Ministério do Esporte Taís, de menina emburrada a grande campeã
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Taís, de menina emburrada a grande campeã

Criança, acompanhava o irmão nos treinos a contragosto; hoje, é a melhor da Améria do Sul JOSÉ ANTÔNIO RODRIGUES Toda vez que He-Man desembainhava a espada e gritava "pelos poderes de grayskull, eu tenho a força'', André, aos oito anos, enlouquecia. Pulava pela casa, gritava, lutava contra os inimigos do seu ídolo na TV. Ao lado, Taís, menor (seis anos), ouvia o estardalhaço do irmão, mas queria ver desenhos mais amenos, coisas de menina. O interesse de André era tamanho que a mãe, Edileusa, acabou por matricular o menino nas aulas de esgrima do Clube Banespa. Para não ficar sozinha em casa, Taís ia junto. Emburrada, mas ia. Com o tempo, André cresceu e deixou de lado a adoração pela esgrima e por He-Man. Taís não. Envolvida pelo ambiente, ela acabou herdando do irmão o gosto pelo esporte, passou a ocupar seu lugar na sala de esgrima do Banespa e hoje, aos 18 anos, Taís Rochel é campeã sul-americana de florete na categoria adulto. A luta com florete exige extrema objetividade e agilidade, porque ganha quem tocar mais vezes o corpo do adversário na área permitida, o tronco. Além do florete, as outras armas da esgrima são a espada e o sabre. Taís treina quatro horas por dia - preparação física, musculatura e treino do jogo - e já viajou boa parte do mundo defendendo o Brasil. Seu sonho, claro, é ir à próxima Olimpíada. E, como todos os atletas amadores, luta por patrocínio que cubra os seus gastos com os estudos. Antes de fazer 15 anos, já ocupava o segundo lugar no ranking brasileiro. Essa dedicação a levou a disputas em países como Rússia, Estados Unidos, México, Paraguai, Bolívia. Taís conta que "as disputas internacionais são fundamentais para o desenvolvimento do atleta brasileiro nesse esporte'', porque europeus e asiáticos são os grandes destaques na esgrima, principalmente os chineses, que qualifica como "superbons''. A certeza de que esse é um esporte que não provê grandes recursos levou-a a destinar boa parte do dia aos estudos preparatórios para defender uma vaga em cursos de Direito este ano. Vai à escola à tarde e treina à noite. Taís tinha 9 anos quando começou sua trajetória na esgrima. Em 1995, com pouco tempo de militância, tornou-se campeã brasileira infantil. Lutou pelo Banespa enquanto pôde, mas teve de deixar o clube por falta de apoio. Teve rápida passagem pelo Círculo Militar, encontrou ambiente favorável no Pinheiros e evoluiu. Encontrou uma sala de esgrima dirigida por uma ex-atleta, Márcia Sílvia Leonelli - ex-campeã sul-americana - e um técnico de experiência internacional, o russo Miakotnykh Guenarddi. Títulos - Sua coleção de títulos inclui dois campeonatos infantis, campeonatos brasileiro e sul-americano pré-cadete (na Bolívia), campeã brasileira cadete, campeã brasileira juvenil, convocação para o mundial juvenil e cadete, em Indiana, nos EUA - quando ocupou o 35.º lugar entre 64 atletas de todo o mundo - vice-campeã no Campeonato Pan-Americano por equipe, no México, americano individual de esgrima, na Bolívia, e atual campeã sul-americana de adulto. Em 2001, mesmo com a morte da mãe, sua grande incentivadora, Taís foi vice-campeã no Brasileiro Juvenil, em Porto Alegre, e vice-campeã no Pan-Americano Individual Juvenil, na Bolívia. No final do ano, sagrou-se campeã sul-americana individual, adulto. As histórias de disputas são cheias de emoção, como o jogo com a adversária francesa de quem perdeu duas vezes no mundial dos EUA: "Dessa eu apanhei mesmo.'' Essas derrotas só valorizaram a vitória de Taís que, depois, acabou desclassificando a atleta que foi campeã no México. Em tempo: André, o irmão de Taís, deixou a esgrima, e hoje troca empurrões e bofetadas nos campos de rúgbi.
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