Ministério do Esporte Projeto social produz campeões da vela
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Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

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Projeto social produz campeões da vela

O jovem velejador que, ao lado do veterano Bernardo Arndt, defenderá o Brasil na categoria hobie cat-16 tem perfil bem diferente dos que dominam esse esporte. Caiçara natural de Ilha Bela (SP), Bruno Oliveira, 19 anos, é filho do dono do bar local. Começou a velejar aos 12 anos, na escolinha de vela da prefeitura e logo passou para o Navegar, um projeto da então Secretaria Nacional de Esporte voltado a popularizar a vela. Outro fruto do projeto é Ronion Silva. Filho de motorista, ele foi campeão brasileiro de vela em 2005, na categoria optimistic, e, por estes dias concorre na Austrália a campeão mundial júnior de hobie cat. Hoje o Navegar integra o Segundo Tempo, um projeto muito mais amplo do Ministério do Esporte que visa garantir o acesso de estudantes carentes à prática esportiva, fora do horário escolar. Além de experimentar diversas modalidades, os alunos recebem uniforme, alimentação e reforço escolar. "O esporte é um direito e elemento importante da formação porque desenvolve não só o físico como aspectos motores, psicológicos, cognitivos e de socialização", frisa o secretário Nacional de Esporte Educacional, Júlio Filgueira, responsável pelo projeto. Desde que foi criado, em 2003, o Segundo Tempo já atendeu 2,01 milhões de crianças e adolescentes de 1.498 municípios de todo o País, garantindo-lhes jornada escolar completa ao menos três vezes por semana, a um custo de R$ 19 mensais por aluno. Mas se o custo é pequeno, os resultados são enormes em termos de redução da evasão e melhoria do desempenho escolar, além de ter trazido de volta para a escola muitas crianças que a haviam abandonado. Filha de uma faxineira, Raina de Souza Soares, de 17 anos, é um bom exemplo do impacto que o programa pode ter na vida dos beneficiários. Raina, que entrou no projeto aos 12 anos com três repetências no currículo, é hoje excelente aluna. "Eu adorava os esportes e eles cobravam desempenho escolar para continuar no projeto. Comecei a estudar por isso, logo peguei gosto e hoje estudo porque sei que é o único jeito de ter um futuro na vida", conta a menina, que está se preparando para prestar concurso para entrar na marinha. "Tenho vontade de seguir carreira militar, com os esportes descobri que posso ter disciplina". Encantada com os efeitos do projeto sobre a filha, a mãe de Raina, Marla Soares, há um ano matriculou também seu caçula no Segundo Tempo: "Ele andava terrível, mas já começou a melhorar". Além de reforço escolar e da alegria e disciplina dos esportes, Raina e outros três adolescentes do Segundo Tempo ganharam do projeto uma viagem à Suíça para participar, em 2005, do Play for Peace, os jogos que reúnem crianças e adolescentes de regiões de conflito e risco social do mundo inteiro, com o objetivo de promover a convivência pacífica e torná-los líderes na defesa da paz. "Foi uma experiência inesquecível", diz Raina. "O projeto busca dar acesso e valorizar todas as manifestações esportivas que possam contribuir com a formação de crianças e adolescentes", diz Filgueira. Segundo ele, o objetivo do Segundo Tempo é universalizar o esporte na escola, o que só chegará a se cumprir plenamente com a inclusão de práticas esportivas em toda a rede pública, por meio da expansão da jornada escolar. "Começar com as populações mais carentes é uma forma de chamar a atenção para a importância e o impacto que o esporte pode ter na formação dos jovens", conclui o secretário que, para o ano que vem, promete dar novo impulso ao Navegar-Segundo Tempo, com a colaboração de seu idealizador, o veterano Lars Grael. O Segunto Tempo se articula com os outros projetos sociais do Ministério do Esporte, como o Pintando a Liberdade e o Pintando a Cidadania, que oferecem ocupação e renda a presidiários e comunidades carentes. Ascom - Ministério do Esporte Foto: Bruno Carvalho - Sepan

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