De mãos dadas pelo turismo

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Publicado em Sábado, 27 Abril 2002 10:17

Rentável e altamente recompensante como desencadeador de um sem-número de atividades afins, o turismo tem propiciado a países que o exploram racionalmente uma usina geradora de recursos, confirmando a expressão que o batiza de "indústria sem chaminés". Só para citar exemplos mais fortes, basta lembrar que na Espanha e na França ele está entre as maiores fontes de arrecadação, embora outros países do mundo venham procurando aproveitar ao máximo o filão. No Brasil, que por muito tempo relegou a atividade turística a segundo plano, a perda de espaço passou a ser recompensada nos últimos anos, graças à consolidação da Embratur e de órgãos oficiais de turismo nos Estados que, a exemplo da Bahiatursa, vêm vendendo seus produtos. Com a vantagem de poder aliar o turismo de lazer ao turismo cultural, a Bahia reúne plenas condições de alavancá-lo ainda mais, explorando ao máximo suas potencialidades. Sua extensão de costa, que oferece praias para todos os gostos, constituindo-se em atração permanente tanto para quem privilegia ondas fortes ideais para o surf como para os que preferem banhos de mar em verdadeiras piscinas naturais e mornas, além de passeios ecológicos, é um presente da natureza. O turismo náutico, que agora também começa a se fortalecer com a "redescoberta" desta vocação que está intimamente ligada à Baía de Todos os Santos, chega para ficar e crescer. No setor hoteleiro, grandes grupos internacionais se instalam no Estado, hotéis como o antigo Meridien e a Pousada do Carmo voltam totalmente modernizados, o litoral norte surge como point nacional e cadeias que operam em várias partes do mundo já despertam para aqui se estabelecerem. Não o fariam, certamente, se não acreditassem no potencial que a Bahia possui. Agora, para consolidar definitivamente esta potencialidade, ações de marketing deverão ser desenvolvidas conjuntamente entre o poder público e o setor privado ligado ao turismo, numa saudável aliança que poderá render excelentes frutos. Cuidando da infra-estrutura turística e, conjuntamente com o empresariado que opera o segmento, vendendo o produto turístico baiano no mundo, o Estado se credenciará a obter ainda melhores resultados. Os atuais 6% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, proporcionados pelo turismo baiano, têm reais perspectivas de crescimento, tanto mais quando uma união de propósitos identifica ações do poder público e da iniciativa privada.
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