Ministério do Esporte Quilombo Campinho da Independência é a porta de entrada da Tocha Pan-americana no Rio
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Quilombo Campinho da Independência é a porta de entrada da Tocha Pan-americana no Rio

Em uma cerimônia simbólica, acompanhada pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr., a Tocha Pan-americana chegou ao Estado do Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira (09), a quatro dias da abertura dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. O ponto de desembarque foi o quilombo Campinho da Independência, situado às margens da rodovia Rio-Santos, nos limites do município de Paraty, na região sul fluminense. Neste quilombo, o único do Rio de Janeiro a receber o certificado de propriedade de terra, vivem mais de cem descendentes de escravos que fugiram das fazendas da região no século XIX. "Esta é uma forma de homenagear uma matriz importantíssima da sociedade brasileira", afirmou Silva Jr.. "E também uma maneira de agradecer a contribuição dada por esse povo a todos os setores de nossa sociedade, sobretudo na cultura, nas artes e nos esportes", disse. Silva Jr. destacou o talento e a dedicação dos atletas negros da equipe pan-americana brasileira. E não se poupou de fazer uma previsão: "Podem estar certos que eles trarão muitas medalhas e alegrias para o nosso povo", afirmou. Ao som de músicas afro-brasileiras, marcadas por tambores e atabaques, o ministro do Esporte lembrou das ações do governo federal para a valorização da cultura negra e a diminuição da desigualdade racial. Na sua avaliação, a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Social (Seppir) - dirigida pela ministra Matilde Ribeiro, também presente à cerimônia - e a indicação de Matilde, de Gilberto Gil (Cultura) e dele próprio para a condução de ministérios são exemplos inequívocos da eficiência das políticas de afirmação e de igualdade implementadas pelo governo. "Infelizmente, pobreza até hoje tinha cor no Brasil. Mas as ações do governo Lula começam a alterar esse quadro", avaliou. Os momentos mais marcantes da cerimônia foram os encontros do ministro com o agricultor e líder da comunidade Valentim Gonçalves, 82 anos, neto de escravos, para quem passou a tocha, e com a mãe de santo Ianitinha de Oxum, que aos 76 anos veio de Salvador para a festa. Ianitinha, inclusive, recebeu do presidente Lula a comenda da Ordem do Rio Branco, pelo trabalho de preservação dos ritos afro-brasileiros. Os atores Milton Gonçalves (que assumiu o papel de mestre de cerimônia) e Antônio Pitanga e o ex-atleta Robson Caetano (um dos condutores da lanterna que trazia a chama pan-americana) também estiveram no quilombo. Quilombo é o único do Rio reconhecido pelo estado Localizado a 20 km do centro histórico de Paraty, o Quilombo Campinho da Independência é a única comunidade quilombola reconhecida pela Fundação Palmares do Rio de Janeiro. Em março de 1999, seus cerca de 100 moradores receberam o certificado de propriedade da área onde está instalada a comunidade. Todos os habitantes descendem de três escravas: as senhoras Antonica, Marcelina e Luiza. Conta-se que as três tinham cultura, algumas posses e moravam nas casas grandes ao lado de seus senhores. Com a abolição da escravatura, os donos das fazendas abandonaram suas propriedades e as terras foram loteadas entre os escravos. Hoje os quilombolas vivem das plantações de arroz, feijão e milho. Cultivam também mandioca e cana-de-açúcar. Alguns moradores se dedicam ao artesanato. A culinária é outro ponto alto da comunidade. Durante a cerimônia de revezamento da tocha pan-americana foi servido um belo café da manhã da roça. Entre as delícias da mesa quilombola havia cuzcuz de banana e suco de semente de jussara, um primo distante do palmito açaí amazônico. >Ascom-Ministério do Esporte

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