Ministério do Esporte Oportunidades no Mercosul
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Oportunidades no Mercosul

Estados brasileiros deveriam explorar melhor o mercado dos países vizinhos Juçara Braga Os governos estaduais, embora não tenham competência para implementar políticas de comércio exterior, devem ter uma participação mais ativa nas negociações com países com os quais têm trocas comerciais. O alerta é do economista Waldomiro Pecht, que aponta a importância do Mercosul para as exportações brasileiras, em especial das regiões Sul e Sudeste, independente da crise argentina. A exemplo dos Estados americanos, os brasileiros também deveriam enviar missões comerciais aos países vizinhos. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, tem 19,5% de suas exportações direcionadas para o Mercosul ampliado (inclui Chile e Bolívia), além de ser o segundo principal destino, depois dos Estados Unidos, dos turistas argentinos. Portanto, precisa explorar bem este caminho. Técnico da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), Pecht está concluindo um estudo sobre a importância do Mercosul para os Estados brasileiros e avisa que há uma gama de oportunidades que não vem recebendo a devida atenção das administrações estaduais. Diferenças regionais Os números reunidos por Pescht ressaltam as enormes diferenças regionais que caracterizam o Brasil e, ao mesmo tempo, mostram o impacto das oscilações do comércio com os países do Mercosul sobre as regiões Sul e Sudeste do Brasil. É nestas regiões que estão concentradas 87% das exportações e 82% das importações brasileiras para o bloco econômico, incluindo Chile e Bolívia. Sendo assim, a crise argentina - sobre a qual as previsões mais otimistas indicam a necessidade de um período variável entre três e quatro anos para ser superada - atinge sobremaneira a economia dos Estados do Sul e do Sudeste. No ano 2000, do total de exportações do estado do Rio, 12% foram para a Argentina, informa Pecht, acrescentando que, do total importado pelo estado fluminense, 16,2% vieram do país vizinho. Para o economista não há dúvida de que a crise Argentina afeta sensivelmente a economia do estado do Rio. Se a conta de turismo for considerada, o prejuízo é ainda maior. A Argentina é o segundo principal país de origem dos turistas que chegam anualmente ao Rio. O número de turistas argentinos na cidade só é superado pelo número de visitantes americanos. Em 2000, o Rio recebeu 818 mil turistas dos quais 174 mil vieram dos Estados Unidos e 123 mil, da Argentina, que contribuiu, desta forma, com 15% do total de visitantes à cidade naquele ano. O Rio é a segunda cidade brasileira mais visitada pelos argentinos; a primeira é Florianópolis (SC). Diante dessas estatísticas, Pecht sugere que o Governo do Estado do Rio dê atenção especial a este mercado, procurando, por exemplo, estar atento à estabilidade do câmbio na Argentina - quando isto ocorrer - para estimar o provável número de visitantes argentinos no futuro e preparar-se adequadamente para recebê-los de forma a potencializar os benefícios que o turismo pode trazer para a economia do estado. Embora destaque o Mercosul nesta observação, Pecht afirma que as ações da administração estadual não devem restringir-se ao bloco do Cone Sul, lembrando que a Alemanha é o terceiro fornecedor de turistas para o Rio. A cidade recebeu 87 mil visitantes daquele país no ano 2000. Passividade no Brasil Para estimular a continuidade e mesmo o aumento desse fluxo, Pescht sugere que o estado atue continuamente, inclusive enviando missões ao exterior. "Os estados americanos atuam no mundo todo além de o Governo central atuar de forma global; os canadenses e os europeus fazem a mesma coisa, mas, no Brasil, há muita passividade, deixa-se todas as tarefas para o Governo federal." O economista da Fundap explica que essa atuação não implica romper com a soberania nacional, mas sim agregar valor às ações federais. No plano regional, ele reconhece que será necessário aguardar a recuperação da economia argentina, mas afirma que os estados deveriam, desde já, começar a preparar-se para agir. De modo geral, Pecht observa que, "com as privatizações, os estados perderam alguns mecanismos de que dispunham para fazer política de desenvolvimento voltada para a integração" e acrescenta que, sendo assim, "é preciso criar outros instrumentos e estar presente nos fóruns de discussão sobre o Mercosul. O presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercado (Adebim), Michel Alaby, concorda com o fato de que a crise argentina traz problemas, principalmente, para os estados do Sul e do Sudeste do Brasil, uma vez que as exportações do País concentram-se nessas regiões. Ele observa que, do total das exportações brasileiras para o Mercosul, 85% são destinadas à Argentina. O impacto da crise argentina sobre a economia dos estados dessas duas regiões pode ser mensurado nos números. Segundo Alaby, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, as exportações brasileiras para a Argentina totalizaram US$ 450 milhões, enquanto que, em igual período de 2001, foram registrados US$ 900 milhões. Ou seja, a desestabilização econômica no país vizinho resultou em uma queda de 50% nas vendas de produtos brasileiros para aquele mercado. Diante disto, Alaby considera que "o Mercosul está hibernando" e avalia que o foco agora deve estar na aliança estratégica entre os países do bloco para fazer frente às negociações para formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Exportadores em compasso de espera Os exportadores brasileiros estão em compasso de espera sob o ponto de vista comercial. Está prevista para esta semana, na Argentina, uma reunião de representantes dos bancos centrais dos dois países para discutir as condições de retomada do Convênio de Crédito Recíproco (CCR), mecanismo por meio do qual esses bancos asseguram, ao vendedor externo, o pagamento das compras realizadas por importadores de seus respectivos países. Enquanto a questão não é decidida, segundo o presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercado (Adebim), Michel Alaby, "torna-se difícil equacionar as exportações futuras para a Argentina, embora o país esteja necessitando de muitos produtos, porque não há certeza sobre o recebimento". O presidente da Adebim conclui afirmando que as oportunidades de negócios na Argentina, hoje, estão na aquisição de empresas locais. "Quem estiver capitalizado e disposto a realizar investimentos de médio e longo prazos, certamente, encontrará boas oportunidades, pois as empresas devem estar baratas. O importante é não ter pressa e buscar os segmentos nos quais o país é competitivo, tais como petroquímica, laticínios, produção de vinhos, couro, arroz e embalagens", sugere Alaby. Numa análise mais abrangente, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) ressalta a importância de se avançar em algumas áreas para aumentar o financiamento ao desenvolvimento dos países da região. Entre elas, está o fortalecimento da capacidade do sistema financeiro internacional para prevenir e administrar crises. De forma complementar, os técnicos da Cepal propõem que sejam desenhadas políticas macroeconômicas nacionais preventivas. Os estudiosos da Cepal recomendam a implementação de ações para melhorar a inserção comercial dos países da região no plano internacional, bem como seu acesso aos mercados financeiros globais. E, por fim, destacam a necessidade de se incrementar os níveis de poupança interna dos países de forma a assegurar recursos
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