Ministério do Esporte Projeto olímpico
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Projeto olímpico

Animado com a Semana de Vela em Brasília, o secretário Nacional de Esportes, Lars Grael, admite que tem planos de disputar outra Olimpíada Eneila Reis Da equipe do Correio Com cinco de nove regatas já realizadas na Semana Petrobras de Vela, o secretário Nacional de Esportes, Lars Grael, está em segundo lugar na classe Star e continua no páreo para integrar a equipe olímpica permanente do Brasil. Na ausência de ventos, ontem (todas as provas, tanto na raia Sul como na Norte, foram transferidas para hoje, a partir das 9h), Lars analisou as probabilidades de voltar a competir em nível olímpico, mesmo com a desvantagem de não ter a perna direita, perdida em um acidente em 1998, durante regata no litoral do Espírito Santo. Medalha de bronze nos Jogos de Seul-1988 e de Atlanta-1996, na classe Tornado, Lars não esconde o sonho de competir em outra Olimpíada, já que dedicou boa parte da sua vida ao esporte. "Não é impossível. Tenho vontade como velejador, mas prefiro ser realista. As chances são pequenas, pois hoje a classe Star reúne velejadores premiados, como Torben Grael e Marcelo Ferreira, há mais de dez anos entre os três melhores do mundo. E ainda as duplas Alan Adler/Ricardo Hermel e Gastão Brum/Marco Garcia, todas de altíssimo nível", declarou. "Além disso, sei das minhas limitações físicas e do pouco tempo que tenho para treinar, pois minha prioridade atual é a Secretaria Nacional de Esporte", explicou Lars. Ele não descarta a possibilidade de estar em Atenas-2004. Mas, se puder disputar os mundiais e os campeonatos europeus, já será um prêmio e tanto. Segundo ele, o ambiente nessas competições é tão bom quanto nos Jogos Olímpicos, pois também participam os principais velejadores. "Agora, meu objetivo é competir e terminar entre os quatro primeiros da classe Star, pela equipe permanente. No ano que vem, quem sabe, ficar em segundo lugar." Alegria Na avaliação de Lars, é um sentimento muito bom voltar a disputar regatas, especialmente ao lado do irmão Torben. Ele lembra os momentos difíceis por que passou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após o acidente provocado pela hélice de uma lancha, quando seu barco foi atropelado. "Pensei que não velejaria mais. Era difícil administrar essa idéia. O Torben foi um dos meus maiores incentivadores. Três meses depois do acidente, ele comprou um barco de madeira para mim, do mesmo tipo que já tínhamos na família, o 6 Metros. Sua intenção era despertar o meu interesse em velejar, ver se eu me adaptava. Deu certo." Segundo Lars, passado três meses do acidente, ele já estava competindo em uma regata de fim de semana. Dois meses depois, partiu para o Campeonato Paulista de Vela Oceânica, em São Paulo, e sentiu que poderia voltar com força. "Em novembro de 1999, venci um circuito do Rio e, em 2000, resolvi comprar um barco como agradecimento a ele (Torben), pelo seu gesto. Nem eu imaginava qual seria meu limite." Lars optou pela classe Star, embora seja um barco complexo, que exige muitas regulagens. A estratégia, para ele, que é timoneiro, conta mais do que o físico. "Eu velejo mais com a mente do que com o corpo." O secretário Nacional de Esportes também comentou que tem vários projetos para quando deixar o cargo público. Entre os principais, dedicar-se mais à vela, dar suporte ao Projeto Navegar (iniciativa do próprio Lars, que ensina a menores carentes os fundamentos da vela, ao mesmo tempo em que orienta a garotada sobre os princípios básicos da cidadania), divulgar seu livro, A Saga de Um Campeão, e participar de palestras de esportes, como fazia antes. Incentivo total Se depender do incentivo dos velejadores e profundos conhecedores do esporte, o secretário Nacional de Esportes, Lars Grael, estará em Atenas, nos Jogos de 2004. Na opinião do irmão Torben Grael (medalha de ouro em Atlanta-1996 e líder, até o momento, da classe Star na Semana Petrobras de Vela), a situação de Lars hoje não é tão boa quanto na época em que competia na Tornado. No entanto, ele tem chances. "Acredito que se Lars pudesse dedicar tempo integral à vela, ele teria como conquistar a vaga. Um bom exemplo disso tem sido a pré-olímpica aqui. Ele vem só beliscando posições", observou. Para Marcelo Ferreira, parceiro de Torben, o barco da classe Star é um dos mais adequados ao tipo de deficiência de Lars - ele perdeu a perna direita em um acidente, em 1998, no litoral capixaba -, pois atrapalha muito pouco seu nível técnico. "Se Lars tem de brigar por uma vaga, esta é a melhor classe. As eliminatórias são difíceis para todos, o nível é alto, mas velejar ele sabe. E, o principal, tem força de vontade." Alan Adler, parceiro de Ricardo Hermel (dupla que ocupa a terceira colocação na Semana de Vela), diz que Lars é um exemplo no esporte, sempre em busca de superar seus limites. "Um excelente velejador, capaz de superar suas limitações. Sem dúvida, Lars está no páreo. As chances são boas na Star", avaliou. "Tem muita gente que pode ganhar e, independente de quem seja, o importante é que o Brasil estará bem representado. O país precisa de resultados." O velejador gaúcho Eugênio Gerth (radicado em Brasília desde 1979), parceiro de Edson Amui na competição, concorda. "O que está faltando para o Lars é apenas treino. Aqui a gente percebe que ele compete de igual para igual, não tem diferença. Acho que não é apenas um sonho. Se tiver incentivo, chegará nas Olimpíadas." (ER)
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