Ministério do Esporte O judoca brasileiro, prata olímpica dos leves em Sydney/2000, teve de se submeter a cirurgias.
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O judoca brasileiro, prata olímpica dos leves em Sydney/2000, teve de se submeter a cirurgias.

Mesas de operação, meses de recuperação, ausência nas principais competições, paciência na volta aos treinamentos. O longo caminho que Gustavo Kuerten vai começar a percorrer nas próximas semanas será encerrado amanhã pelo judoca Tiago Camilo, medalha de prata dos leves na Olimpíada de Sydney/2000. Depois de praticamente um ano e meio sem entrar em tatames, o atleta participará no Poliesportivo do Ibirapuera da seletiva brasileira para os Jogos Sul-Americanos, que serão realizados em abril, em Bogotá, na Colômbia. Logo depois de ter conquistado a prata olímpica em Sydney com apenas 18 anos, Tiago precisou passar por operação no joelho esquerdo para acabar com uma bursite (inflamação logo abaixo da pele, que não atinge ligamentos ou meniscos). Um mês depois, sofria com uma infecção. Teve de passar por outra operação e mais meses de tratamento, remédios e injeções. O longo período de recuperação fez com que perdesse a chance de disputar o Mundial na Alemanha, no ano passado. Quando começava a voltar às competições, nos Jogos Abertos do Interior, teve um problema no cotovelo e precisou parar novamente. "No meu caso, não fiquei ansioso para voltar. Tenho um planejamento de longo prazo, pensando na Olimpíada de Atenas/2004. Não dá para querer adiantar a natureza. É preciso ter paciência e voltar a treinar na hora certa", observa o judoca. Tiago diz que compreende a situação de Guga, que relutou em passar por uma cirurgia desde que sentiu os primeiros sintomas da contusão, no fim do ano passado. "O problema do atleta é que você sempre quer continuar treinando e tentando resolver tudo com a fisioterapia. O melhor é pedir a opinião de vários médicos. Se o Guga tivesse feito a operação antes, a recuperação seria mais rápida. Agora, como a contusão é antiga, a recuperação irá demorar um pouco mais." A volta de Tiago ocorre em um ano marcado por poucas competições internacionais importantes. Além do circuito europeu, que é disputado todo ano, os pontos altos do calendário de judô de 2002 serão os Jogos Sul-Americanos e as etapas da Copa do Mundo, no segundo semestre. Por isso mesmo, o judoca deverá ter uma volta com cautela. "Não tenho nenhum objetivo imediato. Meu objetivo é 2004 e fazer outras seletivas para a Copa do Mundo." Ainda em situação difícil Longe dos tatames, Tiago voltou a ser um ilustre desconhecido. Quando voltou da Olimpíada com a prata olímpica no peito, recebeu homenagens e tornou-se relativamente conhecido. "Quem me conhece mais é o pessoal do judô, ou de algum outro esporte." A medalha também não mudou muito sua situação financeira. Tiago está morando no Ibirapuera - participa do Projeto Futuro -, com outros atletas de natação e atletismo. Além disso, tem contrato com o São Caetano, que banca seus treinos. "Acho que ele tem condições de voltar muito bem. Pode ser que no começo sinta um pouco a falta de ritmo. E a categoria dele também está bem forte, com vários adversários bons. Mas ele é um atleta com potencial", diz Mário Tsutsui, coordenador da equipe de judô de São Caetano, que tem outra atleta de molho por causa de contusões: Edinanci Silva, que deve ficar mais quatro meses recuperando-se de operação no joelho feita em 2001. No caso de Tiago, o tempo conta a favor. Com menos de 20 anos (que serão completados em maio), o garoto está em idade que facilita a recuperação de contusões. É chamado de "Ian Thorpe do judô" por Aurélio Miguel, em comparação com o nadador australiano que pulverizou recordes nos últimos anos e conquistou quatro medalhas olímpicas em Sydney. As seletivas do judô começam amanhã, às 10h, no ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera. Alguns dos destaques serão os atletas que conseguiram bons resultados na etapa austríaca do circuito europeu, realizada na semana passada, como Reinaldo Vicente dos Santos, Sebastian Pereira, Mário Sabino e Tânia Ferreira, todos vice-campões na Áustria em suas categorias. A grande sensação brasileira no início da temporada é o gaúcho João Derly, que luta entre os ligeiros. Ele foi medalha de prata no Aberto de Paris, um resultado que apenas dois brasileiros tinham conseguido antes: Aurélio Miguel em 1983 e Tiago Camilo em 2000. Na semana seguinte, foi ouro na etapa austríaca do circuito europeu, realizada em Leoding. Na final, Derly derrotou por ippon o cubano Manolo Poulot, campeão mundial em 1999 e medalha de bronze olímpica em Sydney que nunca havia perdido de brasileiros.
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