Ministério do Esporte Faça gols, não faça guerra
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Faça gols, não faça guerra

Porto Príncipe, 19/08/2004 (Ascom/Jornal do Brasil) - Foi uma missão de paz, de alegria, de arte e de gols a passagem da Seleção Brasileira pelo Haiti. Os 13 mil torcedores que se espremeram no Estádio Sylvio Cator, em Porto Príncipe, fora 1 milhão de pessoas que acompanharam nas ruas e praças, por telões e TV, ou seguindo o desfile do aeroporto ao estádio, sentiram na pele a capacidade que tem o futebol de parar uma guerra civil e lavar a alma. Teve de tudo na trégua de tiros e bombas. Teve muito autógrafo. Teve desfile apoteótico da Seleção em tanques blindados, com bandeirinhas brasileiras tremuladas com emoção. E teve até descumprimento do pedido do presidente Lula, que não queria goleada, mas aplaudiu os gols e lances inesquecíveis dos 6 a 0 do Brasil sobre o Haiti. Teve até gol para virar placa, como um dos três marcados por Ronaldinho Gaúcho, o grande comandante da partida. Foi o segundo do Brasil, aos 32 minutos do primeiro tempo. Numa arrancada de lembrar Pelé, Zico ou Maradona, driblou cinco jogadores, desde o meio-campo. Ao chegar próximo à área, uma finta com giro sobre a bola, típica de futebol de salão, tirou dois marcadores de uma só vez da jogada, até dar um toque, driblar o goleiro e entrar com bola e tudo, com direito a sambadinha na comemoração. Usando chuteiras de futebol soçaite na grama sintética que fazia a bola quicar mais, os craques da Seleção se inspiravam, no entanto, no futebol de salão. Foi com um drible típico das quadras, igual ao do gol antológico de Ronaldinho Gaúcho, que Roger, um dos destaques do time e autor de mais dois gols na partida - o outro foi de Nilmar -, abriu o placar, aos 19 minutos. A bela jogada foi dentro da área, pela direita, após trama feita com Ronaldinho. Antes, o embaixador do Unicef quase marcara o seu de placa, ao fazer fila do meio de campo. Mas encontrou a trave, maior vilã da festa entre os países. Engraçado que, quando não saía gol, tinha pelo menos jogada bonita. Ronaldinho não deixou sua marca e dava mostras de sentir o forte calor. Mas tornou-se um dos melhores na arte do passe. Roger, que aproveitava o amistoso da paz para declarar guerra por uma vaga na Seleção, que o diga. Após tabela com o atacante, ganhou o gol de presente, aos 41, fechando a primeira parte da festa. Em pleno intervalo, a Seleção já tinha vivido até mais de 90 minutos de glória. Desde o desembarque no aeroporto até o desfile nos tanques Urutu pelas ruas e avenidas de Porto Príncipe, recebeu a aclamação de um povo que por algumas horas esqueceu a grave crise política que assola o país, com 80% de miseráveis e 50% de analfabetos, tornando-o o mais pobre da América. Vestido de camisa branca com inscrição da palavra ''paz'' em quatro idiomas, Ronaldinho era o mais festejado, ao lado de Ronaldinho Gaúcho. Distribuíam acenos e autógrafos, enquanto as bandeiras brasileiras tremulavam. Nem quando Parreira trocou quase o time inteiro no segundo tempo a empolgação diminuiu. Até porque Ronaldinho Gaúcho continuou na festa. Marcou mais dois gols, aos 21 e 36, de falta e após passe de Juninho no meio da área, e tocou para Nilmar arrancar e fazer o sexto, aos 40. A torcida haitiana, que no início chegou a empurrar a seleção de seu país, já estava rendida ao futebol arte brasileiro. - Recepção igual a esta só no Brasil, quando ganhamos as Copas de 1994 e 2002. Jamais vou esquecer este carinho - disse Ronaldinho, emocionado, no fim da partida. E a data de 18 de agosto jamais será esquecida também pelos haitianos. A lição ''faça gols, não faça guerra'' ficará ao menos na memória. Informações do Jornal do Brasil
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