Morte súbita é tema de reunião do COI

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Publicado em Quinta, 09 Dezembro 2004 12:25

Lausanne, 09/12/2004 (Ascom/O Estado de São Paulo) - O Comitê Olímpico Internacional (COI) alerta que a morte súbita de atletas em competições está sendo subestimada e que o índice de ataques cardíacos entre jogadores já é quase três vezes superior ao registrado na população em geral. A partir de hoje, 15 especialistas em saúde esportiva se reúnem em Lausanne, na Suíça, para tentar fechar um acordo sobre como lidar com o problema que está assustando não apenas os atletas, mas também dirigentes e até patrocinadores, que temem ter sua imagem afetada. Chefiada pelo professor Erik Meijboom, do Centro Hospitalar Universitário de Lausanne, a reunião incluirá representantes médicos do COI e da Fifa e especialistas de vários outros esportes. Um estudo sobre as causas da morte súbita entre atletas com menos de 35 anos, preparado por pesquisadores suíços, dará aos especialistas os subsídios necessários para tentar chegar a um consenso sobre medidas que possam impedir a manutenção da alta taxa de mortalidade no esporte causada por problemas cardíacos. O documento, elaborado por Karin Bille, David Figueiras e Erik Meijboom, aponta que dois a cada 100 mil atletas entre 12 e 35 anos morrem, por ano, vítimas de ataques cardíacos O número pode parecer pequeno, mas para os cientistas é assustador, já que a incidências de ataques cardíacos mortais entre a população em geral é de 0,7 a cada 100 mil pessoas por ano. "Entre a população que não é atleta profissional, a incidência é quase três vezes mais baixa que entre os atletas", afirma o COI. Pelo estudo, 90% das mortes de atletas em atividade ocorrem por ataque cardíaco. As outras causas são asma, problemas pulmonares ou cerebrais, ruptura de uma artéria cerebral e uso de drogas. Da reunião deve sair o Protocolo de Lausanne, com orientações científicas para que médicos de federações, clubes e escolas de esportes saibam o que fazer para evitar as mortes. Informações do jornal O Estado de São Paulo
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