Secretário de Esporte de Minas Gerais prestigia Olimpíada Colegial de Poços de Caldas

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Publicado em Quinta, 29 Novembro 2001 11:02

"Não se faz esporte sem competições". Com esta frase, o Secretário de Esportes do Estado de Minas Gerais, Sérgio Bruno Zech Coelho, resumiu o motivo de sua pasta Ter se empenhado tanto para que o estado sediasse a Olimpíada Colegial Esperança 2001. "Dentro do projeto de resgatar o esporte mineiro, existe a determinação de que as nossas praças realizem o maior número de competições possível", enfatizou. O Secretário esteve em Poços de Caldas acompanhando as disputas colegiais, de olho na performance das equipes mineiras, sem esquecer, naturalmente, dos jogos de vôlei, uma de suas grandes paixões. Ele já defendeu a Seleção Mineira e a Seleção Brasileira da modalidade na década de 60. Zech falou sobre a importância da Olimpíada Colegial para o resgate e desenvolvimento do esporte mineiro, principalmente do interior. Reconheceu, também, a excelente infra-estrutura para qualquer competição nacional oferecida pela cidade de Poços de Caldas. Localizada no sul de Minas Gerais, Poços de Caldas tem 120 mil habitantes, aproximadamente, uma excelente rede hoteleira e 17 ginásios em condições de sediar eventos esportivos. "Poços de Caldas está dando um exemplo para o Brasil", disse o Secretário. A cidade tem uma ótima infra-estrutura hoteleira e possui uma grande tradição no esporte". Para o desenvolvimento do esporte do estado, Zech explicou que a Secretaria está implantando o projeto Minas Esporte e Cidadania, que visa a revitalização, recuperação e desenvolvimento do esporte mineiro. "Vamos trabalhar em duas vertentes, proporcionando condições para a prática do esporte comunitário e de competições esportivas", explicou, acrescentando que as ações do Ministério do Esporte e Turismo têm sido fundamentais para a condução das propostas em Minas Gerias e nos diversos estados. "Durante alguns anos, por falta mesmo de vontade política em realmente se fazer alguma coisa, o esporte, não somente em Minas Gerais, mas em todo o País, ficou um pouco de lado", explicou. "Somente a própria criação de um Ministério específico para o esporte já foi um forte indicativo de que as coisas realmente poderiam começar a mudar". O projeto Minas Esporte e Cidadania é ambicioso. Uma das metas, por exemplo, é proporcionar educação e prática esportiva, além de fornecer alimentação, uniformes e orientação profissional a 80 mil crianças de todo o estado. Outro objetivo é, até o final do próximo ano, implantar os programas existentes em 300 cidades mineiras. Até a década de 80, o estado de Minas Gerais era considerado um dos maiores celeiros de atletas do País. Revelou nacionalmente, inclusive, diversos atletas, como os campeões olímpicos de vôlei, Giovani e Talmo; o campeão Pan-Americano de hipismo, Vítor Alves Teixeira; e o campeão Pan-Americano de basquete em Indianápolis em 1987, Gersão. O esporte de alto rendimento proporcionou ao estado a conquista de 11 títulos brasileiros consecutivos na natação juvenil. Competições nacionais e internacionais também eram realizadas freqüentemente no estado. O esporte estudantil, celeiro de grandes revelações para os clubes, acabou caindo no ostracismo. Um dos fatores que contribuiu para a falência do esporte no estado foi o afastamento das entidades de ensino das praças esportivas, principalmente por causa da não obrigatoriedade da prática de Educação Física nos currículos escolares.
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