Ministério do Esporte Paraísos Abandonados
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Paraísos Abandonados

O ministro interino do Esporte e Turismo, Caio Luiz Carvalho, lembrou no Jornal do Brasil, a propósito do Dia Mundial da Água, que a ONU declarou 2002 o Ano Internacional do Ecoturismo. São dois temas que se entrelaçam de tal forma, como assinalou o ministro, que sem água não há como fazer ecoturismo e sem ecoturismo não há como interiorizar a economia, dar emprego e melhorar a renda de brasileiros que moram em verdadeiros paraísos sem oportunidade de viver dignamente. Países como Nova Zelândia e Austrália são exemplos de como lidar com o ecoturismo e tirar proveito dele, beneficiando a população local, valorizando as atrações turísticas, aproveitando em todo o esplendor as ofertas da natureza. Tudo isto parece ser o contrário do que ocorre no Brasil, país em que as iniciativas para valorizar turisticamente as belezas naturais são ainda escassas, em detrimento do potencial garantido por paraísos de que são exemplos a Ilha Grande e o arquipélago de Fernando Noronha. Só a junção de esforços municipais, estaduais e federal pode extrair dos santuários ecológicos o rendimento compatível com suas possibilidades. Pouquíssimos lugares do mundo disputam com o Brasil o item beleza natural. Antes da assinatura dos últimos convênios com o governo federal, a Ilha Grande, com 193 quilômetros de extensão e 155 quilômetros de orla marítima, em Angra dos Reis, Região Sul Fluminense, pedia socorro para combater as ações do seu maior predador, o homem, contra o cenário paradisíaco formado por montanhas, Mata Atlântica, cachoeiras, rios e 106 praias. A Ilha Grande tem 5 mil habitantes e 140 estabelecimentos comerciais, e chega a produzir, durante o verão, 2,4 milhões de litros de esgoto, dos quais apenas 420 mil são tratados, e 10 toneladas diárias de lixo. O processo de degradação tinha ainda uma agravante: para combater crimes ambientais, órgãos municipais, estaduais e federais enfrentavam conflitos jurídicos. Desde que o presídio foi desativado, em 1994, começou a invasão descontrolada e a proliferação de campings e pousadas, sem falar no enxame de farofeiros que nos feriadões a invadem sem cerimônia. Os Ministérios do Esporte e Turismo, Meio Ambiente e Justiça, Marinha e governo estadual sentaram-se à mesa para buscar saídas, talvez uma administração autônoma, antes que seja irremediavelmente tarde. Até os ecologistas mais xiitas admitem que o turismo é a principal atividade econômica da região. Em vez de se tornar fantástico pólo turístico, a ilha se tornou paraíso de urubus que disputam com assustados visitantes estrangeiros e alegres farofeiros cada palmo de suas belas porém sujas praias. O verdadeiro turismo de massa, popular, não é o que entrega os santuários ecológicos à sanha dos predadores e sim aquele que organiza seu uso com vistas à preservação do potencial turístico, interno e externo. Turismo é também segurança e proteção aos visitantes estrangeiros. Enfim, está na hora de levar a sério o ecoturismo, tal como se faz nos países adiantados.
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