Ministério do Esporte CBF lança toma-lá-dá-cá para reassumir calendário
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CBF lança toma-lá-dá-cá para reassumir calendário

Entidade já tem resolução que impede clubes de organizar o Brasileiro JOSÉ ALBERTO BOMBIG DO PAINEL FC A CBF decidiu que não irá aceitar a organização do Campeonato Brasileiro pela Liga Nacional de Clubes e vai jogar pesado para manter seu poder sobre a principal competição do país. A entidade já tem pronta a RDI (resolução de diretoria) que reconhece a Liga, mas tira os poderes dos clubes para comandar o torneio. Quem não cumprir sua determinação estará proibido de disputar competições internacionais, como a Taça Libertadores e o Mundial de Clubes da Fifa. Só as competições e os clubes que têm a chancela da CBF são reconhecidos pela Fifa. A RDI ainda poderá sofrer nova e mais radical alteração, segundo a qual o registro da Liga não seria aceito pela confederação. A TV Globo, maior investidora e apoiadora da Liga Nacional, também está em situação delicada em relação à CBF, já que a emissora negocia com a entidade uma redução nos valores de seus contratos para a transmissão de partidas da seleção brasileira. Em meio às conversações, a entidade tem deixado claro que espera o apoio da Globo, pois uma rescisão unilateral dos contratos implicaria em uma multa alta. Para a diretoria da CBF, no caso dos clubes, a questão é simples: se os integrantes do Clube dos 13 fecharem com a Liga Nacional, a entidade poderá indicar os quatro grandes do Rio -Vasco, Flamengo, Botafogo e Fluminense- para a Libertadores do ano que vem. Os times cariocas romperam com a Liga Nacional e com o Clube dos 13 na última segunda-feira. No ano passado, em Brasília, CBF, clubes e federações acertaram que o Brasileiro, a partir deste ano, passaria a ser comandado pelos clubes. A decisão teve amplo apoio da CPI do Futebol, que funcionou no Senado. A ofensiva da CBF, apoiada pelas federações, também abrangerá a elaboração de um novo calendário para o ano que vem, com o fortalecimento dos Estaduais (veja quadro nesta página). O modelo em vigor, chamado de quadrienal, praticamente pôs fim a esses torneios, o que desagradou às federações, principais sustentáculos de Ricardo Teixeira. "A CBF está a serviço das federações. Se nós tivermos colhões, faremos um campeonato nosso, mesmo que ele não leve ninguém para a Taça Libertadores. Será o preço", afirmou o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. Ele, porém, diz que a melhor saída para a crise, que remete ao ano de 1989, quando os clubes romperam com a CBF e organizaram a Copa União, é o diálogo. A radicalização da CBF também afeta o Corinthians, que já teria vaga assegurada no Mundial de Clubes da Fifa, em 2005. O clube paulistano, segundo o entendimento da CBF, só poderá disputar o torneio se estiver fora da Liga Nacional neste ano. O direito do Corinthians de disputar o segundo Mundial de Clubes decorre do fato de o time ser o atual campeão da competição. A CBF afirma que Joseph Blatter, presidente da Fifa, já comunicou informalmente a Ricardo Teixeira, presidente da entidade que comanda o futebol brasileiro, a vaga do Corinthians na próxima edição do Mundial de Clubes. A RDI que está nas mãos de Marco Antônio Teixeira, secretário-geral da CBF, estabelece como primeira regra para o funcionamento da Liga o reconhecimento formal da entidade como único e exclusivo órgão responsável pela organização e promoção do Campeonato Nacional. A CBF também manterá sob seu controle todas as séries e divisões e os conselhos técnicos e arbitrais da competição. Dessa forma, esvazia o poder da Liga Nacional, criada com base na Lei Pelé. Na prática, significaria que a associação de times continuaria a ter controle apenas sobre seus direitos comerciais, como já ocorre com o Clube dos 