Jogos Indígenas de 2003 deve reunir 1100 atletas no Tocantins

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Publicado em Sexta, 08 Agosto 2003 17:28

Brasília, 08/08/2003 (Ascom/ME) - O Ministério do Esporte e o governo do Tocantins promovem de 4 a 11 de outubro, em Palmas (TO), mais uma edição dos Jogos dos Povos Indígenas. A competição deste ano deverá contar com a participação de 1.100 atletas de 67 etnias, sendo cinco delas - Apnajé, Javaé, Carajá, Xerente, Krahô - do Estado do Tocantins. O Estado é o segundo maior em concentração de tribos do país, com oito etnias. Durante os jogos serão disputadas 18 modalidades, entre as quais corrida de tora, arco e flecha, canoagem, arremesso de lança, lutas corporais, natação, xikunahity (jogo com bola onde se usa somente a cabeça), zarabatana, thimore (assemelha-se ao jogo de boliche), futebol de campo e futebol feminino. A aldeia olímpica, onde serão realizados os jogos, está sendo montada na Praia da Graciosa, às margens do Rio Tocantins. As obras devem ser concluídas até a primeira quinzena de setembro, explica o índio Carlos Terena, um dos coordenadores dos Jogos dos Povos Indígenas. Nessa aldeia serão construídas ocas de alojamento, de exposição fotográfica e uma oca administrativa. Um espaço para imprensa com computador ligado à internet será disponibilizado. A secretaria de esportes do estado de Tocantins em parceria com o ministério do Esporte custeará transporte, estadia e alimentação para as tribos participantes. Os Jogos dos Povos Indígenas é uma espécie de congraçamento entre todos os participantes. Eles privilegiam o aspecto lúdico da prática esportiva, além de resgatar as manifestações esportivas tradicionais indígenas. A competição tem ainda a finalidade de fortalecer a identidade cultural dos povos indígenas. Os jogos indígenas têm sido um importante instrumento de resgate cultural. Os Pataxó da Bahia, por exemplo, na primeira edição foram descaracterizados, utilizando trajes como calções e camisetas. Em função do interesse despertado pelos jogos, os Patoxó já na quarta edição se apresentaram com os trajes e pinturas típicas da tribo e ainda apresentaram sua dança tradicional, o Toré. Francisco Jardim
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