Ministério do Esporte População lota ruas do Rio para acompanhar passagem da tocha olímpica
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População lota ruas do Rio para acompanhar passagem da tocha olímpica

Rio de Janeiro, 13/06/2004 (Ascom/Agência Brasil) - A exatos 61 dias da abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas, o Rio de Janeiro parou hoje para assistir ao espetáculo inédito da passagem da tocha olímpica pela cidade. O domingo foi de céu nublado, com ventos e temperatura típicos do outono carioca. É a primeira vez, na história dos jogos, que uma cidade da América do Sul é escolhida para integrar o roteiro mundial do fogo olímpico, que a cada quatro anos antecede o acendimento da pira na cidade-sede das competições. Mesmo com a derrota do Rio em duas tentativas de sediar as Olimpíadas, a população carioca prestigiou a inclusão da cidade no roteiro, lotando ruas e avenidas, da zona norte à zona sul, para acompanhar o revezamento. O boeing fretado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para conduzir a chama, batizado com o nome do deus grego Zeus, pousou na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, às 6h40. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, que chegou no avião, recebeu do representante do COI a lanterna com o fogo olímpico e foi recepcionado pelo ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, pelo vice-governador Luiz Paulo Conde (representando a governadora Rosinha Matheus) e pelo prefeito do Rio, César Maia. Da Base Aérea, a chama foi levada de helicóptero para o estádio do Maracanã, onde, além das autoridades, centenas de alunos de escolas municipais, vestidos de branco, formavam no gramado o desenho dos cinco anéis que constituem o símbolo olímpico. A cerimônia de acendimento da chama, iniciada com a execução dos hinos Olímpico, da Grécia e do Brasil, teve seu momento de maior emoção com a entrada em campo de Pelé, eleito o "Atleta do Século 20". Reverenciado pelo público, ele recebeu de Nuzman a primeira tocha do revezamento e deixou o estádio para iniciar o percurso de 49 quilômetros pela cidade. Mais de 120 pessoas, entre representantes do esporte, da cultura e da sociedade, além de cidadãos comuns escolhidos pela organização do evento, se revezaram na condução da tocha. Às 18h05, o jogador Ronaldo (Fenômeno) encerrou a maratona, acendendo uma pira no palco montado no Parque do Flamengo para o show com cerca de 30 artistas da música popular brasileira. A multidão que cercou Pelé à saída do Maracanã dificultou a caminhada do ex-jogador e foi o prenúncio da grande participação popular no evento. Milhares de pessoas acompanharam todo o trajeto. Após passar a tocha para Márcio Santos, jovem carente atendido pela Fundação Gol de Letra, Pelé não conseguiu segurar a emoção e chorou muito. A caminho do centro, a emoção do público também foi grande quando a tocha passou pelas mãos de atletas consagrados, como o campeão do basquete Oscar Schmidt, o ex-jogador Zico e a ginasta Daniele Hipólito. O gari Renato Lourenço, figura popular na cidade por suas evoluções durante a limpeza da Passarela do Samba no carnaval, também chamou a atenção do público ao sambar carregando a tocha. Na passagem pela Igreja da Candelária, no centro da cidade, um momento marcante foi quando o músico Marcelo Yuka, do grupo Rappa, que ficou paraplégico em conseqüência de um tiro numa tentativa de assalto, entregou a tocha para a coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Depois de passar por pontos tradicionais do centro, como o Largo da Carioca, a Lapa e a Cinelândia, o revezamento seguiu em direção à zona sul, passando pelos bairros da Glória, Flamengo, Catete e Laranjeiras. Neste trajeto, um dos participantes foi o jogador Romário, que conduziu a tocha pela Rua Pinheiro Machado, onde estão situados o seu clube, o Fluminense, e o Palácio Guanabara, sede do governo estadual. Romário, que entregou a tocha à atleta do vôlei Ana Moser, disse que foi uma honra transportar o símbolo olímpico, pois ele representa a paz e a união entre os povos. Em Botafogo, uma rápida cerimônia marcou a passagem da chama pelo Palácio da Cidade, sede da administração municipal. Vários atletas foram homenageados, entre eles Maria Lenk, nadadora que se tornou a primeira mulher sul-americana a participar dos Jogos Olímpicos. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou quatro selos comemorativos à data. O ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, destacou o caráter educativo da passagem da tocha olímpica pelo Rio de Janeiro. Já no trajeto pelo bairro do Jardim Botânico e pela orla da Lagoa Rodrigo de Freitas,os destaques no revezamento foram o ex-pugilista Éder Jofre, campeão mundial dos pesos galo e pena nos anos 60, o também pugilista Acelino Popó de Freitas e o tenista Gustavo Kuerten, que conduziu a chama com a mão esquerda até passá-la ao judoca Rogério Sampaio, medalha de ouro nos Jogos de Barcelona, em 1992. Ainda na Lagoa, ocorreu o primeiro dos três apagamentos da chama durante o revezamento. Foi quando carregava a tocha o ex-nadador Ricardo Prado, medalha de prata nos Jogos de 1984, em Los Angeles. A chama voltou a se apagar na passagem pela Avenida Atlântica, em Copacabana, também pelas mãos de outro nome da natação brasileira, Gustavo Borges, que conquistou a prata e o bronze nas três últimas Olimpíadas (Barcelona-92, Atlanta-96 e Sidney-2000). A tocha olímpica chegou ao Pão de Açúcar, na Urca, nas mãos do atleta medalhista olímpico Joaquim Cruz. Emocionado, ele passou o fogo simbólico para a apresentadora de televisão Xuxa Meneghel, que conduziu a chama até o Morro da Urca. No instante em que ela transferia a tocha para o ex-jogador de vôlei Marcus Vinicius, ela apagou, sendo necessária a intervenção do representante do Comitê Olímpico Internacional para reacendê-la. Depois da Urca, a tocha olímpica foi conduzida pelos irmãos Grael, Lars e Torbem, velejadores olímpicos, e peo comediante Renato Aragão pela Praia de Botafogo. No final da Praia de Botafogo, uma multidão aguardava a chegada da chama e aplaudiu muito, quando ela foi transferida para o coordenador técnico da seleção brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo. Neste momento, em frente à rampa de acesso ao palco, Ronaldo aguardava a tocha. O jogador do Real Madri, ao receber o fogo simbólico, abraçou Zagallo, sob o aplauso do público. Em seguida, subiu a grande rampa, cumprimentou o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthuz Nuzman, o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, se dirigiu à pira instalada no palco, encerrando a cerimônia de revezamento. Um grande show, com artistas da música popular brasileira, fechou a festa. Aécio Amado e Paulo Virgílio Repórteres da Agência Brasil
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