Ministério do Esporte COI joga a toalha na luta contra o doping
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COI joga a toalha na luta contra o doping

Presidente Jacques Rogge diz que "a guerra não pode ser ganha" e que "nunca haverá esporte totalmente limpo" DA REDAÇÃO O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, afirmou ontem, na Alemanha, que o combate ao doping é uma batalha perdida. "Nós nunca teremos o esporte totalmente limpo", admitiu Rogge, em entrevista ao diário alemão "Sueddeutsche Zeitung". Segundo ele, "a guerra contra o doping não pode ser ganha, mas a luta contra sua influência no esporte deve continuar". Destacando que o avanço tecnológico e o desenvolvimento de novas formas de controle têm contido o uso de substâncias proibidas, Rogge diz que não medirá esforços para "vencer pequenas batalhas". "Nós devemos combater a mentalidade do doping, porque sempre haverá drogas ilegais. O esporte é o reflexo da sociedade e há fraudes na sociedade." Uma das medidas já anunciadas pela Wada (Agência Mundial Antidoping), que substituiu o COI na aplicação de testes antidoping, é a abertura de sucursais na América do Norte, na Europa, na Ásia, na Oceania e na África, que viabilizarão trabalhos e diminuirão problemas com o fuso horário. Além disso, a Wada, que terá orçamento de US$ 18,5 milhões neste ano, quer instituir um código mundial único para o exame antidoping. Além do controle de substâncias ilegais, outra questão que preocupa o COI é a segurança, especialmente nos Jogos de de Salt Lake. "Os americanos fizeram tudo o que era humanamente possível. Agora é esperar", disse Rogge. Com agências internacionais Entidade admite estar perdida no uso da genética ADALBERTO LEISTER FILHO EDUARDO OHATA DA REPORTAGEM LOCAL Preocupada com a crescente ameaça do doping genético, a Wada (Agência Mundial Antidoping) convocou um encontro, que será realizado entre 17 e 20 de março de 2002, em Nova York (EUA), para produzir uma pauta sobre o tema. A entidade admite estar no ""escuro" em relação ao problema. Após os esteróides anabólicos nos anos 80 e a EPO na década de 90, especialistas apontam a chance de a manipulação genética ser usada para tornar os atletas mais ágeis, fortes ou velozes como o grande inimigo do antidoping neste milênio. "A manipulação genética será um fator nos próximos anos, temos de antecipar tópicos com os quais teremos que lidar no futuro. Essa não é uma questão limitada ao esporte, mas tem aplicações particulares esportivas", analisa Dick Pound, presidente da Wada, durante recente teleconferência da qual a Folha participou. A reunião de março, que contará com alguns dos maiores geneticistas do planeta, estava inicialmente prevista para 14 de setembro. Mas os atentados terroristas nos EUA obrigaram o adiamento do encontro. "Queremos produzir algum tipo de legislação sobre o assunto. Esperamos identificar prioridades para nossas discussões", disse Pound. Para isso, a Wada destinou, em 2001, US$ 500 mil de seu orçamento para pesquisas que visem detectar manipulações genéticas em atletas -a verba representa 10% dos gastos em estudos pela entidade. Segundo Eduardo de Rose, membro da Comissão Médica da Wada, o estudo do problema se dará em três etapas. No primeiro momento, a preocupação será com a manipulação de hormônios, que podem aumentar o rendimento de atletas. "Atualmente, podemos descobrir se o atleta utilizou hormônios sintéticos. Mas precisaremos de novas pesquisas para detectar o uso de tecnologia genética nesse setor." Em uma segunda etapa, haverá a chance de alterar a estrutura muscular da pessoa. "Será possível aumentar o número de fibras rápidas do atleta, no caso de velocistas, ou de fibras lentas, para os maratonistas." Por fim, Eduardo de Rose acredita que haverá possibilidade de clonar atletas. "Um país poderia fazer onze Pelés. Mas é lógico que esse tipo de experiência terá implicações éticas sérias no futuro." Único brasileiro no encontro da Wada, o médico crê que os novos desafios para o controle antidoping, estabelecidos pela manipulação genética, poderão ser detectados no futuro.
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