Na vitrine do esporte internacional

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Publicado em Domingo, 07 Julho 2002 10:44

receberá, de 1° a 11 de agosto, os Jogos Sul-Americanos, a prova de fogo para sediar o Pan e a Olimpíada A partir de 1° de agosto, o Brasil terá uma prova de fogo no cenário esportivo internacional. Abrigará, até o dia 11, os Jogos Sul-Americanos, que servirão para pôr o país na vitrine. Candidato aos Jogos Pan-Americanos-2007 e Olímpicos-2012, o Brasil aposta na organização da competição sul-americana como chamariz para garantir os torneios que pleiteia. Rio, São Paulo, Curitiba e Belém receberão 2.543 pessoas, sendo 1.966 atletas (1.182 homens e 784 mulheres). Do Brasil, parte a maior delegação, com 565 pessoas, das quais 439 atletas (238 homens e 201 mulheres). O Sul-Americano reunirá outros 13 países da região: Antilhas Holandesas, Argentina, Aruba, Bolívia, Chile, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O Brasil herdou os Jogos depois da desistência da argentina Córdoba e do cancelamento da edição da colombiana Bogotá, às voltas com as guerrilhas terroristas. Desde 1963, quando sediou os Jogos Pan-Americanos de São Paulo e a Universíade de Porto Alegre, o país não recebia competições de porte. A Argentina é a maior vencedora, com 1.270 medalhas (559 de ouro, 383 de prata e 328 de bronze). O Chile vem a seguir, com 727 (203/254/270). O Brasil fica em terceiro na história, com 439 medalhas (162 ouros, 155 pratas e 122 bronzes). O Sul-Americano é disputado em intervalos de quatro anos. A estréia ocorreu em La Paz (BOL), em 1978. A seguir, vieram os Jogos de Rosário (ARG), em 1982, Santiago (CHI), em 1986, Lima (PER), em 1990, Valência (VEN), em 1994 e Cuenca (EQU), em 1998. Para o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador Brasil-2002, Carlos Arthur Nuzman, a integração entre as prefeituras de Rio, São Paulo e Curitiba, os governos do Pará e federal tem que ser ressaltada. ''Nunca vi na história do esporte brasileiro uma integração tão grande entre o poder público e um Comitê Organizador. Só assim estamos conseguindo cumprir o desafio de organizar em três meses o que normalmente leva quatro anos'', disse. Segundo Nuzman, quase mil pessoas estarão envolvidas na organização e execução dos Jogos nas quatro cidades. O controle antidoping será foco das atenções. Serão feitos 238 exames durante a competição, segundo médico Eduardo de Rose, responsável pelos testes. Segundo De Rose, em 1998, na edição de Cuenca, foram realizados 126 controles, tendo sido registrados dois casos positivos. O controle será feito no Ladetec, da UFRJ.
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