Ministério do Esporte Em busca de salário
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Em busca de salário

Campeão mundial de duas organizações de boxe, Popó ainda sofre com a falta de patrocínio. Lutador esteve em Brasília atrás de dinheiro Da Redação O baiano Acelino Popó de Freitas é acima de tudo um brincalhão. Na última quarta-feira, ele esteve em Brasília e, enquanto um repórter conversava com seu empresário, o lutador encostou o dedo no peito do jornalista. Quando este olhou para baixo, Popó correu o dedo até o nariz do repórter. Brincadeira de criança, típica dele, que sempre está com um sorriso estampado no rosto. "Como ele é simpático", elogia um garçom, que o serve na churrascaria Porcão. Mas tem um assunto que deixa Popó sem graça, com a fisionomia fechada. Mesmo depois de ter unificado o título dos Superpenas, da Organização Mundial de Boxe e da Associação Mundial de Boxe (AMB), na madrugada do último dia 13 de janeiro, ele não tem uma vida financeira tranqüila. Este foi um dos principais motivos de sua vinda a Brasília. A posse de Marco Antônio de Brito Lomanto como novo diretor da Embratur era só uma desculpa. O boxeador está atrás de quem o patrocine. Popó passa por problemas que sofrem outras estrelas do esporte brasileiro. A ginasta Daniele Hypólito, medalha de prata no Mundial da Bélgica, em 2001, até hoje não tem uma situação financeira segura. O pentacampeão mundial de iatismo, Robert Scheidt, suou muito até conseguir se estabilizar. "Vim para Brasília prestigiar Lomanto e visitar alguns ministros", limitou-se a dizer o lutador, que tem em seu currículo 31 vitórias em 31 lutas, 29 delas por nocaute. Na verdade, veio com Denis Guimarães, um dos procuradores do staff que cuida de sua carreira. Não é papel de Popó dizer para a imprensa que seus treinamentos correm riscos por falta de dinheiro. Valeu até uma ida ao Palácio do Planalto. "Viemos aqui também para buscar patrocínios junto a empresas do governo", confirma Denis. Hoje, os ganhos fixos de Popó vêm somente de um contrato com a empresa norte-americana Showtime, que transmite suas lutas para todo o mundo, e da bilheteria do evento. Ninguém fala de quanto é o contrato, mas, segundo Denis, não é suficiente para um investimento tão alto como é a carreira de um boxeador, ainda mais um campeão mundial. "Precisamos de patrocinadores que dêem mais tranqüilidade para os treinamentos de Popó", diz Denis. E constata: "Só no Brasil um ídolo sofre com este tipo de situação". Mas, segundo o procurador, já há conversas adiantadas com montadoras de veículos e empresas de aviação. Contusão Sobre sua próxima luta, contra o nigeriano Daniel Atah, Popó pouco sabia. Disse que era em julho. Na verdade, estava marcada para 1º de junho. Depois, chegou a notícia de que o brasileiro, por causa de uma contusão no punho que o atrapalha desde antes da luta contra o cubano Joel Casamayor, havia adiado o confronto para 3 de agosto (a data não é oficial). Arrumações de seu empresário Ruy Pontes. Como todo bom boxeador, Popó também é marrento. Sabe o que ele sabe sobre Atah? "Só o nome", garante. E é o suficiente? "Quando acabar a luta eu vou saber se foi o suficiente", sorri. O dinheiro fixo que Popó procura seria exatamente para que sua preparação fosse mais calma. Em junho, ele deve embarcar para os Estados Unidos, onde é feita sua preparação específica antes de uma luta. "Três horas por dia de treino forte. São três horas em que eu perco quase três quilos", conta. Popó agora só quer saber de treinar e aproveitar o casamento com Eliana Guimarães. "O pessoal não esquece disso, né?", brinca. Não dá para esquecer. Em maio do ano passado, Eliana rompeu o noivado com o lutador. Arrasado, ele cancelou a luta contra o húngaro Lazlo Ognar e quase perdeu o cinturão da Organização Mundial de Boxe, além de ter levado uma multa. No fim, tudo acabou bem. "Minha vida amorosa está cada vez melhor. Tudo tem sua hora e seu momento. Não era para eu ir para aquela luta. E hoje eu sou campeão unificado profissional."
{audio}{/audio}

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla