Ministério do Esporte Clubes brasileiros podem obter US$ 500 milhões
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Clubes brasileiros podem obter US$ 500 milhões

Estrangeiros, principalmente europeus, exigem maior transparência para liberação de recursos, diz consultoria. A bola agora está na área dos clubes. Um levantamento feito pela empresa de auditoria e consultoria Deloitte Touche Tohmatsu mostra que investidores estrangeiros, principalmente europeus, podem aplicar cerca de US$ 500 milhões nos próximos dois anos na construção e reforma de pelo menos 10 estádios nas principais capitais brasileiras (São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia). Para este dinheiro entrar em campo, no entanto, é preciso que os clubes brasileiros coloquem a casa em ordem, transformando-se em Sociedades Anônimas, como exige a Medida Provisória nº 39. A MP, que alterou a Lei nº 9.615, conhecida como Lei Pelé, exige que os clubes publiquem balanços auditados por firmas com registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o diretor e consultor de Negócios Esportivos da Deloitte, Alexandre da Rocha Loures, os investimentos serão destinados a projetos de construção de estádios que seguem o modelo já adotado por grandes clubes europeus e americanos, conhecido como "Entertainment and business center", que reúnem, além de uma arena poliesportiva (campo de futebol, centro de treinamento e quadra para outros esportes), serviços como restaurantes, lojas, estacionamentos, cinemas e até mesmo hotéis. A diferença desse modelo para as mal-sucedidas parcerias e contratos de co-gestão feitos pelos clubes com empresas de marketing esportivo e fundos de investimento é que a exploração das atividades comerciais passa a ser feita pelos investidores por meio de empresas especializadas na administração de estádios, por eles controladas. Os clubes conservam as fontes tradicionais de renda, como a venda de ingressos, direito de exploração de imagem, patrocínio nas camisas e sobre os passes dos jogadores. "Este novo modelo vai acabar ajudando a acelerar a profissionalização do futebol brasileiro. Os clubes poderão contar com moderna infra-estrutura e novas fontes de receitas. Com isso, eles não precisarão, a longo prazo, vender seus jogadores para pagar dívidas", diz o diretor da Deloitte. A condição fundamental, segundo Loures, é que os clubes se organizem, tornando-se mais transparentes para garantir a confiança dos investidores. "Aqueles que colocarem a casa em ordem, adotando uma administração profissional, e souberem transformar o produto futebol num negócio rentável, encontrarão investidores dispostos a financiarem seus projetos", afirma Loures. Os investidores mais interessados, segundo ele, são de Portugal, Espanha, Itália e Inglaterra, e também dos Estados Unidos. Entre eles, estariam grandes construtoras e empresas voltadas para o varejo. A adaptação dos clubes à lei, no entanto, não será feita sem protestos. Mesmo os dirigentes que aplaudiram a iniciativa do presidente Fernando Henrique Cardoso, sugerem algumas modificações. Este é o caso, por exemplo, do presidente do Flamengo, Edmundo dos Santos Silva. "Acho que será preciso alterar aquela parte da lei que responsabiliza apenas o presidente, como pessoa física, por improbidade administrativa ou má gestão. Isto não é justo numa sociedade com 13 sócios, como é o Flamengo. Acredito que o ideal seria constituir S.As para as atividades que têm renda própria, e responsabilizar os seus dirigentes pelos desmandos", diz Santos Silva. O presidente do São Paulo Futebol Clube, Marcelo Figueiredo Portugal Gouvêa, acredita que a medida poderá motivar o interesse de investidores. "Temos um estudo para localização de um investidor preparado pela Fundação Getúlio Vargas que estava parado. Pretendemos retomá-lo agora", afirma. Embora elogie as contribuições da MP para a moralização dos clubes de futebol, Gouvêa critica a forma como as medidas foram implementadas. "Até a semana passada o São Paulo não tinha fins lucrativos. De um dia para o outro, passamos a ter o compromisso de dar o lucro."
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