Ministério do Esporte Aventura na natureza exige risco calculado
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Aventura na natureza exige risco calculado

Setor em franco crescimento no Brasil oferece pelo menos 30 modalidades de esportes praticados ao ar livre CHIAKI KAREN TADA DA REPORTAGEM LOCAL Doses de adrenalina e "overdose" de segurança; mosquetão, cordas, "cadeirinha" e capacete. São palavras frequentes no vocabulário de quem pratica esportes de aventura na natureza, em busca de emoções diferentes das do trânsito de final de expediente oferecidas pelas grandes cidades. O turismo de aventura é um setor que ainda carece de números, mas alguns sinais indicam que a atividade está crescendo. Hoje a Embratur tem cerca de 30 modalidades de esportes de aventura identificadas. Elas acontecem no ar, como parapente e asa-delta, na água, como rafting e mergulho, e na terra, como trekking e rapel. Há os mais radicais, que exigem preparo físico e cursos, e os que podem ser feitos por praticamente qualquer um. Em oficina realizada pela Embratur em 2001 em Caeté (MG), o turismo de aventura foi definido como "segmento do mercado turístico que promove a prática de atividade de aventura e esporte recreacional ao ar livre, que envolve emoções e riscos controlados, exigindo o uso de técnicas e equipamento específicos, a adoção de procedimentos para garantir segurança pessoal e de terceiros e o respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural". Emoção e riscos controlados são itens que diferenciam o turismo de aventura do ecoturismo, que é mais contemplativo, embora ambos tenham a natureza como cenário comum. Um exemplo do crescimento do turismo de aventura são os números da Adventure Sports Fair, feira anual do setor que acontece em São Paulo desde 99, quando recebeu 42 mil visitantes, contra um público estimado de 95 mil para este ano. (Leia mais nesta pág.) Outro indicativo é o setor de equipamentos, vestuário e calçados para aventura ao ar livre. Segundo Sérgio Bernardi, diretor da Promotrade, que organiza a feira, a área movimenta US$ 250 milhões por ano no país e em 2000 mostrava crescimento de 20%. A desvalorização do real também favoreceu empresas nacionais, que cresceram no mercado. Nessa onda de aventuras, a segurança e o impacto ambiental que envolvem essas atividades preocupam órgãos oficiais, ONGs e empresas, e há movimentos em busca do estabelecimento de regras e padrões de qualidade dos serviços (leia mais na pág. F3). Enquanto não existem normas precisas, o turista precisa se prevenir da melhor forma possível para não cair de pára-quedas em uma aventura de Rambo quando só queria experimentar um rafting para iniciantes. Segundo o Procon (tel. 1512), o turista de aventura deve procurar agências especializadas e se informar para ver se tem condições físicas de praticar a atividade. Em caso de ocorrer algo diferente do acordado, o órgão de defesa do consumidor sugere fotografar os locais que não estão como o combinado e trocar telefones e dados com outros participantes. Embratur vai lançar guia na Adventure Fair DA REPORTAGEM LOCAL A Adventure Sports Fair, feira de esportes de aventura, acontece neste ano de 30 de outubro a 3 de novembro na Bienal no Ibirapuera. Nesta edição, a Embratur vai lançar o "Guia Nacional do Turismo de Aventura", e o público terá à disposição um tanque de mergulho para testar roupa de neoprene, circuito aéreo de arvorismo, paredes de escalada, além de brinquedos especiais direcionados às crianças. Outra novidade é a 2ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha, que pela primeira vez acontecerá em São Paulo. Organizada pela Universidade de Banff (Canadá), a mostra é anual e em 2001 foi exibida no Rio de Janeiro. Para os profissionais do setor, o congresso paralelo Eldorado Adventure Congress contará com palestrantes de empresários da Austrália, da Nova Zelândia e do Chile, que relatarão suas experiências, segundo Cristina Vieira, organizadora do evento. Haverá horários específicos, separados do público, para agentes de viagem e lojistas visitarem a feira. Informações pelo tel. 0/ xx/ 11/3255-7877, site www. adventurefair.com.br. Corridas no mato liberam estresse MARISTELA DO VALLE DA REPORTAGEM LOCAL Conhecer locais quase selvagens praticando esportes é o que proporcionam as corridas de aventura, competições que misturam modalidades como rafting, mountain biking e trekking e que podem durar seis horas ou sete dias, dependendo do roteiro. A atividade permite que o viajante descubra o mundo por um outro ângulo, bem diferente dos pacotes tradicionais. "Nunca iria para a Amazônia fazer uma viagem convencional", afirma o treinador esportivo Fabio Rosas, que conheceu a região durante a EMA (Expedição Mata Atlântica) de 2001, etapa brasileira do circuito mundial de corridas de aventura. Além da EMA, organizam corridas de aventura no país a Adventure Camp e a Ecomotion. Existente no Brasil há cerca de cinco anos, o esporte "cresce em progressão geométrica", diz Alexandre Freitas, presidente da Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura e organizador da EMA. "Resolvi aderir à atividade para liberar o estresse do cotidiano e reencontrar a natureza, da qual eu sinto falta", comenta a médica Luciane Fujita, que hoje mora em São Paulo, mas foi criada na região de Angra dos Reis (RJ). Para ela, o espírito de equipe necessário durante as competições pode repercutir na vida pessoal e profissional do esportista. "Você desenvolve muito a paciência", completa Rosas. Isso porque as corridas são praticadas em equipes, e uns dependem dos outros para a finalização da prova. "Se não houvesse um time atrás de mim, não teria deslizado pela tirolesa num precipício de 120 m em Campos do Jordão", lembra a arquiteta Alessandra Ribeiro. Superar os próprios limites é outra conquista do competidor. Mas não é preciso ser nenhum super-herói para participar dessas competições. "Já vi atletas com ótimo preparo físico perderem posições por não saberem ler o mapa topográfico", comenta Alessandra. Os competidores se guiam no mato apenas por meio de mapas e bússolas. Para quem está começando, Luciane sugere que tenha algum preparo físico e que faça um dos cursos disponíveis no mercado, como o do EMA ou do Adventure Camp. "O competidor aproveita mais e entende o que está acontecendo durante as corridas." Para o público iniciante, será realizada no dia 15 de setembro, na USP, uma corrida de aventura urbana, organizada pela Ecomotion. O evento contará com atividades como rapel no velódromo e exercícios de treinamento de bombeiros, segundo o seu organizador, Said Ayash. Deverão fazer falta na competição a paisagem selvagem e o contato com os habitantes dos locais onde as corridas tradicionais ocorrem. Esse intercâmbio inclui tarefas sociais, como doações de remédios e roupas, e ambientais, como plantação de mudas. Mas nem tudo são flores nesse circuito. Para Sérgio Zolino, organizador do Adventure Camp, a falta de união dos organizadores atrapalha o mercado. "Seria importante montar um calendário nacional, sem conflito de datas."
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