Gustavo: apoio da ciência para ir a Atenas

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Publicado em Sexta, 25 Janeiro 2002 12:28

Aos 29 anos, no Pinheiros, ele quer disputar sua 4.ª Olimpíada - se estiver em forma para subir ao pódio HELENI FELIPPE Aos 29 anos, Gustavo Borges, de 2,03 metros, especialista no estilo livre, pensa em como levar sua carreira o mais longe possível. De preferência, até a Olimpíada de Atenas, em 2004. Gustavo, feliz por ainda "ensinar à molecada como se nada", busca ajuda científica e técnica para chegar à Grécia com chance de pódio. Ontem, ele anunciou a volta ao Pinheiros, que defendeu até 1998, quando foi para o Rio. Sua saída do Vasco é mais um indicativo da falência do projeto olímpico do clube. Gustavo esteve na Bélgica, após ganhar duas medalhas de ouro na fase européia da Copa do Mundo de Piscina Curta (25 metros), para fazer testes de lactato e obter uma avaliação científica dos treinos. No Pinheiros, o atleta vai continuar o trabalho com Alberto Silva, com quem já treinava há 1,5 ano. Antes de Atenas, disputará torneios importantes, como o Mundial de Piscina Curta, em Moscou, em abril, e o Pan-Americano de Santo Domingo, em 2003. "A meta é ir a Atenas, mas com a certeza de estar apto a disputar medalha. Fui a três Olimpíadas e ganhei quatro medalhas. Nada é fácil e vou reavaliar minha meta a cada etapa cumprida. Tudo dependerá dos resultados dos próximos dois anos." Mas tem convite do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, para disputar a direção da entidade. Aos poucos, a força do esporte paulista, desmantelada por ofertas de salários milionários, mas não pagos, do Vasco, é retomada. O Pinheiros, com 17 modalidades esportivas, pode reforçar ainda mais o time de elite com o orçamento anual de R$ 8 milhões, 10% para natação. A vida de Gustavo, que é casado com uma ex-nadadora espanhola, Barbara, e será pai de uma menina em maio - já tem Gustavinho -, está estruturada em São Paulo. Por isso, acha bom voltar a um clube paulista. Evitou criticar o Vasco. Admitiu que deixou de receber salários, mas não revelou o valor do calote. "Fico triste por começar de um jeito bom e sair de um ruim. Mas o apoio que tive nos dois primeiros anos supre os problemas."
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