Governo quer fazer do esporte uma política de Estado, diz Agnelo

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Publicado em Quinta, 20 Janeiro 2005 13:01

Brasilia, 20/01/2005 (Ascom/Agência Brasil) - O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, disse nesta quarta-feira (19) que 2005 será o ano do esporte na escola. Segundo ele, uma série de medidas vai ser adotada em todo o país dentro do objetivo do governo de fazer do esporte uma política de Estado, pela sua importância como inclusão social, além do aspecto econômico. O ministro participou do programa Diálogo Brasil, transmitido em rede pública de televisão gerada pela TV Nacional. Agnelo Queiroz informou que nos próximos dias será anunciado o cronograma de jogos escolares e universitários para este ano e que estão sendo formadas ligas universitárias em todas as modalidades esportivas. O ministério, de acordo com Agnelo, quer abrir nos fins de semana as escolas que tenham quadras esportivas. O objetivo do projeto Esporte Educacional é treinar profissionais de educação física para a formação de atletas como cidadãos de bem e a descoberta de talentos. O esporte é responsável por 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e constitui uma prioridade entre as políticas de governo. O ministro lembrou que 70% da população vivem de forma sedentária e por isso é importante a prática do esporte. Segundo ele, o sedentarismo é um mal tão preocupante quanto o tabagismo, a diabete, a hipertensão ou o alcoolismo. Agnelo citou estudo das Nações Unidas que mostra que para cada dólar investido em saúde, lucra-se US$ 2,5 como resultado da prevenção. O Ministério do Esporte terá um perfil de todas as condições para a prática do esporte nos estados e municípios visando identificar os locais onde há mais necessidade de apoio. Pesquisa do ministério será completada pelo censo que está sendo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em todos os 5.560 municípios. Isso servirá de base para a elaboração de um atlas sobre a prática esportiva no país. O secretário estadual da Juventude, Esporte e Lazer de São Paulo, Lars Grael, que também participou do Diálogo Brasil, considera dever da União, dos estados, municípios e das entidades esportivas levarem ao jovem o direito à prática esportiva. Ele disse que muitos esportes no Brasil tiveram incremento nos últimos anos, mas que o país ainda está muito aquém do cenário ideal. O estado de São Paulo, segundo Grael "é o carro-chefe no contexto do esporte nacional". Lembrou que em 2004 o estado conquistou no quadro de medalhas todas as competições multiesportivas do Brasil, com a participação de 464 mil atletas. O país, conforme destacou, é formador de atletas e de talentos por isso todos os segmentos têm que estimular as atividades esportivas. O técnico da Seleção Brasileira Masculina de Volei, Bernardinho, afirmou que maior apoio aos esportes de todas as modalidades vai motivar a abertura de patrocínio, uma das maiores dificuldades dos atletas. Ele vê "uma série de projetos pipocando pelo Brasil" na área esportiva, mas entende que é preciso duplicar as condições que já existem. O técnico sugere organização no acompanhamento, ao comentar a morte de atletas durante partidas. Esse cuidado precisa existir principalmente nos esportes que exigem alto rendimento, pois é importante adequar cada ramo do esporte às condições individuais dos seus atletas. Lourenço Melo, Agência Brasil
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