Ministério do Esporte Oportunidade no mundo do futebol
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Oportunidade no mundo do futebol

A transformação em empresas dos clubes de futebol profissional e as entidades profissionais de todas as modalidades esportivas (federações, confederações, etc.), determinada pela Medida Provisória n 39, já em vigor, representa um importante avanço da economia de mercado no Brasil. A MP, que vem alterar a Lei n 9.615, conhecida como Lei Pelé, é mais que um instrumento necessário de moralização. Ela vem incorporar ao universo empresarial uma grande parcela do setor de entretenimento, que gera receitas de bilhões de reais e dá milhares de empregos diretos e indiretos no país do futebol. Há queixas de que a MP não previu um período de adaptação, mas isso tem plena justificativa, a nosso ver. É evidente a intenção do governo de apressar a transição, de modo que, já ao fim deste ano, os clubes de futebol venham publicar as suas demonstrações financeiras auditadas por empresas credenciadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de acordo com as normas de governança corporativa. Isso dará transparência a um setor que se caracterizou, em muitos casos, por contas imprecisas. Por si só, este já é um grande avanço. Na sociedade aberta em que vivemos, as empresas são a forma mais aperfeiçoada de organização, no sentido de que têm mais capacidade de tornar produtivo o conhecimento e a técnica. Em conseqüência, as empresas são pólos de atração de capitais e, segundo a empresa consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, o futebol brasileiro pode trazer para o País investimentos externos de US$ 500 milhões nos próximos dois anos, além da poupança interna que certamente irá carrear. O futebol é o foco principal, mas poderemos ter também empresas de vôlei, basquete e outros esportes que se vêm popularizando no País, como o tênis. Hoje em dia, os próprios cidadãos ou consumidores têm por força ordenar suas atividades de forma empresarial, quando não constituir empresas individuais. Isso é ainda mais nítido no esporte, em vista dos altos rendimentos pagos a atletas e técnicos de maior destaque, que hoje têm consciência de que devem entregar a gestão de seus negócios ou suas finanças particulares a profissionais competentes e responsáveis. Já existem casos de clubes de futebol que se transformaram em empresas, apresentando melhoras claras quanto aos seus processos administrativos. Mas os resultados em termos financeiros ainda são relativamente modestos, dado o montante dos custos, que envolve grandes somas para a compra de jogadores, além de os clubes ficarem sujeitos à tributação que incide sobre as empresas privadas. Este, contudo, é apenas o começo. Os investimentos previstos permitirão a construção ou modernização de estádios ou arenas poliesportivas, com infra-estrutura adequada, como estacionamento e instalações confortáveis para os espectadores, além de serviços diversos, como restaurantes, lojas de varejo, cinemas, espaço para espetáculos, etc. Isso trará mais público aos estádios e tenderá a valorizar as marcas ou direitos de imagem. Estes são valores intangíveis que os clubes têm como patrimônio e que podem ser explorados comercialmente de forma muito mais lucrativa do que atualmente ocorre. É reconhecida a dificuldade de separar, especialmente nos grandes clubes de futebol, a parte profissional de outras atividades recreativas para os sócios que pagam mensalidades, envolvendo desde quadras para a prática de esportes diversos e instalações para fisioterapia até salões de baile. Será necessário que as agremiações adotem esquemas pelos quais a parte recreativa seja, pelo menos, auto-sustentável, criando cursos esportivos pagos, abertos a não-sócios, por exemplo. O futebol profissional ou qualquer outro esporte, administrado como empresa, dificilmente poderá subsidiar outras atividades. Reconhecemos que, em face das notórias dificuldades financeiras por que passam grandes clubes de futebol, a transição não será fácil. Além de uma ordenação das contas, que fará que apareçam "esqueletos", será preciso reestruturar administrativamente as agremiações, da mesma forma com que se faz com as empresas. Isso exigirá a contratação de executivos profissionais, que poderão ser obrigados, em certos casos, a tomar medidas duras. Sem isso, será impossível atrair investidores externos ou internos. A MP, tendo sido assinada em meio à Copa do Mundo, não poderia vir em momento mais oportuno. O Brasil já está nas quartas-de-final e, na madrugada de amanhã, disputa um jogo decisivo com a Inglaterra. Se vencermos, tiraremos uma pedra no caminho para o pentacampeonato, que pode marcar uma nova fase de prestígio e responsabilidade em nosso futebol.
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