Ministério do Esporte China apóia Brasília para sediar Olimpíadas de 2016
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China apóia Brasília para sediar Olimpíadas de 2016

João Pitella Junior Enviado especial a Pequim Em reunião ontem com os representantes do Comitê Olímpico de Pequim, o governador Joaquim Roriz e o deputado Paulo Octávio (PFL-DF) conseguiram promessa de apoio dos chineses ao projeto, de Brasília, de sediar as Olimpíadas de 2016. A capital chinesa, que vai receber os Jogos em 2008, recebeu dois votos decisivos do Brasil à sua candidatura e agora espera poder retribuir essa ajuda. Roriz está fazendo uma visita de uma semana à China, junto com empresários brasilienses, para falar sobre o Programa de Assentamento - que servirá de modelo para a reestruturação urbana do país asiático - e promover o intercâmbio econômico do DF com os chineses, que estão passando por um grande processo de desenvolvimento. No primeiro compromisso oficial da manhã de ontem, a comitiva conheceu as maquetes da futura Vila Olímpica de Pequim e conversou com os membros do Comitê. Roriz e Paulo Octávio lembraram, durante a audiência, que Pequim conquistou o direito de sediar as Olimpíadas por uma diferença de apenas um voto, e ganhou dois votos brasileiros. Os chineses responderam que, quando chegar o momento de escolher a sede dos Jogos de 2016, Brasília poderá contar com o apoio deles. Segundo os dirigentes chineses, "o Brasil é mais forte do que nós em muitos esportes, e por isso terá excelentes chances de receber os Jogos Olímpicos". Eles frisaram que, por enquanto, a África e a Ámerica Latina ainda não sediaram o evento nenhuma vez. E observaram que, como a data de 2016, em princípio, não está reservada para a Europa, as chances de Brasília crescem. O secretário de Fazenda, Valdivino Oliveira, que foi presidente do Atlético Goianiense, perguntou aos chineses o que achavam do futebol brasileiro. Eles responderam que o Brasil é, simplesmente, o "professor" da China nesse assunto. E disseram que não têm nenhuma esperança de vencer a seleção canarinho na primeira fase da Copa do Mundo (os dois países estão no mesmo grupo). "Nós preferimos que vocês ganhem o primeiro jogo. Se houver uma segunda partida, aí nós vamos levar a melhor", brincaram os chineses, que citaram Pelé como grande ídolo. Eles também fizeram elogios ao ex-presidente da Fifa, João Havelange, que "sempre deu muito apoio ao nosso futebol". País investiu US$ 1,6 bilhão A China fez um investimento de US$ 1,6 bilhão para sediar as Olimpíadas em Pequim. Essa quantia inclui apenas as instalações esportivas, que serão formadas por 32 novos estádios de diversas modalidades (inclusive de futebol). Outros cinco estádios ficarão em municípios vizinhos. Também serão feitas melhorias na capital, como a construção de uma linha do metrô ligando o centro da cidade à Vila Olímpica. Apesar dos grandes gastos, os chineses ainda esperam ter um lucro de US$ 15 milhões, além de estimular o turismo. Hoje, o país já recebe cerca de 2,3 milhões de visitantes estrangeiros por ano, e o turismo interno movimenta nada menos do que cem milhões de pessoas. Líder de Pequim recebe Roriz Enquanto os partidos de esquerda dividem forças em Brasília, e não resolvem se vão ficar ao lado do PT ou do PSB na sucessão, o governador Joaquim Roriz vai fazendo os seus contatos com os comunistas da China. Junto com o secretário de Obras, Tadeu Filippelli, e o deputado Paulo Octávio (PFL-DF), Roriz teve uma audiência reservada ontem com um dos principais dirigentes do Partido Comunista chinês, Jia Qinling, que revelou conhecer detalhes do Programa de Assentamentos do GDF. Autoridade máxima de Pequim, Qinling é um dos 22 membros do conselho superior do Partido (e que são, na prática, os responsáveis pelo comando de todo o país). Ele esteve recentemente em Brasília e elogiou muito o planejamento urbanístico da capital, assim como a obra do arquiteto Oscar Niemeyer. Conforme lembrou Qinling, Niemeyer foi, durante muitos anos, um ativo membro do Partido Comunista. "Deve ser muito bom trabalhar numa cidade feita por ele", afirmou. O Brasil e a China devem buscar uma aproximação maior, segundo Qinling, porque são países que enfrentam problemas semelhantes, como a busca de um uso mais racional do espaço urbano. Ele informou que, somente na cidade de Pequim, faltam moradias para um milhão de pessoas. Roriz então convidou-o para assistir, hoje, a sua palestra sobre o Programa de Assentamentos, no Instituto de Planejamento Urbano da capital chinesa. "Conseguimos acabar com as favelas que havia dentro do Plano Piloto e criamos cidades planejadas, com infra-estrutura e condições dignas de vida", disse o governador. Governador vai visitar Shangai Jia Qinling contou que já conhecia detalhes do programa habitacional do GDF. "Os nossos desafios são parecidos com os de vocês. Aqui em Pequim, a prioridade agora é reconstruir uma boa parte da cidade para modernizá-la, mas, ao mesmo tempo, preservando as características da sua história milenar", ressaltou ele. "De fato, nós temos problemas semelhantes", respondeu Roriz. "Brasília está com apenas 42 anos, mas já foi tombada como Patrimônio da Humanidade e tem, hoje, uma população muito superior à que estava prevista para o início deste século", completou o governador. No final do encontro, Qinling surpreendeu os convidados. Quando Paulo Octávio começou a contar que o PFL estava lançando uma candidata à Presidência da República, ele foi logo mostrando que tem acompanhado a política brasileira. "É a filha do Sarney", exclamou. Hoje, Roriz e sua comitiva embarcam no fim do dia para Shangai, o coração econômico da China, onde vão conhecer programas habitacionais e participar de seminários sobre planejamento urbano.
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