Ministério do Esporte Jogos para gente especial
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Jogos para gente especial

Portadores de deficiências competem em Goiânia no fim de semana visando à vaga no torneio nacional, que será disputado em São Paulo. Jânio José da Silva Sílvio Augusto Cândido, de 34 anos, o Pilão, era figurinha carimbada nos campos de futebol e quadras quando residiu em Goiandira (GO). Depois, a família se mudou para Goiânia e ele não deixou a seara do esporte. É muito querido no Vila Nova, seu time preferido. Durante a semana, o filho de Dona Genesi, hoje conhecido como Silvinho, sai do Conjunto Cruzeiro do Sul, toma dois ônibus e vai freqüentar as aulas na Escola Peter Pan. À tarde, se dirige ao Centro Olímpico, na Avenida Paranaíba, para as atividades do Programa Especial dirigido aos portadores de deficiências mental, física, visual e auditiva. No campo Silvinho é um atacante que só joga na banheira como se diz na gíria futebolística. Também pratica natação no Parque Aquático. Portador de deficiência mental, ele é uma pessoa dócil, carinhosa e brincalhona que está sempre de bem com a vida. Silvinho é um dos atletas que deve disputar em Goiânia, de sexta-feira a domingo, os Jogos Estaduais Especiais, competição seletiva para os 3º Jogos Nacionais das Olimpíadas Especiais, previstos para a segunda quinzena de julho em Sorocaba e Votorantim (SP). Os selecionados neste torneio disputam, de 20 a 29 de junho de 2003, os Jogos Mundiais de Verão das Olímpiadas 2003, em Dublin, capital da Irlanda. Alessandro, de 30 anos, é colega de Silvinho no Centro Olímpico. Há nove anos nas escolinhas do Departamento de Programas Especiais do Conselho Estadual de Desporto e Lazer (Cedel), ele mora no Setor Rodoviário e não perde as aulas às segundas, quartas e sextas-feiras. "Gosto de futebol. Torço para o Goiás há cinco anos", diz orgulhoso, vestindo a camisa 7 alviverde. Apesar das mudanças recentes no elenco do Goiás, ele não se esquece do antigo dono da camisa. "A 7 é do Dill." Os dois fazem parte de um grupo de aproximadamente 340 atletas que podem competir nos Jogos Estaduais - serão selecionados, por sorteio, 40 competidores para os Jogos Nacionais. Ansiosos, aguardam o início da competição, sexta-feira. Como Goiás está iniciando o processo de participação em jogos, o regulamento restringe a três o número de modalidades esportivas em disputa. As escolhidas foram: futebol, natação e atletismo. Outros estados que já iniciaram o projeto podem ter até 12 modalidades. Namoro Assim como Alessandro e Silvinho, outros freqüentam a escolinha do Centro Olímpico há bastante tempo. Além da amizade, costuma ocorrer algum envolvimento emotivo mais sério, como o de Adevaldo Reis, 22 anos, morador no Jardim Dom Fernando, com a garota Cejane, 20 anos, residente no Jardim Marilizia. Os dois se conheceram, iniciararam o namoro e, da relação, nasceu a pequena Bianca, de pouco mais de um mês de idade. "Gosto daqui (escolinha), da minha namorada e da minha filha", diz Adevaldo. Esporte reforça convívio social O esporte é uma forma de integração de pessoas portadoras de deficiências, sejam elas mental, física, visual ou auditiva. Nas dependências do Centro Olímpico - localizado na Avenida Panaíba, no Centro de Goiânia - elas praticam esporte junto às demais crianças. "Há um convívio ótimo com as outros garotos, pois estes têm mais facilidade em se relacionar com os portadores", explica Paulo Duarte de Castro, coordenador de Programas Especiais do Conselho Estadual de Desporto e Lazer (Cedel) e há 15 trabalhando na área. "Essa convivência melhora o relacionamento interpessoal, tanto na família como na sociedade", destaca Paulo Duarte. O coordenador, um dos organizadores dos Jogos Especiais, ressalta que a intenção do projeto é propiciar atividades físicas, competitivas e lúdicas aos deficientes. "Temos poucas desistências na escolinha. Eles são pontuais e valorizam as mínimas coisas. Pode estar chovendo forte, mas eles não deixam de vir às aulas. Sempre com o mesmo entusiasmo contagiante." Em equipe O coordenador de Programas Especiais lembra também que não há individualismo na turma. Certa vez, ele acompanhou e orientou quatro portadores de deficiência numa descida de canoa no Rio Araguaia. "Foi um sucesso total. Eles ficaram entusiasmados e procuravam não errar. Prevaleceu o espírito de equipe." Um fato interessante constatado nas atividades é o respeito entre aqueles que disputam alguma modalidade. Diferente de outros esportes coletivos, no qual algumas vezes os atletas brigam entre si no campo, os deficientes nutrem o respeito um pelo outro. Durante o tempo que a reportagem esteve no campo de futebol soçaite do Centro Olímpico foram vistas várias entradas duras dos jogadores, mas nenhuma confusão foi registrada entre os participantes.
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