiva brasileira. O projeto de lei de nº 5186, enviado ao Congresso Nacional, aborda essa questão. Numa reunião de trabalho recente com o nosso querido Pelé, ele próprio sugeriu a revisão da legislação brasileira. Dezenas de outras reuniões já foram realizadas pelo Ministério do Esporte com parlamentares, dirigentes, técnicos, atletas e empresários, e acredito, senhor Presidente, que em aproximadamente 60 dias teremos mais sugestões para a revisão de nossa legislação. Por fim, importa realçar que parte dos recursos captados pela Timemania financiará outras dimensões do esporte. Pouco tem sido divulgado, mas a nova loteria vai gerar recursos para os esportes olímpicos e os para-olímpicos, fixados em normas anteriores, que prevêem repasse de 2% da arrecadação de todas as loterias ao Comitê Olímpico Brasileiro e ao Comitê Para-olímpico Brasileiro. Permitirá, também, apoio às secretarias estaduais de esporte para investirem exclusivamente no esporte educacional, o que é fundamental para a inclusão social. Ainda permitirá repasses de recursos para os clubes sociais, através da Confederação Brasileira de Clubes - CBC. Os clubes sociais são patrimônios históricos do país responsáveis pela formação de grandes ídolos do esporte brasileiro e fazem jus a esse apoio. A Timemania vai, portanto, muito além das fronteiras do futebol. A Timemania, finalmente, entrou em campo, o que é muito bom para o futebol brasileiro, para o esporte e para o Brasil, que em 2014 fará a melhor Copa do Mundo da Fifa de todos os tempos. Muito Obrigado. Orlando Silva Ministro do Esporte

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