Ministério do Esporte Após depressão, Freeman pensa em 2004
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Após depressão, Freeman pensa em 2004

Medalha de ouro em Sydney-2000, aborígene volta às pistas depois de 18 meses e fala em correr mais 10 anos TATIANA CUNHA DA REPORTAGEM LOCAL Um ano e meio depois de ter se tornado uma das estrelas australianas na Olimpíada de Sydney, em 2000, Cathy Freeman, 29, ensaia seu retorno às pistas. A velocista, que acendeu a tocha na abertura dos Jogos, conquistou o ouro nos 400 m e se tornou uma das principais representantes do povo aborígene, entrou em depressão após a Olimpíada. Engordou 10 kg, pensou em se aposentar e em mudar de país. No mês passado, participou de sua primeira competição oficial. De Melbourne, onde mora, a atleta falou à Folha por telefone sobre seu retorno às pistas, seus planos e seu amor pelo atletismo. Folha - O que fez você parar no auge de sua carreira? Cathy Freeman - Fiquei longe das pistas porque eu precisava me afastar da Cathy Freeman atleta e redescobrir um outro lado da minha personalidade. Eu estava cansada e só queria era descansar. Folha - O que você sentiu na sua volta às pistas? Freeman - Fiquei muito feliz porque só percebi o quanto eu amava correr quando voltei. Acho que essa foi a melhor descoberta que fiz, perceber o quanto eu amo aquilo que eu faço. Folha - Você ficou nervosa? Freeman - Fiquei muito nervosa! Minha volta foi pior que a minha primeira vez [risos]. Eu não tinha certeza do que estava fazendo. Folha - É verdade que você engordou enquanto ficou parada? Freeman - [Risos" Ganhei 10 kg. Eu gosto muito de comer e comi bastante. Adoro peixes e o pudim de pão e manteiga [sobremesa típica da Austrália" da minha mãe. Folha - Você sentiu muita diferença no seu corpo na sua volta? Freeman - Eu estava muito pesada e lenta quando voltei. Treinei bastante e voltei a comer corretamente para voltar à minha forma. Folha - Em algum momento você pensou em não competir mais? Freeman - Durante o tempo em que fiquei parada, eu cheguei a pensar em parar, em me aposentar. Eu pensei em muitas coisas, como em ter um filho ou mudar para outro país. Como meu marido é americano cheguei a pensar em ir para os Estados Unidos. Folha - E o que fez você voltar? Freeman - O que me motiva é o amor que tenho por correr, isso me faz feliz. Fico muito, muito contente quando estou correndo. Sinto-me forte e saudável. Folha - Qual é seu sonho agora que você já tem um ouro olímpico? Freeman - Quero ir para Atenas em 2004. Esse é um plano de quatro anos que eu tenho. Sendo realista, acho que ainda posso correr bem pelos próximos dez anos. Folha - Como você começou? Freeman - Comecei a correr porque meu professor da primeira série mandou [risos]. Percebi o quanto gostava e não parei mais. Folha - Nos Jogos de Sydney se falou muito dos aborígenes, e você foi uma porta-voz do seu povo. Alguma coisa mudou desde então? Freeman - As pessoas estão mais conscientes com a causa aborígene agora. Acho que a diferença entre as culturas diminuiu, e nós somos mais bem aceitos. Acho que não somos mais estereotipados. As coisas estão melhores, e eu tenho muita esperança no futuro, mesmo sabendo que ainda temos um longo caminho a percorrer. Folha - O que você gosta de fazer quando não está competindo? Freeman - Gosto de ficar com meus amigos, minha família. Adoro deitar no chão com os meus gatos, Billy e Jazz, ouvir música. Também gosto de andar, dirigir, ir à praia, fazer compras, depende do dia. Gosto de estar ao ar livre. Há pouco tempo, eu e meu marido compramos dois cavalos. Folha - Você tem uma fundação... Freeman - Estou começando minha fundação. É uma oportunidade para ajudar as crianças, agora e pelo resto da minha vida. Folha - O que você diria para as crianças que estão começando? Freeman - Que o mais importante na vida é se divertir sempre, nunca desistir e que ganhar não é tudo, o importante é tentar. Recuperada de lesão, velocista volta a treinar DA REPORTAGEM LOCAL Um estiramento muscular na coxa direita acabou atrapalhando, no início deste mês, os planos de Cathy Freeman. A velocista sentiu a contusão durante a disputa do Campeonato Nacional da Austrália, que foi disputado em Brisbane. "Fiquei muito triste porque tive que interromper meu retorno", declarou a atleta. Para não perder a forma, Freeman vem fazendo treinos diários na piscina para não forçar demais seus músculos. "Estou trabalhando duro mesmo treinando fora das pistas. Estou muito otimista com o meu futuro", disse. "Segunda-feira [amanhã] já devo retomar os treinos normais, em dois períodos. Vou treinar com pesos, subidas e voltar a correr na pista", completou a atleta, que aproveitou para reclamar da quantidade de treinos. "Treino sete dias por semana, sem folgas. Consigo, às vezes, tirar uma semana a cada três ou quatro meses", afirmou. Nesta semana, Freeman foi confirmada como integrante da equipe australiana de revezamento 4 x 400 m nos Jogos da Comunidade Britânica, que acontecem em Manchester, na Inglaterra, no mês de julho. "Gostaria muito de correr os 200 m e 400 m nos Jogos, mas isso vai depender de como meu corpo vai estar até lá. Meu corpo fica muito temperamental quando corro os 200 m", disse. Neste ano, na única prova que disputou -os 400 m no Campeonato Australiano em Perth-, Freeman venceu com o tempo de 52s59, a 18ª melhor marca do ano. Foi sua primeira competição depois dos Jogos Olímpicos de Sydney. Seu próximo torneio internacional será o Prefontaine Classic, dia 26 de maio, nos EUA. "Essa competição vai ser muito importante para mim." (TC)
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