Ministério do Esporte Cerca de 2 mil alunos vêem no esporte uma solução para cumprir os Objetivos do Milênio
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Cerca de 2 mil alunos vêem no esporte uma solução para cumprir os Objetivos do Milênio

Educando com cidadania. Cerca de 2 mil alunos do Colégio Ciman, da rede particular de ensino, em Brasília (DF), já estão trabalhando a todo vapor com projetos que incentivam a implantação de ações comunitárias para ajudar o país a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) - uma série de metas sócio-econômicas que a Organização das Nações Unidas (ONU) se comprometeram a atingir até 2015, englobando áreas como renda, educação e saúde. Para os alunos, o esporte entra como uma das ações prioritárias para o desenvolvimento social, qualidade de ensino e de vida. Em 2004, o colégio recebeu o "Selo Escola Solidária" por estar comprometido com a educação solidária, participativa e cidadã. Em 2005, o desafio vem sendo ainda maior: trabalhar com os alunos o projeto da ONU sobre "8 Jeitos de mudar o mundo" como erradicar a pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. O esporte também entra como ferramenta viável e prática para apoiar a realização dos Objetivos do Milênio. De acordo com a ONU, o esporte tem impacto positivo na saúde das pessoas, reduzindo a probabilidade de muitas doenças. Os programas esportivos servem como um instrumento eficaz para a mobilização social, prestando apoio às atividades da saúde, tais como campanhas de educação e imunização relacionadas ao HIV/aids, além de aumentar os índices de freqüência escolar e reduzir o comportamento anti-social, inclusive a violência. O estímulo para os estudantes veio em boa hora. Segundo a coordenadora pedagógica, Adriana Ribeiro, é preciso aprender, criar novas possibilidades de aprendizagem, de leitura de mundo, de intervenção e participação social. "Queremos ensinar não só o conteúdo das matérias, mas trazê-las para a realidade do aluno, contextualizando-as, dando real significado ao conteúdo aprendido em sala de aula", disse. Desde o início do ano, os objetivos da ONU vêm sendo adotados em cada disciplina, da Matemática até a Educação Física, que para Adriana "é um tema multidisciplinar, que pode ser abordado em várias áreas e de diversas formas". Ela cita como exemplo as aulas de Ciência, onde os alunos da 7ª série avaliam a alimentação dos colegas menores. Depois, redigem uma carta aos pais dos pequenos afirmando se a criança tem se alimentado de forma adequada e se há ou não algum desperdício. Essas informações valem também para as aulas de Educação Física, aonde os alunos das 5ª e 6ª séries vêm revezando as aulas práticas com debates sobre atividades físicas e alimentação saudável. "Foi uma surpresa para nós, pois esperávamos uma reação contrária dos alunos. Eles se envolveram com o tema e participaram bastante, questionando vários itens" revelou a professora de Educação Física, Luciana Maria Polloni. Ainda segundo ela, a abordagem não parou por aí, outros temas como obesidade, distúrbios alimentares (bulimia, anorexia e compulsão alimentar), além do uso de anabolizantes também foram debatidos com os alunos. Para Dafny Oliveira, 12 anos, da 6ª série, aprender o valor dos alimentos foi de muita utilidade. "Não sabia que a casca de banana e a casa de ovo pudessem ser tão nutritivas. Além das dicas sobre qualidade de vida, gostei também de receber noções sobre o respeito ao meio ambiente". Yasmin Barbosa, 11 anos, da 5ª série, tenta aplicar em casa as informações que recebeu na escola. "Agora sei da importância de uma refeição balanceada. Tento convencer a minha mãe a beber menos Coca-Cola". Myller Kairo, 14 anos, da 8ª série, gostou das noções de autonomia que recebeu no colégio, onde tinha liberdade para organizar os torneios esportivos. "Fui obrigado a me relacionar, confraternizar com as pessoas e a ser mais educado com elas". Ele lembrou também da importância de se debater filmes como o "Super Size Me". "Foi muito legal falar sobre um assunto que a gente via na televisão e nos jornais". Para Thalita Ribeiro, 11 anos, 5ª série, as discussões sobre o filme do diretor americano Morgan Spurlock foram fundamentais. "Estou um pouco acima do peso e quero me cuidar para não enfrentar problemas de obesidade no futuro", declarou. Outras atividades procuram estimular os estudantes, como a Gincana Cultural realizada no início do mês. Durante três dias, os alunos da 5ª a 8ª séries, participaram de competições esportivas, provas de dança e expressão corporal, conhecimentos gerais, raciocínio lógico, entre outros. Outra iniciativa louvável foi durante as aulas de Português, onde os alunos da 7ª série, gravaram em fitas, fábulas clássicas da literatura. Essas fitas vão ser doadas a instituições de crianças portadoras de necessidades especiais. Os estudantes foram estimulados a colocar suas idéias no papel através de uma parceria entre a organização não-governamental Faça Parte e o Programa dos Voluntários das Nações Unidas. Desde o ano passado, alunos de escolas públicas e particulares vêm recebendo cartazes, material didático, livretos sobre os Objetivos do Milênio e convite para participar da campanha em prol das metas da ONU. Histórico - O Projeto do Milênio foi constituído pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, em 2002, para desenvolver um plano de ação concreto para que o mundo reverta o quadro de pobreza, fome e doenças opressivas que afetam bilhões de pessoas. O Plano Global propõe soluções para que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sejam alcançados até 2015. Para a ONU, o esporte não é um luxo ou uma forma de entretenimento. O acesso a ele é um direito humano essencial para que as pessoas de qualquer idade possam ter uma vida sadia. A atividade esportiva é, também, essencial para o desenvolvimento infantil: ensina valores como cooperação e respeito; contribui para a interação além do círculo familiar e para a inclusão social; previne doenças e, acima de tudo, coloca indivíduos e comunidades lado-a-lado, diminuindo as diferenças étnicas e culturais. Para o assessor especial sobre Esporte para o Desenvolvimento e a Paz da ONU, Adolf Ogi, o esporte pode construir uma cultura de paz e tolerância. "O esporte pode aproximar culturas e ajudar a resolver conflitos. Precisamos deste Ano Internacional para propagar a mensagem que o esporte transmite de valores às jovens gerações", declarou. Em uma ação conjunta entre o Ministério do Esporte e da Educação, e na linha das diretrizes traçadas pela ONU, o governo federal definiu este ano como o Ano do Esporte na Escola no Brasil. Assim, serão implementadas políticas públicas de inclusão social por meio do esporte, como os programas Xadrez na Escola e o Segundo Tempo, que oferece a mais de 1milhão de crianças em todo o país o acesso gratuito à prática esportiva, uniforme, reforço escolar e alimentar. Outras informações no sítio www.onu-brasil.org.br Aída Carla de Araújo

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