13. Mas a RDI poderá ser mais radical, deixando a Liga Nacional na clandestinidade perante a Fifa. Com Ricardo Teixeira envolvido pelos compromissos da seleção brasileira e da Fifa, na qual ocupa cargo no Comitê Executivo, é Marco Antônio Teixeira quem irá analisar a RDI. Outro ponto importante é que os contratos da Globo com os clubes e com a CBF para a transmissão do Nacional dizem que ela tem direito sobre o Campeonato Brasileiro da primeira divisão. Assim, se dois campeonatos forem realizados no segundo semestre, a CBF diz que fará valer seu direito de ver o que leva sua chancela, com o nome de Brasileiro, transmitido pela emissora. Pêndulo O fiel da balança na queda-de-braço entre os clubes e a confederação deverá ser o futebol paulista. Por isso, o recado da entidade ao Corinthians pode definir a disputa. São Paulo e Palmeiras devem seguir o caminho tomado pelo time do Parque São Jorge. "A CBF e a Fifa não estão em condições de ameaçar ninguém. Esse tipo de coisa é irrelevante para os clubes. Em hipótese nenhuma nós vamos perder o dinheiro da televisão, mas acho que o melhor caminho é a negociação", disse Antonio Roque Citadini, vice de futebol do Corinthians. O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Perondi, defende o modelo da CBF. "Do jeito que está não pode ficar. Os Estaduais são a base de tudo." "Só vou tomar posição oficial após a próxima reunião do Clube dos 13, mas acho que essas brigas atrapalham demais o futebol brasileiro. Por isso, proponho um acordo entre os clubes, a CBF e as federações", disse o recém-empossado presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa. Colaboraram Eduardo Arruda e Ricardo Perrone, da Reportagem Local Clubes dizem não abrir mão de campeonato DA REPORTAGEM LOCAL Os principais clubes brasileiros insistem: a organização e a promoção do Campeonato Nacional devem ficar com a Liga, não com a Confederação Brasileira. Apesar da saída dos quatro grandes do Rio do Clube dos 13, entidade que agora reúne 16 dos maiores times do país, o presidente Fábio Koff não acredita que a CBF tenha força para organizar o Brasileiro sem os principais representantes do futebol paulista, mineiro e gaúcho. Por intermédio da assessoria de imprensa do C13, o dirigente não quis comentar a RDI (resolução de diretoria) da CBF, que obriga a Liga Nacional a reconhecê-la, formalmente, como única e exclusiva entidade responsável pela organização e promoção do Brasileiro. O C13 lembrou apenas que já houve duas Assembléias Gerais dos clubes da primeira e da segunda divisão do Campeonato Brasileiro e em ambas ficou definido que será a Liga -e não a CBF- que organizará o torneio a partir desta temporada. Para a cúpula da entidade, o fato de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco só aceitarem disputar o Brasileiro se a competição ficar nas mãos da CBF deve ser minimizado. Ela diz que pelo menos dois dos quatro -Botafogo e Fluminense- já estariam repensando a decisão de romper com o C13 e a Liga Nacional. Celso Rodrigues, advogado da associação, foi mais longe. Para ele, o fato de a CBF estar preparando a RDI pode ser vista como uma vitória da Liga. ""É um sinal de que eles estão dispostos a reconhecer o direito de fundação [da Liga" como entidade com organização e funcionários autônomos." Segundo ele, a Constituição e a lei 9615/98, a Lei Pelé, dão aos clubes o direito de a formarem. ""Já protocolei três vezes o registro de criação da Liga, mas até agora, pelo menos oficialmente, a CBF preferiu o silêncio. Se vão fazer uma RDI para reconhecê-la, fica claro que eles estão aceitando um direito garantido por lei." Para o advogado, a hipótese de a confederação enfrentar a Liga e impedir que seus participantes disputem a Libertadores e até o Mundial de Clubes da Fifa nã
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