Voluntários com deficiência superam limites e brilham no Rio 2007

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Publicado em Segunda, 20 Agosto 2007 14:30

A superação é um dos sentimentos que movem os atletas nos Jogos Parapan-americanos Rio 2007. Mas ela não existe apenas nas competições. Um grupo de 50 voluntários com deficiências físicas, mentais e motoras esbanja simpatia e eficiência no apoio ao Rio 2007. Eles estiveram nos portões dos locais de competição, nos postos de controle e no auxílio aos atletas e jornalistas na Vila. A carioca Iona Bocikis era uma das mais animadas da turma. Há 20 anos, um acidente de carro pôs fim ao sonho de se tornar advogada especializada em Direito Internacional. Ela ficou com o movimento dos membros inferiores comprometido e com seqüelas na fala e na visão. Após um longo tratamento, recuperou parte dos reflexos e já fala quase sem dificuldade. Ela acredita que seu estado de saúde apresentará uma sensível melhora após os Jogos. "Trabalhar no Pan e no Parapan foi uma terapia para mim. Tive uma ótima chance de ajudar as pessoas e de me ajudar também. Gostei tanto que agora penso em trabalhar com eventos", diz Iona, que prestou serviço na Vila na área de protocolo. O paulista Danilo Moreira de Moraes, 21 anos, deficiente visual, foi convidado por uma amiga para trabalhar no Parapan. Ele foi inscrito no programa de voluntários na véspera da cerimônia de abertura. E já sente saudades da competição. "Está fantástico. Além da visibilidade para a causa dos deficientes, os Jogos deram a oportunidade única de tomar contato com hábitos e culturas diferentes", afirma Danilo, que trabalhou no apoio aos jornalistas e veículos de comunicação na Vila. Ascom-Ministério do Esporte