Jogos da Juventude representam a grande chance para maioria

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Publicado em Domingo, 21 Julho 2002 10:23

Participar de um campeonato nacional é a grande meta para os atletas principiantes. Mas atigir este objetivo é tarefa difícil para aqueles que não contam com qualquer tipo de financiamento para arcar com os custos das viagens necessárias para isso. Portanto, campeonatos como os Jogos da Juventude, onde o Governo Federal, além da oportuniade de competir em um grande evento esportivo, oferecde aos atletas passagem, hospedagem e alimentação, é uma chance única para a grande maioria dos participantes. Este depoimento foi dado pelo professor Varlindo Carneiro, Presidente da Federação Pernambucana de Atletismo, entusiasmado com o desempenho do estado nas provas da modalidade. Pernambuco conquistou um total de cinco medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze, ficando em quarto lugar no quadro de medalhas do atletismo. Além disso, dois recordes foram batidos: nos 5.000m marcha atlética e nos 400m com barreira. Muitos destes meninos que hoje estão aqui, poderiam ficar no anonimato para sempre, se não fosse esta oportunidade, explicou. Varlindo destacou, ainda o atleta do Acre, Fabiano de Oliveira Silva, campeão da prova de 2.000m com obstáculos, estabelecendo o novo recorde do campeonato. São meninos tão humildes que, muitas vezes, o apoio do governo do estado ou do município não é suficiente, completou o treinador. Segundo Varlindo, os Jogos da Juventude tem um papel fundamental no desenvolvimento do esporte nacional. O evento é importante por dois motivos principais: promove o congraçamento de todos os estados, e é a única competição nacional onde todos os atletas não dependem de obtenção de índices, mas sim da indicação de cada federação, dentro do número de altetas permitidos pelo regulamento. Depois que os Jogos Escolares Brasileiros, o antigo JEBs, foram criados, surgie um outro perfil do desporto nacional, disse, referindo-se ao grande número de atletas olímpicos oriundos desta competição. Medalhistas como Luisa Parente e Lars Grael, hoje, amobs da Secretaria Nacional de Esporte, são exemplos desta geração. Os JEBs foram substituídos pelos Jogos da Juventude em 1995. Com 30 anos de profissão na bagagem, Varlindo sabe como poucos as dificuldades de se manter um atleta em atividade. Tanto que um evento como este, onde os participantes estão em início de carreira, temos um retrato da camada social mais baixa. Já os atletas de alto nível compõem um nível social mais elevado, disse. De acordo com ele, a maioria dos equipamentos é importada, ficando muito mais difícil a aquisição de materiais de alto nível técnico. Pernambuco, por exemplo, não tem nenhuma pista de atletismo com revestimento de qualidade. A que nós tínhamos, está em estado precário. Algumas medidas buscam mudar este cenário. Alguns estados já adotaram projetos como a Bolsa-Atleta e o Congresso Nacional aprovou neste ano a lei de incentivo fiscal para a importação de material olímpico e paraolímpico.
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