Ministério do Esporte Setor turístico vive momento singular
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Setor turístico vive momento singular

Salvador, - O número de visitantes caiu no verão, mas crescem os investimentos na rede hoteleira local. O setor turístico baiano está vivendo ao mesmo tempo dois momentos distintos. O primeiro não tão bom, conseqüência da quebra de expectativas em relação ao último período de alta temporada, isto é, de dezembro de 2001 a março deste ano. Embora os números oficiais ainda não estejam fechados, estima-se uma redução de pelo menos 10 % no fluxo turístico na comparação com o mesmo período de 2000-2001, problema que afetou praticamente todo o trade turístico brasileiro. O outro momento é muito mais animador. Mostra que os investidores continuam apostando fortemente no destino Bahia. Salvador está passando por uma verdadeira renovação no seu parque hoteleiro, depois de mais de duas décadas de estagnação. Os projetos de construção de novos hotéis, de ampliação e de modernização de alguns já existentes somam cerca de R$ 400 milhões, para ficar somente nos que foram divulgados. Em Porto Seguro, o pequeno balneário que possui a maior rede hoteleira do Nordeste em número de leitos - mais de 40 mil - importantes investimentos estão em curso, entre eles o terceiro Club Med do Brasil, a ser inaugurado no fim do ano em Trancoso. A previsão inicial feita pela empresa estadual de Turismo, a Bahiatursa, para o fluxo de 2001(os números definitivos ainda não foram fechados) era de 4,3 milhões de turistas em todo o estado. Para a temporada do verão 2001-2002 a estimativa era de 1,6 milhão, 700 mil em Salvador. Mas estes números provavelmente não foram alcançados, por uma série de razões. Uma das mais relevantes foi, sem dúvida, a crise econômica na Argentina. Os argentinos, que lideravam o fluxo de turistas estrangeiros para a Bahia, simplesmente sumiram, o que já era esperado desde o começo do segundo semestre do ano passado pelos empresários do setor mais precavidos. Esperava-se, entretanto, uma intensificação do turismo doméstico, por conta dos atentados nos EUA, que fizeram boa parte dos turistas brasileiros desistir de viajar para o exterior. Aí, porém, entrou a paralisação da Transbrasil e a crise na Vasp, diminuindo sensivelmente o número de vôos para a Bahia. Os vôos charter, mesmo aumentando seu número, não poderiam suprir as rotas regulares. O resultado foi que brasileiros de todas as partes do País reservaram hotel, fizeram seus planos de viagem mas nem sempre conseguiram lugar nos aviões. De qualquer forma, o problema foi considerado circunstancial, pelo menos nos seus aspectos mais agudos, e a aposta na Bahia continua firme. Operadores hoteleiros como os grupos Accor, Holliday Inn, Pestana, Caesar Park, Superclubs e outros estão tocando seus projetos e a cada dia novos grupos anunciam o seu interesse em investir. Os que já estão operando buscam cada vez mais o turismo de eventos, como forma de afastar o fantasma sazonal da baixa estação. A estratégia vem dando certo. O Centro de Convenções e Feiras da Bahia, por exemplo, recebeu no ano passado um número superior a 230 eventos regionais, nacionais e internacionais, com um público de 795 mil pessoas e receita de R$ 1,19 milhão. O equipamento concorre com meia dúzia de grandes hotéis que mantêm seus próprios centros de eventos e convenções. A avaliação do setor é de que o turismo baiano deixou de engatinhar e começa a amadurecer. Recentemente foi instaurado o Conselho do Cluster de Entretenimento, formado por empresários do setor de turismo, cultura e lazer, além de representantes do governo, que de agora em diante vão investir juntos no marketing da Bahia no mercado internacional. Até aqui, toda a alavancagem era feita pelo governo. O Cluster de Entretenimento foi criado com consultoria do Monitor Group, uma das maiores empresas de estratégia do mundo, liderada pelo professor Michael Porter, o conhecido autor do livro Vantagem Competitiva das Nações. "Essa união de forças vai proporcionar maior inserção internacional da Bahia e o aumento de sua competitividade, bem como a atração de investimentos e de novas empresas nacionais e internacionais", acredita o secretário da Cultura e Turismo, Paulo Gaudenzzi. Outro fato animador é a preocupação cada vez maior com qualificação de mão-de-obra, um item reconhecidamente precário na Bahia. O Instituto de Hospitalidade, uma organização não-governamental (ONG) nascida na Fundação Odebrecht, é a primeira, e até agora única instituição no País a conferir a certificação profissional para a mão-de-obra nas diversas funções em turismo, de hotelaria a restaurantes e outros, uma espécie de IS0 do setor. Ao lado disso, muitos hotéis já promovem cursos de treinamento para o seu pessoal, abandonando a velha "antropofagia", isto é, tentar conseguir bons profissionais tomando-os de concorrentes. O certo é que a aposta no produto Bahia já extrapolou os diferenciais apresentados pelo estado no que se refere a cultura e beleza natural, embora estas continuem sendo suas características mais fortes, para englobar também o turismo de eventos e negócios. Contribui decisivamente neste sentido o crescimento da economia baiana no geral e, em particular, do parque industrial. Termômetro disso é o movimento no aeroporto de Salvador, cada vez mais intenso. Segundo os números da Infraero, de janeiro a março deste ano o movimento de passageiros foi de 1,02 milhão, 9,9% superior ao de igual período de 2001.
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