Evento da Abav reuniu cerca de 15 mil pessoas

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Publicado em Quinta, 29 Agosto 2002 12:43

Agentes de viagem procuram alternativas para sair da crise e discutem, em seminário durante Congresso da Abav em Recife, sobre as novas modalidades de pagamento ao mercado e sobre as estratégias para se adequar às novas tecnologias. A partir de 2003 o Congresso da Abav acontecerá somente no Rio de Janeiro José Mário Pinto da Redação Mais de 14 mil pessoas participaram do 30º Congresso Nacional da Associação Brasileira das Agências de Viagens, na última semana, em Recife. Tasso Gadzanis, presidente do Conselho Nacional da Abav, considera o resultado além da expectativa porque ''atravessamos uma situação crítica''. Na sua avaliação os agentes de viagem estão procurando produtos novos, alternativas, novidades para sair da crise''. Neste ano, o Congresso da Abav teve uma participação menor dos operadores de turismo estrangeiros. Gadzanis atribui isto às consequências do atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. ''Os americanos não têm verba e não se encorajam para vir ao Brasil''. O presidente da Confederação das Organizações Turísticas da América Latina (Cotal), Enzo Furnari, sugeriu a regionalização do turismo como maneira de fortificar o setor e aproveitou o congresso da Abav para lançar aqui a idéia de multidestinos, que já existe na América Central onde conseguiu bons resultados. Depois do atentado que destruiu as torres do World Trade Center, diminuiu em sete milhões o número de turistas em toda a América Latina. Desse total, cerca de cinco milhões deixaram de viajar para os Estados Unidos. É preciso que os americanos percam novamente o medo de voar, disse Furnari. Com exceção da Guatemala, em toda a América Latina houve, no primeiro semestre, uma redução na quantidade de visitantes em relação ao mesmo período do ano passado. A queda foi de 7% a 8% e não apenas no Brasil. Os turistas estão buscando distâncias mais curtas. ''Temos que buscar a possibilidade de as companhias aéreas fazerem um preço menor com aterrissagem pontual em mais países'', afirmou o presidente da Cotal. No Congresso da Abav, um tema abordado em seminário abriu o ciclo de debates sobre as novas modalidades de pagamento ao mercado, a exemplo da Transferência Eletrônica Disponível (TED), apontada como a alternativa mais viável em relação aos pagamentos feitos com cheques ou via DOC. Segundo o gerente de Projetos do Banco de Boston, Marcus Miranda de Almeida, a partir do dia 6 de novembro deste ano, vai ficar mais caro fazer pagamento com cheque ou DOC. ''Um percentual será cobrado sobre o valor do cheque ou da transferência. Os valores irão aumentar gradativamente e, em abril de 2003, os índices chegarão à marca de 80% sobre os cheques e 97% sobre os DOCS'', esclarece. Outro assunto discutido foi o controle sobre as contas a pagar e a receber. É importante que o agente de viagem saiba quanto de pagamentos ele recebe em dinheiro, cheques e transferências, e que possa se adequar às novas tecnologias do mercado'', concluiu. Acordo comercial efetuado entre a Delta Air Lines, Northwest e Continental Airlines traduz a necessidade das companhias aéreas americanas reagirem às graves consequências dos atentados de 11 de setembro de 2001, racionalizando suas condições de produção e melhorando a oferta aos consumidores no que diz respeito aos destinos, horários, frequências e condições de transporte. Seus signatários informam que o acordo se aplicará inicialmente ao mercado doméstico norte-americano, antes de ser estendido às ligações intercontinentais. PARTICIPANTES DA ABAV 2002 Agências de viagens/operadora Abav 4.085 Agências de viagens não associadas 252 Entidades de Turismo 23 Estatais de Turismo 239 Faculdades de Turismo 126 Hotéis 241 Imprensa 568 Locadora de veículos 19 Transportadora aérea 90 Transportadora rodoviária 13 Outros 605 Total de fichas processadas: 8.399 Total Geral 14.660 DECISÕES FINAIS Os agentes de viagens brasileiros, reunidos no Congresso Abav 2002 decidiram, entre outras ações, empenhar-se, junto ao Congresso Nacional, para definir com precisão o âmbito de atuação das agências de viagens e turismo; intensificar gestões junto ao poder público para minimizar os impactos tributários e burocráticos que incidem sobre as empresas do setor; lutar pela preservação do direito à justa remuneração pelos serviços prestados pelas agências às companhias aéreas e fortalecer iniciativas de incremento ao turismo receptivo.
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