Ministério do Esporte Brasil joga no Haiti para fazer história
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Brasil joga no Haiti para fazer história

Santo Domingo, 18/08/2004 (Ascom/Agência Estado) - Há um clima de muita expectativa e ansiedade entre os jogadores do Brasil que entram em campo nesta quarta-feira, em Porto Príncipe, contra o Haiti para uma partida amistosa. O "Jogo da Paz" vai reunir as duas seleções, mas é como se uma só fosse jogar. Por esse motivo, os atletas brasileiros adorados pelos torcedores haitianos uniformizaram um discurso único: "Estamos fazendo história." Os jogadores, que se concentraram por dois dias no país vizinho, a República Dominicana, viajam no início da tarde para o Haiti, onde permanecerão menos de cinco horas. O amistoso deve começar às 14h30 (16h30 em Brasília). Mas o que mais gera expectativa e causa muita preocupação para os organizadores do evento ocorrerá na chegada dos atletas em Porto Príncipe. Do aeroporto para o estádio, a equipe com Ronaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho Gaúcho, os mais idolatrados entre os fanáticos torcedores haitianos, desfilará num comboio pelas ruas em veículos militares urutus. Cerca de 600 soldados brasileiros, que participam da Missão de Estabilização para o Haiti, farão a segurança no estádio para os jogadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que incentivou a realização da partida. Os militares impedirão a aproximação dos torcedores mais exaltados. Mas os atletas não demonstraram estar com esse tipo de preocupação. "O que vai ter é excesso de carinho do povo haitiano", disse o meio-campo Gilberto Silva. O Haiti que os jogadores vão ver é um país assolado por uma série de conflitos internos, e não uma guerra, como todos vêm repetindo à exaustão. É a nação mais pobre das Américas, com elevadas taxas de analfabetismo, de desnutrição infantil, de mortalidades infantil e materna. No início do ano, Jean-Bertrand Aristide foi deposto da Presidência e uma missão militar provisória liderada por tropas americanas tomou conta do país. "É muito gratificante saber que estamos contribuindo para parar uma guerra. A gente sabe do poder do futebol de levar uma mensagem positiva", disse Ronaldo. Embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Pobreza, o atacante do Real Madrid será a estrela-maior da festa. Antes do jogo, Ronaldo entrará em campo de mãos dadas com o garoto Donald, de 4 anos, soropositivo. Os outros 21 jogadores da seleção brasileira também entrarão acompanhados de crianças haitianas que fazem parte de projetos sociais da Unicef. No total, o órgão da ONU para infância levará mais de 300 crianças ao estádio. Sempre disposto a colaborar em eventos de caráter social, o atacante pediu que outros craques mundiais façam o mesmo. "Não deveria ser só a seleção, mas mais jogadores deveriam participar de ações humanitárias como essa." Nesta terça-feira, Ronaldo gravaria três frases em creole, a língua mais falada entre os haitianos, em benefício de uma campanha contra a aids para a Unicef: "Nou pap pran sida/nou pap bay sida/lavi a two bèl", que significa "nós não estamos infectados/não vamos infectar ninguém/a vida é muito linda". O lateral Roberto Carlos, outra estrela entre os haitianos, disse que espera que o amistoso desta quarta possa "abrir as porteiras" para que outras seleções joguem em benefício da paz no mundo. Em Porto Príncipe, os haitianos terão a oportunidade de ver os principais jogadores entrarem em campo. A CBF também levará ao Estádio Sylvio Cator, que foi reformado e recebeu um piso sintético, as Taças Fifa e a recém-conquista Copa América para que os haitianos possam vê-los. Mas não será desta vez que poderão ver o capitão Cafu, que não participará do jogo, repetir a cena histórica da conquista da Copa do Mundo de 2002. Na República Dominicana, os jogadores tiveram uma grata, mas curiosa, surpresa. Nesta terça-feira, num simples treino para o amistoso no Haiti, os atletas participaram de um treino no Estádio Olímpico de São Domingos. Milhares de dominicanos compareceram e até pagaram por um ingresso que anunciava um amistoso contra a seleção dominicana, que não ocorreu. Apesar disso, todos aplaudiram muito o time brasileiro. Eduardo Nunomura, repórter da Agência Estado
{audio}{/audio}

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla