Ministério do Esporte Os reis da vela
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Os reis da vela

Lago Paranoá recebe, de hoje a sexta-feira, os melhores iatistas do país, vários deles com medalhas olímpicas Eneila Reis Da equipe do Correio Brasília é, a partir de hoje, a capital do iatismo. A Semana Petrobras de Vela, evento mais importante do calendário nacional, reunirá as seletivas pré-olímpica - visando Atenas 2004 - e pré-pan-americana - valendo pontos para garantir vaga no Pan de 2003 -, além da Copa da Juventude, para atletas até 18 anos. A competição terá largada hoje, no Clube Naval, às 9h, com a classe Tornado, que terminará mais cedo do que as outras, na próxima quarta-feira. A pedido dos próprios velejadores da categoria, as regatas foram antecipadas para os atletas terem tempo de viajar e competir na Espanha. As demais provas começam amanhã, às 13h, nas raias Norte e Sul do Lago Paranoá, em frente aos cinco clubes-sede (veja infografia nesta página). As regatas finais estão marcadas para a próxima sexta-feira, 22 de março. Vários medalhistas olímpicos competirão no Lago Paranoá. Uma das estrelas, Robert Scheidt, pentacampeão mundial da classe Laser e eleito em 2001 pelas entidades internacionais do iatismo o melhor velejador do mundo, desembarcou ontem em Brasília. Ainda no aeroporto, Scheidt, medalha de ouro nos Jogos de Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000, recebeu um carro da Volvo - um dos seus patrocinadores oficiais - para usar nos dias em que permanecerá na cidade. Ele não escondia a empolgação de voltar a velejar em Brasília, onde competiu pela última vez em 1989, pela classe Snipe. ''Este evento reúne os grandes velejadores do país. É muito legal estar aqui, pois é importante desbravar novos locais para praticar a vela. Estou louco para subir no barco e treinar. Tenho que me familiarizar com a raia'', disse Scheidt, que compete há 12 anos de Laser. ''Estou animado. Acredito que, por causa das constantes mudanças climáticas, haverá muito equilíbrio entre os competidores.'' Outros atletas de renome nacional e internacional foram confirmados na disputa. Entre eles, o atual secretário Nacional de Esportes, Lars Grael (bronze na classe Tornado nas Olimpíadas de Seul-1988 e Atlanta-1996), seu irmão Torben Grael (campeão da Star em Atlanta), Alex Welter (ouro na Tornado nos Jogos de Moscou-1980), André Fonseca (atual campeão brasileiro de 49er) e Alexandre Paradeda (campeão mundial de Snipe, em 2001). Para o velejador Eduardo Penido (ouro em Moscou na classe 470), que veio a Brasília como técnico da dupla Maurício Santa Cruz e João Carlos Jordão (Tornado), as chances de seus atletas são ótimas. ''No Brasileiro, em Ilhabela (SP), eles ganharam todas as regatas. Acredito que aqui não será tão diferente. Eles treinam quatro horas por dia e estão bem entrosados.'' Prêmio Na avaliação do presidente da Federação Náutica de Brasília, Marcello Katalinic Dutra, o Ziguinha, a realização da Semana Petrobras de Vela é um prêmio para a cidade, pois já era hora de o evento sair do eixo Rio-São Paulo. ''Vamos mostrar Brasília nacionalmente. Para mim, é um grande desafio. Sempre fui atleta e agora estou do outro lado'', afirmou Ziguinha, que assumiu a direção da federação em dezembro do ano passado. Segundo ele, o empenho da nova diretoria da federação local e o apoio dos clubes foram fundamentais para conseguir sediar a competição. ''A grandeza deste evento abrirá as portas para Brasília voltar a sediar outras disputas. Nosso objetivo é colocar a vela brasiliense no lugar de destaque que ela merece.'' Entrevista / Robert Scheidt Fôlego de campeão O paulista Robert Scheidt, pentacampeão mundial da classe Laser, está em Brasília, onde participa, a partir de amanhã, da Semana Petrobras de Vela. Acostumado a grandes conquistas, o medalhista de ouro em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000 avaliou, em entrevista ao Correio Braziliense, suas chances na semana pré-olímpica. Scheidt revelou também seus planos para a temporada e as expectativas para as Olimpíadas de Atenas-2004. O maior velejador do mundo comentou ainda o caso de doping na vela brasileira e apontou os novos valores do esporte. Correio Braziliense - Quais as expectativas para as Olimpíadas de Atenas-2004? Robert Scheidt - Ainda falta muito tempo para os Jogos Olímpicos. Até lá, são dois anos e meio. Sem dúvida, será um grande desafio. Quero manter a motivação em alta e fazer um bom trabalho. Espero aproveitar a experiência de 12 anos de carreira na classe Laser. Minha meta é continuar treinando forte e cuidar bem do físico, afinal, nas Olimpíadas estarei com 31 anos e nunca é demais administrar a preparação para evitar lesões. Correio - Qual a sua programação neste ano? Scheidt - Depois da semana pré-olímpica, vou para São Paulo, onde moro, continuar treinando. Nos fins de semana, velejo em Ilhabela. Em abril, vou para a Europa. Primeiro participo da Semana de Hyres, na França. Lá estarão os melhores do mundo e será um teste para a temporada. Em maio, disputarei a Semana de Spa, na Holanda, e em junho, a Semana de Kiel, na Alemanha. No segundo semestre, em setembro, vou para os Estados Unidos, onde será disputado o Campeonato Mundial. Lá, com força total, vou tentar um título inédito, o de hexacampeão mundial. Correio - Você é considerado o melhor velejador do mundo, mas sua popularidade não é tão grande como a dos jogadores de futebol ou do vôlei. Como você avalia isso? Scheidt - Os velejadores de ponta, como Lars e Torben Grael, principalmente depois das medalhas olímpicas, ficaram bem mais conhecidos. Melhorou e muito a imagem da vela no Brasil, mas claro que não é igual aos jogadores de futebol. Nos jogos de arena como o vôlei, o basquete e até mesmo o futebol, o público tem contato direto. Mas o nosso esporte é praticado longe da costa e isso dificulta a aproximação com as pessoas. A chance de sermos vistos é pouca, e para quem não entende do esporte fica muito pior. Aqui em Brasília, na semana pré-olímpica, acredito que será diferente, pois existem pontos próximos para o público acompanhar as regatas. Acho que nunca seremos como o futebol, mas podemos ter reconhecimento. No meu caso, as pessoas já sabem quem sou. Vencer a eleição do Comitê Olímpico Brasileiro, o Prêmio Brasil Olímpico 2001, mostrou essa realidade. Correio - O fato de velejar em Brasília, onde o vento costuma variar muito, pode complicar? Scheidt - As condições do Lago Paranoá deixarão a disputa mais nivelada. Acredito que um atleta pode ganhar uma regata e outro a seguinte, devido à mudança de vento. Vai ser bom para o esporte. Na minha opinião, todos terão chances. O velejador tem que se adaptar a todas as condições. Como dizemos, come o prato que está na mesa. Eu, por exemplo, aprendi a velejar na represa de Guarapiranga (SP) e lá os ventos são oscilantes e fracos. Não é novidade para mim. Aqui, Lars e Torben aprenderam a velejar. Isso não vai tirar o brilho da competição, ficará mais equilibrada. O que me surpreendeu aqui em Brasília foi a estrutura dos clubes, são do mesmo porte dos que encontramos na Europa e na Austrália. Correio - Foi anunciado pela Federação Internacional de Vela (ISAF) o caso de doping do velejador brasiliense Felipe Meira. Como você encara essa situação? Scheidt - Um caso de doping é ruim, fere o intuito do esporte. A vela não é uma pratica que exige explosão. Não vejo necessidade disso, é triste. Mas todos têm que ter direito de defesa. Só espero que ele aprenda com a lição e retome a carreira no futuro. É
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