Ministério do Esporte Entrevista/Agnelo Queiroz PARTE II
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Entrevista/Agnelo Queiroz PARTE II

CORREIO — O esporte de rendimento, hoje, no Brasil, depende do patrocínio de várias empresas estatais. Esse apoio financeiro do governo para as confederações será mantido? AGNELO — Tem que haver uma relação profissional. A empresa vai discutir o custo e benefício do patrocínio. Eu não tenho dúvida de que é importante colar a imagem da empresa com o esporte e ganhar dinheiro com isso. O Banco do Brasil é o maior exemplo. Ganhou carteiras novas, diminuiu a faixa etária de seus clientes. Isso é uma estatal investindo em seu povo e ganhando dinheiro. Há certas áreas que não têm esse retorno econômico. Aí é que entra o Estado para fazer as análises. Não se pode pegar todo o recurso publicitário para fazer doação. CORREIO — Qual será o papel do Ministério nas votações da MP 79/2002, que trata da moralização do futebol, e do Estatuto do Torcedor? AGNELO — Nossa visão é dar prosseguimento a essas iniciativas porque elas vão ao encontro do objetivo da sociedade, que é a moralização do futebol. Com o Estatuto, não é só o torcedor que vai ser beneficiado, mas o clube também. Somos os melhores do mundo dentro de campo, temos que ser também fora de campo, seja na defesa do consumidor ou na administração dos clubes. Prestar contas é fundamental. Vamos tratar isso em um âmbito mais geral, que é o Estatuto do Esporte, para aglutinar toda a legislação, não só no futebol, mas em todas as modalidades. Com mudanças na Lei Pelé. Aí você tem estabilidade jurídica e instrumentos de fiscalização, até com a participação do Ministério Público, da Justiça. CORREIO — Mas Eurico Miranda, presidente do Vasco, disse que não vai prestar contas, como exige a MP do futebol... AGNELO — Vai sofrer as sanções da lei. O clube é privado, mas tem um interesse público. Então tem que dar satisfação ao público. Mas quero também dialogar, saber como fazer para melhorar a saúde financeira dos clubes. Vou adiantar aqui uma proposta, sobre a situação de endividamento dos clubes com o próprio Estado. Queremos discutir o pagamento dessas dívidas com a troca de programas sociais do clube. Você já imaginou o que seria uma escolinha do Flamengo no Piauí, dirigido e pago por eles? Seria um sucesso extraordinário. O clube pode fazer isso com o futebol e com outras modalidades. CORREIO — O processo de escolha de seu nome para o Ministério foi desgastante. É possível acreditar no esporte como prioridade? AGNELO — O desgaste foi duplo. Primeiro por causa do sofrimento por trabalhar na área, saber do potencial do esporte e temer que um governo com características sociais não usasse esse potencial. O segundo foi a demonstração da falta de conhecimento geral sobre o assunto. Agora temos um ministério específico. O próprio Lula disse que era um apaixonado pelo esporte e pediu para acioná-lo para ajudar nas parcerias que vamos fazer. E vou acionar muito. Será justamente em um governo de esquerda que ficará marcada na história do Brasil a importância do esporte. Estamos ainda muito longe de enxergar como os países desenvolvidos enxergam o esporte. Mas podemos estabelecer as bases que tornem irreversível o desenvolvimento do esporte no Brasil em todas as áreas, com o desenvolvimento humano. Como conseqüência disso, vamos ganhar muitas medalhas, vamos virar um país olímpico.
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