Ministério do Esporte A luta continua
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A luta continua

Atletas do Distrito Federal foram os destaques na 6ª Copa Brasília de Judô. Até sexta-feira, judocas de vários países trocam experiência no Nilson Nelson Noéli Nobre Da equipe do Correio Foram três dias de luta. E põe luta nisso. Pelos tatames da 6ª Copa Brasília Internacional de Judô, que terminou domingo no Ginásio Nilson Nelson, passaram mais de 1,5 mil atletas de 25 estados brasileiros, além de República Dominicana e Argentina. Eles participaram de cerca de três mil competições. Os destaques foram a academia da Universidade Gama Filho, no Rio, com 222 pontos, e o Distrito Federal, entre os estados, com 857. O evento teve a cobertura instantânea do site www.judobrasil.com.br. Segundo Carlos Alberto Cunha, coordenador da página, a Copa Brasília é ''a única competição brasileira que está no calendário da Federação Internacional''. O ponto alto foi o sábado. O Nilson Nelson ficou lotado. Os organizadores do do campeonato calculam que até oito mil pessoas passaram pelo ginásio em três dias. O público, em sua maioria, se compôs de judocas e pais-corujas. A funcionária pública Lhilhian Magnussin não perdeu a chance de ver a primeira luta oficial do filho Hugo, de cinco anos. Ele não ganhou nem perdeu. Mesmo assim, ganhou troféu. ''Nessa idade (abaixo dos 13 anos), eles ainda não estão competindo. O campeonato é um incentivo para a criança'', filosofou Lhilhian, que mora na Asa Sul. Segundo ela, Hugo está mais disciplinado e atencioso depois que começou a praticar judô, há um ano. Ele vai todos os dias para a academia, onde tem aulas de judô e natação. Enquanto isso, a mãe fica na musculação. Teve gente que foi ao campeonato sem saber por quê. Caso da estudante Fernanda Almeida, 16 anos. Bem, até que ela sabia porque estava ontem no Nilson Nelson... ''Estou esperando meu namorado, o Shiro Yoshioka'', disse. Com ar meio impaciente, Fernanda se sentou na última fileira de cadeiras. Cultiva o hábito de acompanhar o namorado nas competições de que participa. A Copa Brasília, o campeonato mais importante do Distrito Federal, é uma delas. A partir de hoje, como extensão do evento, brasileiros terão oportunidade única. Judocas da Bélgica, Holanda, Argentina, República Dominicana e de seleções brasileiras participarão de treinamento técnico especial e trocarão experiências. ''A Copa Brasília aumenta o nível do judô na capital. Apesar de todos os esforços, ainda não temos estrutura e perdemos nossos melhores judocas para outros estados. O que salva é a Bolsa-Atleta, embora ela esteja atrasada há dois meses'', diz Luciano Gonçalves, diretor-técnico da Federação Metropolitana de Judô. Ele próprio lutou e foi campeão na categoria master meio-médio. Personagens Arethusa Nunes Sem patrocínio Na Copa Brasília, ela ficou em primeiro lugar na categoria peso médio (70kg). Mas não foi o primeiro título da paraibana Arethusa Nunes, 22 anos. Ela foi medalha de bronze no Campeonato Brasileiro, em Santa Catarina, ouro no Campeonato do Centro-Oeste e prata na Copa Brasília de 2001. O judô entrou na vida de Arethusa há dois anos e oito meses, quando veio morar no Distrito Federal, na casa de uma tia. Foi tudo por acaso, assim como com Ingrid Monnerat. Um belo dia, Arethusa resolveu entrar numa academia e pronto. Fez judô. ''Sempre gostei de esportes radicais.'' Agora, de gostar a se tornar campeã... ''Só com muito treino. Um treinamento forte de musculação e de judô'', explica. A moça treina cinco horas por dia em uma academia de Taguatinga. Considera o judô como sua profissão e pretende viver do esporte no futuro. Apesar da dedicação, Arethusa ainda é daquelas que pagam para lutar. Não tem patrocínio de ninguém, a não ser da família. Agora, vai ver se conquista o direito a uma Bolsa Atleta, da Secretaria de Esportes e Lazer. Sulce Piña Judô e maternidade São 16 anos de judô. A dominicana Dulce Piña, hoje com 35 anos, começou a lutar influenciada por uma amiga. Em Brasília, no fim de semana, foi campeã na categoria meio-pesado. Natural de San Juan de la Maguana, a quarta maior cidade da República Dominicana, Dulce participou de vários pan-americanos, conquistando medalhas de prata e de bronze. Também marcou presença nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, quando ficou em nono lugar em sua categoria. Com 78kg, ela é professora de Educação Física em sua terra natal. E consegue conciliar o emprego com a carreira esportiva e a maternidade. Dulce é mãe de três meninas. A mais velha tem 12 anos, a do meio, 10, e a caçula é um bebê de 11 meses. ''A menor ficou com a avó, para que eu pudesse vir a Brasília. As mais velhas já praticam o judô'', diz a mãe coruja, que se prepara para os Jogos Pan-Americanos de 2003, em seu país. Ingrid Monnerat De Brasília para o Rio O judô surgiu por acaso na vida da brasiliense Ingrid Monnerat, 17 anos, vice-campeã na categoria júnior meio-médio na Copa Brasília. Em 1996, ela decidiu praticar algum esporte e optou pelo judô. Mas o que era para ser apenas hobby virou sua principal atividade e a menina passou a treinar quatro horas por dia em uma academia do Núcleo Bandeirante. Tanta dedicação rendeu alguns títulos: é tetracampeã da Copa Brasília de Judô e do Campeonato Brasiliense e vice-campeã da Copa Rio. No fim do ano passado, tudo mudou para a ex-moradora de Taguatinga. A menina morena, de 1,70m e 63kg, terminou o ensino médio, passou no vestibular, foi classificada para integrar a Seleção Brasileira e foi embora para o Rio de Janeiro. ''Em Brasília, eu não tinha patrocínio. Então, a Universidade Gama Filho, no Rio, me fez uma proposta. Eles me davam a bolsa para eu estudar Fisioterapia e eu integrava a equipe deles'', explica. A rotina longe de casa não é moleza. Ingrid estuda de manhã, cuida do corpo à tarde e treina à noite. Quando se formar, pretende trabalhar com fisioterapia esportiva. Também pensa em fazer Educação Física e, claro, ficar na Seleção Brasileira.
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