Ministério do Esporte e Turismo traça o perfil do atleta brasileiro

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Publicado em Segunda, 26 Novembro 2001 11:02

O Ministério do Esporte e Turismo e o Comitê Olímpico Brasileiro estão traçando o perfil do atleta brasileiro. Quem é, qual a idade, quanto pesa, biótipo, modalidade praticada, onde mora, o que come. As respostas destas interroga’coes estarão disponíveis em um relatório, a ser divulgado periodicamente. Isto porque, o trabalho é seqüencial. Começou em 1997, nos Jogos da Juventude, passou por diversas competições nacionais do País e agora esta sendo realizado, por amostragem, entre os atletas participantes da Olimpíada Colegial de Poços de Caldas. O resultado do trabalho será disponibilizado em um banco de dados nacional, que está sendo feito pelos profissionais da Rede Cenesp, composta pelas estruturas físicas, administrativas, recursos humanos e materiais das próprias instituições de ensino superior, onde os centros ou núcleos estão implantados. Em Poços de Caldas 46 profissionais, sendo 32 de Belo Horizonte, estão trabalhando na pesquisa. O trabalho esta sendo dirigido pelo professor Emerson Silami Garcia, coordenador técnico-científico do Cenesp da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Nossa meta aqui é cadastrar os dados de 600 atletas de todos os estados, que é uma amostragem significativa do que acontece em todo o território nacional”, explicou Emerson Garcia. “Com estes dados vamos fazer todos os cruzamentos positiveis para trancarmos o perfil do atleta brasileiro”, complementou. O trabalho da Rede Cenesp é bem amplo. Os pesquisadores estão levantando dados que vão permitir uma completa avaliação dos diferentes parâmetros físicos, psicológicos e sociais dos atletas. Estão sendo realizados testes fisiológicos (flexibilidade, potência muscular, velocidade, etc), motores, antropométricos, biomecânicos, psico-sociais, de conhecimento tático e ate avaliação ambiental nos locais de competição. Avaliação psicológica - No setor de psicologia do esporte, por exemplo, os pesquisadores estão aplicando testes que visam detectar todos os fatores psico-sociais que podem fornecer importantes subsídios para o planejamento da formação de futuros atletas, como o nível de ansiedade dos atletas e onde começa a sensação de insegurança, alem da motivação, tanto para continuar a praticar determinada modalidade como para abandonar o esporte. “Os testes permitem avaliar qualidades relevantes especificas para o desempenho dos atletas, proporcionado também que se obtenha um parâmetro sobre os grupos”, explicou o coordenador da Rede Cenesp da UFMG, enumerando, ainda, outros objetivos do trabalho. “A avaliação global dos atletas vai permitir a identificação dos pontos fortes e dos pontos fracos, o acompanhamento do progresso conseguido, o planejamento científico do treinamento, o conhecimento das potencialidades de cada atleta, fornecimento de informação imediata sobro nível de rendimento físico e motor para os responsáveis de cada equipe e a proporia avaliação do nível técnico dos atletas”. “Esta é a primeira vez que meus atletas estão sendo avaliados de forma tão completa. E esta pesquisa é muito importante para termos um parâmetro do que acontece em um estabelecimento escolar, já que trabalhamos a nível escolar e não com esporte de competição”, explicou o técnico de basquete do Colégio Marista do Espírito Santo, Rubens Calegari. O técnico da equipe de Vôlei do Centro Educacional Charles Darwin, uma escola particular do Espírito Santo, ficou entusiasmado com o trabalho da Rede Cenesp. “Alem de ser uma oportunidade única para eu ter um conhecimento científico sobre as condições de minhas atletas, com o relatório final vou poder também saber os locais onde são feitos os melhores trabalhos nas diversas modalidades”, analisou. A pesquisa para traçar o perfil do atleta brasileiro e a avaliação dos atletas de alto rendimento do País são ações do Programa Brasil Potência Esportiva do Ministério do Esporte e Turismo e Secretaria Nacional de Esporte.
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