Ministério do Esporte Turismo argentino no Brasil cai 40%
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Turismo argentino no Brasil cai 40%

Buenos Aires - Quatro em cada dez argentinos que a indústria brasileira do turismo pretendia receber neste verão desistiram de viajar. A desvalorização do peso e o congelamento dos depósitos nos bancos acertaram em cheio o bolso dos vizinhos do Mercosul, que, nos últimos anos, representaram um terço de todos os estrangeiros que visitaram o Brasil. A queda na afluência argentina é calculada em 40% entre dezembro e início de janeiro. Se a tendência persistir até o final de fevereiro, quando recomeçam as aulas na Argentina, significará uma perda de divisas de US$ 400 milhões em comparação com o ano passado. Em balneários brasileiros como Florianópolis, o destino preferido desses visitantes, a queda no movimento é estimada em 50%. No ano passado, 1,68 milhão de argentinos entraram no Brasil, um recorde. Diante da situação, a Embratur pretende lançar ainda este mês uma campanha publicitária em Buenos Aires e em outras grandes cidades do país, na qual serão anunciados pacotes promocionais, com preços até 20% menores em dólar. A idéia é reduzir o prejuízo para 25%. Sem argentinos, turismo perde US$ 400 mi Buenos Aires - De cada três turistas estrangeiros que entraram no Brasil nos últimos anos, um era argentino. E de cada dez argentinos que deveriam visitar o Brasil neste verão, quatro desistiram. O resultado dessa equação provocada pela crise Argentina deve significar uma perda de cerca de US$ 400 milhões para o turismo brasileiro na atual temporada. Com base nos dados de dezembro e início de janeiro, os balneários brasileiros acusam uma queda média entre 30% e 50% no movimento de argentinos. Com dinheiro confiscado nos bancos ou amedrontados pela crise, os vizinhos ficaram em casa ou optaram por não mais do que uma semana nas praias domésticas, na região de Mar del Plata. Com o peso supervalorizado e o real barato, os argentinos se transformaram nos três últimos anos na principal fonte externa de receita para a indústria do turismo brasileiro. No ano passado, 33% dos visitantes estrangeiros ao país foram argentinos, num total de 1,68 milhão de pessoas. Em 2000, 1,55 milhão de argentinos entraram no país, em busca sobretudo das praias do Sul, em especial as de Santa Catarina. O número de turistas vinha crescendo sistematicamente desde 1995, quando 658 mil argentinos fizeram turismo no Brasil (ver quadro). Nos cálculos da Embratur, na média, esses hóspedes gastam US$ 69 por dia em estadias de 15 dias - US$ 1.000 por pessoa. Significa que eles deixaram, no ano passado, mais de US$ 1,6 bilhão no mercado brasileiro. Na mão contrária, foram 466 mil brasileiros em visita ao vizinho, o que, com base numa dedução simples, resultaria ainda num superávit turístico bilateral acima de US$ 1,1 bilhão em favor do Brasil - resultado que compensa o déficit da balança comercial, igualmente de US$ 1,1 bilhão em 2001. A estimativa é a de que as férias de verão representem cerca de 60% do movimento de argentinos no Brasil, o que faz supor que a manter-se a perda de 40% para todo o atual período de férias escolares - de dezembro até o fim de fevereiro, na Argentina - deixariam de ingressar no setor de turismo brasileiro algo em torno de US$ 400 milhões. Na tentativa de minimizar o baque, na semana passada o chamado 'comitê visite o Brasil', liderado pela área de comércio da embaixada brasileira em Buenos Aires, estava prestes a lançar uma campanha publicitária de oportunidade, na última semana de janeiro, para tentar animar pelo menos parte da classe média argentina a ainda aproveitar o verão brasileiro em fevereiro. 'A idéia é mostrar que, apesar da desvalorização do peso, o Brasil continua barato para eles e que ainda dá tempo para viajar', conta o chefe do setor comercial da embaixada de Buenos Aires, Roberto Ardenghy. O comitê, que inclui as três principais companhias aéreas dos dois países - Varig , TAM e Aerolíneas Argentinas -, a empresa de ônibus Pluma e oito operadoras de turismo argentinas, pretende ainda anunciar descontos tanto nas passagens como em alguns hotéis brasileiros, o que possibilitará oferecer pacotes promocionais com preços 20% menores em dólar para até o final de fevereiro - exceto a semana de carnaval, em que os hotéis já estão totalmente tomados. Mas, a disparada do dólar no recém-liberado mercado cambial obrigou o comitê a suspender o lançamento por pelo menos alguns dias. Os operadores alegaram que não poderiam promover preços que, depois, não possam ser cumpridos, justamente pela imprevisibilidade na desvalorização do peso. 'A campanha foi a forma que encontramos para tentar encolher as perdas para cerca de 25%. Com o dólar abaixo de 2 por peso, o Brasil continuará atrativo para o turista argentino e mais barato do que Punta del Este e México, que são nossos concorrentes diretos no verão', explica Ardenghy. Nos balneários brasileiros como Florianópolis, por exemplo, a queda na freqüência de argentinos é de até 55%, segundo estimativa da Santur, Secretaria de Turismo de Santa Catarina. 'Os hotéis estão com ocupação de 60%. No ano passado, era de 95%. A compensação está vindo parcialmente de turistas do interior de São Paulo, do Paraná e do Rio Grande do Sul', conta a diretora administrativa da Santur, Lucia Helena Hainzen. Se for mesmo para o ar, a propaganda brasileira na Argentina será veiculada durante uma semana na televisão, em painéis de mídia exterior e revistas. E, mesmo que não haja a publicidade pretendida, tanto fontes da Varig, como da TAM, confirmaram que, a partir de primeiro de fevereiro, vão oferecer preços de baixa temporada para saídas ao Brasil. (Ismael Pfeifer)
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