Ministério do Esporte Grandes redes internacionais mudam o perfil da hotelaria
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Grandes redes internacionais mudam o perfil da hotelaria

A hotelaria de Brasília começou com 120 apartamentos, nos idos de 1958, com o imponente Brasília Palace, que pegou fogo 20 anos depois. Hoje, a realidade é outra. A previsão é de que, este ano, o mercado hoteleiro feche com 7.533 apartamentos, segundo a Associação Brasileira de Hotéis (ABIH). A diferença entre 2002 e 1958 está no tipo de negócio, que evoluiu das empresas familiares, ou regionais, para às administradas por redes internacionais, que aportaram na cidade no final de 2000. Para o presidente do Brasília Convention and Visitors Bureau, Elydio Santoro, a cidade ganhou atrativos que permitiram esse crescimento. Nos nove anos em que vive aqui, Santoro diz ter percebido essa mudança. 'Brasília passou a ter a terceira gastronomia do País, ganhou shoppings e mais cinemas, além de ter modernizado seu aeroporto. Mas ainda falta lazer para segurar o turista no fim de semana', afirma. O diretor de Desenvolvimento da Atlantica Hotels, Cyro Fidalgo, acredita que o aumento da oferta é uma resposta do mercado imobiliário, já que a maioria dos novos empreendimentos surge por meio do sistema de pool, em que investidores compram unidades e as colocam nas mãos de uma administradora, geralmente uma grande cadeia internacional. 'Esses apart-hotéis dão retorno melhor do que um imóvel comum, o que atrai investidores', explica. Mas ele separa a demanda imobiliária da demanda por hospedagem. 'Brasília não tem demanda hoteleira, mas esse é um problema para segmento hoteleiro e não para quem constrói o edifício.' Ocupação A cidade tem 100% de ocupação durante de terça a quinta, quando fica lotada de executivos em busca de negócios e contatos com o poder. 'Brasília tem uma privilegiada posição geográfica e centraliza sede dos três poderes, o que é uma vantagem para quem realiza um evento', conta o diretor da Paulo Octavio, Marcelo Carvalho. 'Aqui é possível convidar um ministro ou senador para dar uma palestra em um evento, isso é muito viável', explica Santoro. Mas, entre sexta e domingo, quando os políticos voltam para casa, a taxa de ocupação míngua para a casa dos 30%. Resolver este problema depende não só do setor, mas do governo e, nesse sentido, a reclamação é geral. 'Vem sendo feito muito pouco em Brasília para resolver este problema', afirma Fidalgo. Para os dirigentes do setor, é preciso incentivar as potencialidades da cidade, como o turismo cívico e de negócios. 'Na Espanha faz-se isso muito bem e por isso é o segundo destino do mundo. O governo não está sensível aos benefícios que a atividade turística pode gerar', acredita Fidalgo. 'Falta um Centro de Convenções à altura de Brasília', afirma Santoro. O governo do DF lançou, em janeiro, licitação para a reforma e ampliação do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A obra custará cerca de R$ 40 milhões e está a cargo da construtora OAS. A área construída passará dos atuais 12 mil metros quadrados para 47,5 mil metros quadrados, com capacidade para 7,2 mil lugares, em vez dos 1,7 mil atuais. Apesar de ter um prazo de 440 dias para ser concluída, o governo pretende inaugurá-la ainda este ano. Apesar da reforma, alguns eventos continuam ocorrendo no local. Além de um renovado centro de convenções, o turismo cívico seria a solução para ocupar a rede hoteleira no fim de semana. É consenso que Brasília precisa despertar o interesse da população para a necessidade de se conhecer a capital, como acontece nos outros países. 'Aqui, a cidade, com 42 anos, tem um desenvolvimento econômico paralelo à Esplanada dos Ministérios', afirma Carvalho. Segundo ele, escolas e a população em geral deveriam vir para desenvolver e conhecer monumentos como o Catetinho e também os museus. Para Carvalho, é fundamental uma parceria entre governo e empresários. 'Se não houver sinergia entre governo e o setor, não haverá resultados'. Como estratégia pra atrair visitantes, o Convention busca fazer eventos no fim de semana. Além disso, em parceria com o Sebrae, a instituição tem em vista em plano de ação para divulgar a imagem de Brasília em outras cidades. 'O resto do País ainda tem visão antiga, ligada à falta do que fazer, à falta de esquina onde as pessoas se encontram, e à corrupção', explica Santoro. O objetivo é fazer uma grande campanha de médio e longo prazo, que ainda depende muito de verbas para se concretizar.
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