Ministério do Esporte Volta ao mundo em 42 quilômetros a pé
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Volta ao mundo em 42 quilômetros a pé

Minha maratona Provas de corridas associadas a lugares exóticos e históricos viram uma febre em todo o planeta. Por Chico Barbosa, De São Paulo Uma modalidade de turismo-esportivo, ou esporte-turístico, está cada vez mais em voga no mundo. Como o próprio nome sugere, ela consiste em conciliar uma atividade esportiva com passeios em lugares históricos, exóticos e poucos explorados, de uma maneira muito particular: usando as pernas. Correndo na Muralha da China, entre as Pirâmides do Egito, na Antártida, nas areias do Saara, nos vinhedos da França, nas savanas africanas, em lugares onde um carro jamais conseguiu passar. E não é correndo alguns metros e descansando para um refresco. Quer dizer, algumas "competições" até são assim, mas são exceções. A distância percorrida na maioria delas não costuma ser inferior a 42 km, extensão de uma maratona tradicional, e pode chegar até a 100 km. Ou seja, o sujeito fica horas e horas ali, sob sol e chuva, sem ao menos pode clicar uma fotografia. "É um misto de culto à saúde com valorização da natureza e da história", teoriza a agente de turismo Elisabet Blanco, da Kamel Turismo, na tentativa de explicar o crescimento do interesse dos seus clientes por esse tipo de viagem. Segundo ela, provas associadas a circuitos exóticos costumam chamar a atenção das pessoas, interessadas em saber como funcionam, por pura curiosidade. A partir do último ano, entretanto, ela afirma perceber que o atletas-turistas vem tentando viabilizar a viagem. "O problema maior é o preço. Essas provas são caras em comparação com outras maratonas no mundo", avalia a agente de turismo. Uma das mais procuradas atualmente é a inusitada Maratona da Antártica, que em março terá a sua 5ª edição. Para ver os icebergs e os pinguins de perto, cada participante vai ter de desembolsar a "bagatela" de US$ 4.490 (cerca de R$ 10,7 mil). O preço é considerado alto por boa parte dos interessados. Mas isso não chega a intimidar os mais determinados. É o caso do diretor-financeiro da Harts Moutain, João Gonçalvez, um português que mora há dez anos em Porto Alegre. Em 2003, ele planeja embarcar no navio com destino ao continente branco. "É o tipo de prova que me encanta e que venho tentando fazer em todo o mundo", afirma Gonçalves, que participa de pelo menos três provas com esse perfil por ano. Aliás, o currículo esportivo-turístico do executivo é de fazer inveja a quem aprecia aventuras. Ele já participou de provas nos lugares mais curiosos do planeta, como a Maratona dos Dois Oceanos e Comrades, na África do Sul. Uma das mais marcantes, na sua opinião, foi a do Sol da Meia-Noite, na Noruega, que este ano é em 15 de junho. "É fascinante. É o lugar mais ao norte do planeta, diferente de tudo que eu já vi", conta Gonçalves. É, mas, pelo jeito, ele ainda quer ver mais. Seu projeto pessoal é correr uma prova em cada um dos sete continentes. No roteiro, estão ainda Istambul, na Turquia, e Atenas, na Grécia, o berço da maratona. A agente da Kamel conta que uma das sensações tem sido a como ficou conhecida Maratona do Vinho, ou, oficialmente, Maratona du Medoc, claro, na França, que este ano ocorre em 7 de setembro. Nela, os participantes estão mais a fim de diversão do que de suar. Para começar, tem premiação para quem estiver com a melhor fantasia, incentivando mais da metade dos corredores a exibirem indumentária para lá de divertida. E, o mais surpreendente, durante o percurso, em vez da distribuição de água e isotônicos para repor as energias, o atleta degusta vinhos e ostras. "É hilário", resume a professora Lucy Kanaya, que acompanhou o marido numa prova dessas no ano passado e voltou no ano seguinte com um grupo de alunos. Para quem não via graça nenhuma nesses eventos esportivos, está aí um pretexto para mudar de idéia. Nenhuma das provas, porém, parece ser mais turística, exótica e histórica ao mesmo tempo do que os 100 km da Corrida Faraônica, que ocorre em 1º de novembro, entre as cidades de Sakkara e Fayum, no Egito. O percurso percorre as principais construção da Antiguidade, como as pirâmides do país. Entre elas, a do Rei Snefru e a de Hawara. Quem for atrás de suor e conhecimento não vai se decepcionar.
{audio}{/audio}

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla