Ministério do Esporte Mão-de-obra indígena nas destilarias
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Mão-de-obra indígena nas destilarias

Mão-de-obra indígena nas destilarias Um acordo firmado ontem à tarde na Delegacia Regional do Trabalho em Mato Grosso do Sul (DRT), deve abrir até 6 mil empregos para índios, que serão contratados para o corte de cana-de-açúcar nas destilarias de álcool do Estado. As empresas se comprometeram a assinar a carteira dos empregados, que devem receber, cada um, segundo o delegado regional do Trabalho Sílvio Escobar, salário de R$ 350 por mês. O diretor do Sindicato das Indústrias de Álcool, Izaías Bernardini, disse que o número exato de contratações ainda será definido, provavelmente esta semana. Depois do Amazonas, Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do País. São cerca de 50 mil índios, dos quais 20 mil são na etnia guarani/kaiowá: vítimas de suicídios (média de 25 casos a cada ano, incluindo crianças), alcoolismo, tuberculose e desnutrição. O consultor jurídico da Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Maucir Pauletti, disse que a demanda por emprego nas aldeias é bem superior à possibilidade de abertura de 6 mil postos de trabalho nas destilarias. As usinas de álcool sempre deram prioridade aos índios. 'São 19 anos de experiência. Tem alguns que derrubam uma tonelada de cana em poucas horas', afirma Pauletti. Impasse Há seis anos, havia uma discussão se os índios deveriam ou não ter Carteira de Trabalho assinada. Na época existia um contrato coletivo em que parte dos salários era repassada para aldeias. O dinheiro então acabava administrado por um 'encabeçante', que fazia a intermediação entre usinas e força de trabalho. Desde 1999, os índios passaram a ser registrados. Ano passado, porém, não houve acordo na DRT e apenas três empresas fizeram contratações. Das nove destilarias de álcool que existem em Mato Grosso do Sul, seis devem empregar este ano índios para o corte de cana-de-açúcar, que começa na segunda quinzena de abril. De acordo com o delegado da DRT, as contratações devem se estender até novembro. Escobar disse que o pacto firmado ontem garante aos índios boas condições de trabalho e evita problemas como o ocorrido em Presidente Prudente (SP), onde um grupo, sem emprego no Estado, foi contratado sem garantias trabalhistas por uma usina, a qual para completar não pagava salários. Além do trabalho nas destilarias, os índios passaram a ser empregados na colheita de algodão, limpeza de cercas nas fazendas e até como guias turísticos, como fazem os guatós, donos de uma ilha no Pantanal. A expectativa, segundo Pauletti, é que mais três destilarias passem a fazer contratações. 'A usina de Sonora (na divisa com Mato Grosso) contrata gente de fora e deixa de empregar 1,5 mil índios', lamenta o representante do Cimi. Mas Izaías Bernardini diz que as destilarias estão deixando de contratar porque os próprios índios relutam contra a carteira de trabalho e que a produtividade da mão-de-obra indígena está ficando menor.
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