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Novamente notável

COTTBUS, Alemanha Otalento e a determinação venceram a batalha contra uns quilos a mais. Apesar de ter reconhecido, na semana passada, que não está no melhor de sua forma, a ginasta brasileira Daniele Hypólito conquistou ontem, na Alemanha, a medalha de ouro na trave, na primeira etapa da Copa do Mundo de Ginástica Olímpica. A vitória é mais uma façanha da Pequena Notável, já que o Brasil jamais havia sido convidado para uma etapa da competição, que reúne a elite mundial do esporte. Na final da trave, Daniele conseguiu 9.137 pontos. Em segundo lugar ficou a espanhola Elena Gómez, com 8.650. A terceira foi a holandesa Verona van de Leur, que conseguiu 8.562 pontos. A outra brasileira na competição, Heine de Oliveira, ficou em sétimo lugar no salto sobre o cavalo. A próxima etapa da Copa do Mundo será disputa em agosto, em Berlim. A terceira e última etapa será em outubro, ainda sem local determinado. Ginasta evolui no aparelho A medalha de ouro tem um gosto especial por ter sido conquistada na trave, aparelho que Daniele tem treinado intensamente nos últimos meses. No Mundial de Ghent, na Bélgica, em novembro do ano passado, a ginasta ganhara a prata no solo. A técnica Georgette Vidor conta que, há uma semana, a atleta executou um exercício perfeito na trave durante os treinamentos. Isso serviu de incentivo para Daniele e deixou a expectativa de que o desempenho em competições poderia melhorar, o que foi comprovado ontem. - Eu disse a ela que aquela série executada no treino lhe daria uma medalha. No entanto, não imaginava que a conquista viria logo nesse torneio - disse Georgette, que vê na vitória de Daniele uma prova da evolução da atleta. - Sempre acreditei que Daniele não era ginasta de um aparelho só. Ela sempre foi versátil, com força no solo. Temos treinado a trave com empenho porque sabemos que ela pode render mais no futuro. Ontem, após a conquista, Daniele telefonou para a mãe, Geni Hypólito. Emocionada, ela comemorou o resultado na trave e disse que não esperava ir tão bem, pois estava debilitada por uma gripe que pegou semana passada. A ginasta também explicou porque não conseguiu chegar à final do solo, considerado seu principal aparelho. - Ela me disse que, numa das passadas, saltou muito alto e, para não pisar na linha, deu uma salteada. Depois, ficou com o pé doendo e acabou indo mal no resto da apresentação - contou Geni. A mãe acredita que a medalha de ouro em Cottbus pode dar novo ânimo para Daniele, que ficou triste com os comentários de que estaria se descuidando da forma física. Segundo Geni Hypólito, a filha sempre ganhou e perdeu peso com facilidade e já estava próximo do ideal quando viajou para a Alemanha. - Ela não se irritou com a polêmica, que serviu como alerta. Porém, a repercussão da notícia não foi boa e isso a deixou triste. Daniele me disse: "Mãe, não sou uma máquina" - revelou a mãe da ginasta. Para a técnica Georgette Vidor, Daniele terá de analisar o que fez de errado nos exercícios de solo e se preparar com mais empenho para as próximas competições, já que as cobranças serão cada vez maiores. Para ela, a atleta pode alcançar outros resultados expressivos se conseguir se manter em forma. - Sabíamos que ela estava um pouco acima do peso, mas ela trouxe a medalha mesmo assim. Se estivesse em forma, talvez conseguisse o ouro também no solo. Daniele continua provando que é um talento - afirma Georgette. Georgette quer chegar ao título A mesma opinião tem a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (FBG), Vicélia Florenzano. Na semana passada, ela disse que havia advertido as atletas da seleção brasileira para que não se descuidassem da preparação física com atividades alheias ao treinamento. A mensagem foi um aviso para Daniele, que, segundo Vicélia, deveria deixar de disputar competições internacionais se não estivesse bem preparada. Ontem, depois de saber do resultado da ginasta em Cottbus, a presidente da FBG exaltou o talento de Daniele e comentou a importância da conquista para a atleta e o esporte no país: - Foi um resultado sensacional, principalmente por ter sido na trave. Isso mostra o quanto ela tem talento e pode evoluir. Daniele Hypólito chega ao Rio amanhã, de manhã. Até agosto, ela treinará para a segunda etapa da Copa do Mundo e para o Mundial por aparelhos, em novembro, na Hungria. Segundo Georgette Vidor, a medalha de ouro em Cottbus põe a ginasta numa boa posição na competição, que distribui prêmios em dinheiro para os primeiros colocados ao final das três etapas. - Inscrevemos a Daniele em três aparelhos nessa etapa da Copa para que ela ganhasse competitividade. Nosso objetivo era brigar pelo título no solo, disputar uma boa colocação na trave e conseguir o melhor possível na paralela, na qual ela deve evoluir durante o ano. Agora, vamos trabalhar melhor a trave para manter a liderança na Copa. Estou orgulhosa de ver a Daniele entre as melhores do mundo em dois aparelhos - diz a treinadora. Daniele Hypólito despontou como promessa da ginástica olímpica brasileira em 1996, aos 12 anos, quando se transferiu do Santo André para o Flamengo. Na época, a atleta era apontada como a sucessora de Luísa Parente, a maior ginasta do clube até então. Na Olimpíada de Sydney-2000, a Daniele conseguiu a melhor colocação brasileira na história da competição ao terminar na 21 posição na final individual geral. O reconhecimento internacional, porém, veio em novembro do ano passado, quando a atleta ganhou a prata no solo do Mundial da Bélgica e foi quarta no individual geral. No mesmo mês, no Torneio Internacional de Marselha, na França, a ginasta ganhou ouro no solo, prata no individual geral e bronze nas barras assimétricas.
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