Ministério do Esporte Celeiro de campeões luta por reconhecimento
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Celeiro de campeões luta por reconhecimento

Brasil é uma potência no esporte, mas atletas sofrem com a falta de apoio para competir VALÉRIA ZUKERAN Ser um verdadeiro celeiro de campeões mundiais, mas viver lutando para receber apoio financeiro e reconhecimento. Esta é a realidade da ginástica aeróbica do Brasil, considerada "prima-pobre" da ginástica artística e da ginástica rítmica desportiva por ainda não integrar o programa dos Jogos Olímpicos. Enquanto a inclusão não acontece, os atletas do País acumulam títulos e fazem o que podem, inclusive morar no exterior, para se dedicar ao esporte. Este ano os representantes brasileiros conseguiram resultados expressivos. No início do mês, a dupla formada por Olga Cardoso e Roberson Magalhães foi bicampeã do mundial organizado pela Associação Mundial de Campeonatos de Aeróbica Nacionais (Anac) e Magalhães também foi o melhor na categoria individual masculino. Em março, no Japão, Marcela Matos, do São Paulo, sagrou-se bicampeã mundial pela Federação Internacional de Aeróbica (IAF). Roberson é um caso clássico do desperdício de talento brasileiro. Sem apoio para competir, o ginasta abandonou os palcos por cinco anos para treinar atletas nos Estados Unidos. Segundo Olga, sua volta, há cerca de dois anos, aconteceu por acaso e teve um toque de conto-de-fadas. "O Roberson pedia aos atletas que ele treinava para fazer determinados movimentos e eles sempre diziam que não dava. Para provar o contrário, ele ia lá e fazia.", conta Olga. A percepção de que ainda poderia ser competitivo, aliado ao fato de ter recebido incentivo e apoio financeiro de Ann McVety, uma conhecida mecenas da ginástica aeróbica americana, fez o ginasta ganhar ânimo para voltar à ativa. Loucura - "Eu já havia desistido há muito tempo de competir e estava dando aulas em academias de Belém quando o Roberson me ligou. Queria que eu fosse morar nos Estados Unidos para formar dupla com ele e competir", conta Olga. A ginasta disse que inicialmente respondeu com um "Você está louco?", lembrando das decepções que teve no passado. "Mas a minha mãe me incentivou e eu acabei topando." Depois de dois meses de treino em Barbacena (MG), cidade natal de Roberson, a dupla conseguiu se classificar para o Mundial da Anac de 2000. Olga e Roberson perderam o título para a dupla brasileira Lucas Barros e Maria Fernanda Sasaki por 0,01 ponto. "Meses depois, no Mundial da IAF, vencemos a dupla pela mesma diferença." Este ano, Olga e Roberson foram bicampeões na Anac e aceitaram proposta de trabalho na academias de ginástica Gold's Gym, em Washington. Olga afirma que tanto ela, com 31 anos, como Roberson, 32, não alimentam, como os mais jovens, o sonho olímpico. Tanto que a dupla ignorou a briga entre a Federação Internacional de Ginástica (FIG), que é ligada ao Comitê Olímpico Internacional (COI), e a Anac - a primeira proibiu seus atletas de participarem de eventos da segunda sob pena de uma exclusão futura em olimpíadas. "No nosso caso não muda nada, mas achei injusto o que fizeram com atletas como a Marcela, que não pôde defender o título", opina Olga. "Também não achei legal o que fizeram com o pessoal da Anac, afinal foram eles que inventaram o esporte." Olga afirma entender que a FIG queira adaptar a ginástica aeróbica às exigências de uma modalidade olímpica. "Mas acho que cada um deveria ser livre para fazer o que achar melhor para si."
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