Ministério do Esporte Turismo de futuro
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Turismo de futuro

Uma das atuais preocupações do turismo mundial é a sustentabilidade. A expressão, embora seja pomposa, significa, entre outras definições: "planejamento"; algo vital para comunidades, empresas e nações que tem em suas receitas o turismo como uma das principais fontes geradoras. O assunto foi discutido no último sábado durante a Assembléia Anual de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Fortaleza. O evento foi transmitido através de vídeo-conferência para todos os estados nordestinos. De Natal, em hotel na Via Costeira, trade turístico e agentes governamentais participaram dos debates. As platéias, de qualquer estado, podiam mandar perguntas e interagir com os palestrantes. A abertura do seminário foi realizado pelos ministros Martus Tavares, do Planejamento, Orçamento e Gestão e Caio Luiz de Carvalho, ex-presidente da Embratur, agora ministro dos Esportes e Turismo; além da presença do vice-presidente do BID, Paulo Paiva, e de Byron Queiroz, presidente do Banco do Nordeste. Os principais objetivos do encontro incluíram o estímulo à discussões sobre os temas que cercam o turismo sustentável e o estabelecimento de parcerias entre os setores público e privado; apresentando também o potencial do turismo nordestino para empresas privadas; além de proporcionar uma oportunidade para que os estados nordestinos, Ministérios, Banco do Nordeste e BID pudessem apresentar suas experiências no desenvolvimento da sustentabilidade do turismo. "O turismo pode ser um instrumental para reduzir as desigualdades: ele abre novas possibilidades para pequenas empresas, empresários e empregados. É importante que os governos estejam preparados para esta realidade", declarou Paulo Paiva, representante do BID e ex-ministro do Planejamento. Ele lembrou que no setor de serviços, o turismo é uma atividade essencial na América Latina e no Caribe, embora estes locais só tenham conseguido a pequena estimativa de 8% do fluxo mundial de turistas em 2000. Paulo Paiva declarou ainda que desde os anos 70, o BID já investiu mais de US$ 1 bilhão em projetos turísticos sustentáveis. O novo ministro dos Esportes e Turismo, Caio Luiz de Carvalho, redargüiu a afirmativa de Paulo Paiva, dizendo que todo mundo do setor fala que o turismo pode levar à inclusão social mas, na sua opinião, só poderá se combater a pobreza gerando riquezas: "Precisamos colocar nossos produtos nas prateleiras dos agentes de viagens de todo o mundo", declarou o ministro, com apenas um dia que havia assumido a pasta. Ele afirmou também que o Prodetur foi o divisor de águas para a profissionalização do turismo brasileiro e que o programa proporcionou uma certa união entre os estados nordestinos: "A princípio, os governadores começaram cada um defendendo o seu território. Depois eles perceberam que tinham que se unir", analisou Caio Luiz, apregoando que com a implantação do Prodetur II é a hora do Nordeste se incluir definitivamente no cenário turístico internacional. O ministro Martus Tavares, do Planejamento, Orçamento e Gestão, contemporizou a discussão lembrando que turismo não se faz só com praias bonitas e força de vontade: "É preciso condições", enfatizou Martus, citando o encontro do BID em Fortaleza: "Se não tivesse existido o aumento da demanda turística através do Prodetur, este estado, há alguns anos atrás, não seria capaz de receber uma reunião como esta", argumentou o ministro. De acordo com os dados do BID, o Prodetur já teria atraido cerca de US$ 4 bilhões de investimentos privados adicionais, o que possibilitou dobrar o números de turistas em toda região, entre 1994 e 2000. Na platéia do seminário em Fortaleza se encontravam governadores, ministros, secretários de estado, parlamentares, empresários, especialistas e convidados do Brasil e do exterior. O evento teve a apresentação de dois painéis: o primeiro discutiu as possibilidades e desafios de investimento para o nordeste, enquanto o segundo debateu a participação local para a sustentabilidade. O presidente do BID, Henrique Iglesias também participou do evento. Turismo sustentável permite uma visão mais integradora entre a indústria e a sociedade As palestras de abertura do seminário foram os momentos mais didáticos do evento. O professor espanhol Esteban Jane, docente da Universidade de Les Illes Balears, começou sua fala lembrando que a o turismo sustentável é uma questão macro-econômica, definindo a sustentabilidade como algo capaz de permitir uma visão integradora do turismo com a sociedade. "O turismo não deve colocar em perigo as futuras gerações. Ou seja, ele precisa crescer em qualidade e não em quantidade", defende Esteban, que também edita os Anais do Turismo Espanhol. Ele fez recomendações para o desenvolvimento do turismo sustentável. Segundo o especialista é preciso ter autonomia administrativa para definir estratégias; assim como é necessário fomentar a criação de pólos e regiões turísticas reunindo municípios que tenham este potencial; modernizar o ritmo de crescimento levando em conta a sazonalidade e evitar crescer e construir a menos de 100 metros do litoral, ou em montes e colinas. Esteban também lembrou que é necessário colocar o turistas para entrar em contato permanente com a população local. "Os destinos que isolam os turistas em hotéis distantes da comunidade geralmente pagam um preço alto por isso", garantiu o professor, defendendo a planificação dos recursos naturais e a eliminação de resíduos, assim como a fixação dos níveis de proteção paisagística, com a média de carga e capacidade para visitação. Neste item em particular Esteban declarou que a supervisitação e superlotação de um destino terminam por destruí-lo. Neste sentido existiria ainda os aspectos de caráter migratório que devem ser prevenidos, sob pena do crescimento excessivo da população. Outro item importante, a seu ver, é dar identidade cultural aos destinos. O docente espanhol terminou sua palestra lembrando que é necessário facilitar o financiamento de infra-estrutura turística assegurando ações de livre mercado e evitando os oligopólios. A aplicação de novas tecnologias e formação de pessoal, assim como a qualificação dos estabelecimentos, também seriam itens indispensáveis para assegurar o desenvolvimento de um turismo sustentável, segundo Esteban Jane. Ele encerrou sua fala lembrando que o turismo deve assegurar a manutenção das tradições e culturas locais. Ele citou um exemplo deste conceito quando foi ao Nepal: "Vi um outdoor que dizia "o Nepal está aqui para mudar você e não você mudar o Nepal". Espero ver mais outdoors destes por aí", concluiu Esteban. ECOTURISMO - Um dos palestrantes de abertura do seminário foi Héctor Ceballos-Lascuráin, criador do termo Ecoturismo e diretor geral do Programa Internacional de Consultoria em Ecoturismo. O especialista argumentou que o homem, ao longo da história sempre teve que se habituar com o seu habitat, mas que o mundo contemporâneo não está mais respeitando o meio ambiente. Para exemplificar o caso, Héctor mostrou fotos de Cancún no início dos anos 80, um grande litoral entrecortado por vegetação nativa e algumas poucas construções. Exibindo fotos da atualidade ele lembrou que agora no mesmo local existem 32 mil leitos. Nas fotos fica claro o desconforto habitacional e a poluição do local na atualidade. "Existem outros empresas que querem fazer o mesmo no Mar Vermelho", advertiu o ambientalista, encerrando sua rápida participação afirmando que não é p
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