![](/images/banners/noticias.png)
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.
Informações: (61) 3217-1875
E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Agnelo Queiroz quer usar Sesi e Sesc para a iniciação esportiva
- Detalhes
- Publicado em Domingo, 19 Janeiro 2003 10:03
De cada duas mil pessoas que praticam esporte sai pelo menos uma com potencial para se tornar um atleta olímpico de alto nível. Esse número impressionou de tal maneira o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, que é nesse sentido que ele vai pautar muitas de suas decisões à frente da pasta. E o primeiro passo está bem próximo: a partir do mês de fevereiro, os quartéis militares começarão a abrir as portas para receber em suas quadras e campos crianças e jovens carentes, de acordo com o projeto do governo, de utilização da atividade esportiva como instrumento de desenvolvimento humano e de inclusão social. - Além de formar campeões, queremos que o esporte seja um fator de aprimoramento do indivíduo, de melhoria da qualidade de vida. Temos hoje 32 milhões de jovens, na faixa de 0 a 17 anos, vivendo abaixo da linha de pobreza, em condições precaríssimas. Ocupar esses jovens é da maior importância para o país - disse o ministro, que ao assumir já havia traçado como meta evitar que parte dessa juventude sem perspectiva tenha o presídio como destino. Outro número que tem impressionado bastante o ministro é o das áreas esportivas ligadas ao chamado Sistema S - Sesi e Sesc. Na sexta-feira, no Rio de Janeiro, Agnelo Queiroz teve um encontro que poderá resultar num incremento formidável da natação no país. O Ministério está formalizando uma parceria com o Sesi para utilização de suas 420 piscinas. Esse número, somado ao do Sesc, abrirá para uso da população o maior parque aquático do mundo. - Precisamos ter uma política de estado para o esporte, democratizar a sua prática mediante parcerias com clubes sociais, industria, comércio - frisa Queiroz. Com as seis mil entidades filiadas à Associação Brasileira de Clubes, o Ministério vem discutindo um projeto para que cada clube receba 100 crianças para iniciá-la na prática esportiva. - Só estar num ambiente desse, com quadra, piscina, etc. motiva a criança. E isso não custa quase nada. Imagina se agregarmos aos clubes a infra-estrutura do Sesi e Sesc. Poderíamos ter aí milhões de crianças sendo encaminhadas para a atividade esportiva, criando uma cultura voltada para os benefícios do esporte,ao mesmo tempo em que estaríamos formando campeões.. Médico, 44 anos, deputado federal do PCdoB-DF, em seu terceiro mandato - licenciou-se para assumir o cargo -, co-autor da chamada Lei Piva, de incentivo ao esporte, Agnelo Queiroz sabe que para tornar realidade seu projeto precisa procurar parcerias, tanto na esfera pública - caso das Forças Armadas e dos Ministério da Eduçação e da Saúde - como nas empresas estatais e privadas. Parceria importantíssima será com o Ministério da Educação. E mais uma vez o número impressiona: são cerca de 190 mil escolas espalhadas pelos país, que podem participar do esforço de democratização e iniciação esportiva. - Incentivando o esporte na escola você faz essa iniciação, além de tornar a escola mais atrativa. Para isso, o governo vai priorizar que a produção de equipamentos esportivos pelos presos seja distribuída às escolas, que deverão abrir também nos fins de semana, com atividades esportivas e culturais. Quanto aos patrocínios de empresas estatais, Agnelo disse que está sendo feito um reestudo e que a intenção não é acabar com eles, mas sim incentivá-los.
{audio}{/audio}