Ministério do Esporte Entrevista do Ministro Agnelo Queiroz - Queremos o maior Pan da história em 2007
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Entrevista do Ministro Agnelo Queiroz - Queremos o maior Pan da história em 2007

Terminada a melhor campanha da história do Brasil nos Jogos Pan-americanos, o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, 44 anos, está rindo à toa, como se fosse ele o ganhador de tantas medalhas. É que, por obra do destino, ele faturou, no comando do setor dentro do governo, os resultados de uma ação iniciada por ele há dois anos, no mandato de deputado federal, membro da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. Naquela época elaborou uma lei de incentivo ao esporte olímpico e paraolímpico que foi aprovada junto com outra lei do ex-senador Pedro Piva. Ficou conhecida como a Lei Agnelo-Piva, que hoje está sendo louvada como a responsável pelo recorde de medalhas brasileiras. O ministro dos Esportes adora um jogo. Joga futebol com regularidade, rebate a bolinha de tênis com freqüência, arrisca vez por outra uma partida de vôlei, gosta de queimar as pestanas sobre um tabuleiro de xadrez, e faz caminhadas diárias. É casado com a médica ginecologista Ilza Queiroz, com quem tem dois filhos adolescentes: Fernanda, 17 anos, e Guilherme, de 14 anos. Qual foi a grande vitória do Brasil nesse Pan-americano? Acho que o Brasil apresentou uma grande evolução dos seus índices técnicos com relação a quatro anos atrás, no Pan-americano no Canadá. Houve um desempenho mais uniforme nas diversas modalidades que o Brasil disputou e várias surpresas. Essa é a grande vitória do Brasil. Veja, por exemplo, a quantidade de medalhas de prata, a maior parte conquistamos por uma pequena diferença do ouro. Quer dizer, é uma evolução considerável para o esporte. O Diego Hypólito foi prata em salto sobre o cavalo com uma diferença de apenas 0,13 pontos do ouro conquistado pelo (Eric) Lopez, um ginasta cubano, atleta com maior número de medalhas de ouro individualmente há três olimpíadas. Só que o Lopez tem 31 anos e o Diego tem 16. Isso significa que o potencial de crescimento dessa modalidade é enorme. No Canadá, em 1999, não ganhamos nenhuma medalha na ginástica olímpica masculina e agora temos 6. Ainda tivemos como surpresa o Marcel Stürmer, que ganhou o ouro na patinação artística. A ginástica olímpica tem se destacado nos últimos anos, especialmente desde que a Daniele Hypólito ganhou a medalha de prata no mundial de Gent, na Bélgica, em 2001, por quê? Nos últimos dois anos, os atletas da ginástica olímpica tiveram um treinamento digno de seleção brasileira, em Curitiba. Eles vêm treinando com uma equipe técnica de alta qualidade e muito se deve à contratação de dois técnicos da Ucrânia, um casal. Isso porque o País já pode pagar profissionais como eles. Cada um ganha US$ 4 mil por mês. Além disso, os atletas têm toda a parte de musculação orientada, aparelhagem de última geração, assistência médica, e ainda estudam no local. Ou seja, estamos dando as condições adequadas para a ginástica olímpica. Quem banca tudo isso, o governo? Tudo isso foi possível com recursos da Lei Agnelo-Piva, que em dois anos mudou a realidade do País na área do esporte, apesar do curto período de vigor da lei. Ela tem apenas dois anos, mas passou meio ano sem vigorar para ser normatizada. Qual foi o segredo de lei tão revolucionária? A lei obrigou o governo a destinar 2% do prêmio de todas as loterias federais para o esporte olímpico e paraolímpico. Isso significa mais de R$ 50 milhões por ano. Desse total, 85% vão para o olímpico e 15% para o paraolímpico. É um financiamento estável, permanente, que o esporte nunca teve. Algumas confederações esportivas não tinham nem sede, muitas funcionavam no carro do dirigente. Hoje todas, mas todas mesmo, de todas as modalidades olímpicas, têm a sua sede, com seu quadro de funcionários. Elas têm calendário de eventos, nacionais e internacionais, equipe técnica e equipe olímpica permanente. E tudo porque as confederações têm condições de pagar os salários e de deslocar os atletas. Antes, o que acontecia? Não tinha a equipe permanente, a seleção era convocada um ano antes das olimpíadas. Era um sufoco para que as delegações viajassem. Sempre havia atletas fazendo apelo para ganhar uma passagem aqui, outra ali. Esse ano, ninguém viu isso. Várias modalidades esportivas têm conquistado bons patrocínios. Esse é um outro trabalho que estamos desenvolvendo. Queremos ter um patrocínio de uma empresa estatal para cada uma das diversas modalidades. Criamos inclusive um comitê de patrocínio formado por vários ministérios. Queremos fazer isso de uma forma ordenada. Há dois meses, por exemplo, assinamos o patrocínio da Petrobrás com o handball, que nunca teve um patrocinador. Isso dá confiança, e foi o que vi no rosto de cada um daqueles atletas. Eles tinham certeza de que ganhariam o ouro. A Eletrobrás, que nunca patrocinou o esporte, está com o basquete. Estamos conversando com a Itaipu para patrocinar a canoagem. E assim por diante. Agora estamos partindo para investir em áreas com grande potencial mas ainda sem visibilidade, como por exemplo o ciclismo. Por que o ciclismo? É uma modalidade que tem a característica de ajudar no desenvolvimento do turismo porque as provas mostram os locais do País. Você acredita que no Brasil, de extensão continental, existem apenas quatro velódromos? Não pode. Então vamos planejar junto com a Confederação Brasileira do Ciclismo para resolver isso. Nós temos metas. Continua...
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