Brasil recebe 64 países no III Jogos Mundiais de Cegos a partir de domingo

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Publicado em Sexta, 27 Julho 2007 16:37

Além dos Jogos Parapan-americanos, outra grande competição reúne atletas com deficiência no Brasil, desta vez, representantes de 64 países. A III edição dos Jogos Mundiais de Cegos será realizada em São Paulo (SP) e São Caetano do Sul (SP), entre os dias 29 de julho e 8 de agosto. O campeonato contará com a participação de 973 esportistas e envolverá, aproximadamente, mais 600 profissionais. Com o lema "O espírito humano superando limites", o campeonato será aberto ao público para as disputas de todas as sete modalidades. Powerlifting, atletismo e judô serão realizadas em São Paulo. Já natação, goalball e futebol de 5 (categorias B1: cego, e B2: baixa visão) poderão ser vistas em São Caetano do Sul. A delegação do Brasil, uma das favoritas do mundo, será composta por 156 pessoas, sendo 89 desportistas. Eles também disputarão vagas e rankings classificatórios para as Paraolimpíadas da China 2008, já que 120 atletas serão nomeados a partir do III Mundial de Cegos. A edição brasileira dos jogos será a maior em relação às primeiras, realizadas na Espanha (1998) e no Canadá (2003). De acordo com o secretário-geral do Comitê Organizador do III Mundial e diretor-técnico da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), Antônio Menescal, mais atletas, países, membros de delegações e modalidades marcam esta grande competição. Outra particularidade do campoenato no Brasil é a proximidade geográfica e temporal com os Jogos Parapan-americanos, que acontecem no Rio de Janeiro de 12 a 19 de agosto. Desta maneira, 320 desportistas do Mundial seguirão para as disputas na capital carioca após os jogos, incluindo todos os atletas da delegação brasileira. Para o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Djan Madruga, o evento é de importância. "No momento em que o Brasil busca mostrar para a comunidade esportiva do mundo sua capacidade em organizar eventos internacionais, a realização dos III Jogos Mundiais vem contribuir sobremaneira para que o nosso país seja reconhecido como um grande empreendedor esportivo", explica. Para Antônio Menescal, o Mundial deixará um legado importantíssimo à sociedade brasileira. "Ao realizar um evento dessa amplitude e relevância no cenário nacional e internacional, contribuímos não só com o desenvolvimento do esporte entre cegos e pessoas de baixa visão, mas deixamos também o legado da quebra de preconceitos e do pressuposto e cerceador estigma da incapacidade. Pretendemos mostrar o potencial esportivo, social, político e participativo dessa população", afirma. Incentivo do Ministério do Esporte O Ministério do Esporte disponibilizou R$ 300 mil para realização do III Mundial de Cegos. Os jogos são organizados pela CBDC (Confederação Brasileira de Desporto para Cegos) e pela IBSA com o apoio do Comitê Paraolímpico Brasileiro, do Governo do Estado de São Paulo e das Prefeituras de São Paulo e de São Caetano do Sul. Expectativa de medalhas para o Brasil Para Menescal, o Brasil possui grandes chances de medalhas no campeonato. "Os atletas cegos e de baixa visão são expoentes no esporte paraolímpico brasileiro. Certamente teremos recordes mundiais sendo quebrados e uma colocação geral que confirme o Brasil como potência paraolímpica internacional", destaca. Para mais informações, entre no site www.jogosmundiaisdecegos.com.br . Anita Campos Ascom-Ministério do Esporte Foto: Confederação Brasileira de Desporto para Cegos - CBDC