Ministério do Esporte II Conferência Nacional do Esporte entrevista presidente do Confef
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II Conferência Nacional do Esporte entrevista presidente do Confef

Steinhilber: "A Conferência dissemina a idéia de que o esporte vai além das medalhas" Parceiro do Ministério do Esporte e um dos mais importantes mobilizadores da sociedade no processo da II Conferência Nacional do Esporte, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) envolve, desde as fases municipais, todos os 13 Conselhos Regionais (CREFs) na convocação da comunidade esportiva. Segundo o presidente da instituição, Jorge Steinhilber, os esforços têm conseguido bom resultado: a grande mobilização em torno das conferências por todo o país. Entre estudantes e profissionais inscritos, o Conselho envolve mais de 250 mil pessoas em todo o país. Steinhilber é professor desde 1969, integrante de vários projetos de cunho social e recebeu diversas moções e premiações pelos serviços prestados como professor e como gestor do esporte. Em 2000, foi reeleito presidente do Conselho Federal de Educação Física. Em entrevista ao Portal, Steinhilber fala sobre a Conferência do Esporte, a participação dos profissionais no evento e a importância do esporte no Brasil. Qual a papel da CONFEF na mobilização da comunidade esportiva para a Conferência do Esporte? Jorge Steinhilber - O CONFEF envolveu todos os 13 Conselhos Regionais no processo. Os conselheiros envolveram-se na organização das Conferencias Estaduais e regionais sendo que nas regionais, em alguns casos, eles foram praticamente os organizadores. Mobilizamos os dirigentes das instituições de ensino superior e os mais de 100 mil estudantes de Educação Física hoje nos bancos escolares. Conclamamos os mais de 150 mil profissionais de Educação Física inscritos no sistema a participarem, discutirem e envolverem-se nas Conferências de Esporte. Além disso, sugerimos que os profissionais divulgassem aos atletas e à comunidade em geral a importância de se envolver e aproveitar a oportunidade de debater a questão do esporte. Qual sua opinião sobre o processo de Conferência Nacional do Esporte? JS - Trata-se de um processo novo que possibilita à sociedade a apresentação de suas reivindicações, posições, protestos e solicitações em relação ao esporte. É efetivamente um processo democrático que dá oportunidade ao envolvimento da sociedade na construção das políticas públicas para o esporte. Trata-se de uma forma de disseminara idéia de que o esporte não é apenas ganhar medalhas ou as competições de rendimento. É também a oportunidade de lutar pelo respeito ao direito ao esporte, garantido na Constituição, e lembrar o dever do estado de garantir o seu amplo acesso. Por meio da Conferência, lutamos para que os direitos sejam iguais para todos, tanto no que se refere à oferta, como na dinamização das atividades. Como o senhor vê a participação conjunta de população, governo e entidades esportivas na discussão de políticas públicas do segmento? JS - Até há pouco tempo, acreditava-se que somente os experts ou aquelas pessoas diretamente envolvidas com o esporte de alto rendimento ou os gestores esportivos tinham condições e espaço de contribuição e definição das questões relativas ao tema. Hoje, conseguimos valorizar o esporte sob a ótica de sua contribuição social, tanto na formação como na promoção de saúde. Com a participação abrangente da sociedade, desloca-se o eixo dos atletas de ponta para os aspectos do atendimento e da valorização de todos, que vai além da medalha. Através das diversas iniciativas do Ministério do Esporte, como por exemplo a Conferência do Esporte, a sociedade passa a reivindicar e discutir em igualdade de condições. Surgem os debates e embates e, da diversidade, surgem as propostas. Avalio esse processo como muito rico e com grande capacidade de contribuir para o rumo e as deliberações das entidades governamentais. Na sua análise, a existência de um ministério exclusivo para o setor tem impacto positivo? JS - Entendemos ser muito importante haver um ministério específico. O CONFEF tem sido parceiro do Ministério desde a criação da pasta. Nesse sentido, atuamos no sentido de legitimar o Ministério do Esporte como uma entidade que tem a responsabilidade de contribuir para a promoção da saúde, da prevenção de doenças, além da inclusão social e do resgate da cidadania através da atividade física e esportiva. Quais as principais carências do esporte no país, em sua opinião? E quais as principais medidas que podem saná-las? JS - Uma das carências é o descaso com a Educação Física escolar. Outra é com o aspecto do ensino das atividades esportivas especificas, envolvendo escolas, clubes, SESI, SESC e associações, que sofrem com a carência de instalações públicas. Falta reconhecimento da importância do profissional de Educação Física como dinamizador e orientador das atividades esportivas. As principais medidas para saná-las são de ordem política para que se perceba o quanto de benefício o esporte traz. Vontade política de aumentar os recursos para essa área é uma maneira de mudarmos o cenário. Outras medidas seriam criar um fundo esportivo, incentivos fiscais e um controle social desses recursos através dos atores da área. Qual a forma do esporte conquistar de uma vez por todas o status de política pública e ter mais reconhecimento como direito social, JS - Divulgar junto a sociedade, aos legisladores, ao judiciário e ao executivo as enormes cifras que o esporte movimenta e o quanto representa de economia para a área da saúde uma sociedade ativa. Além disso, o quanto representa de benefício social as atividades físicas quando efetivamente ensinadas por profissionais de Educação Física. Certamente, quando todos perceberem seu valor, mais recursos orçamentários serão disponibilizados e o mesmo estará mais inserido nas políticas públicas. Rafael Brais Castro

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