Ministério do Esporte Terapia com cavalo ganha competição
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Terapia com cavalo ganha competição

Crianças deficientes mostraram seus avanços no primeiro torneio feito só para elas TATIANA VICENTINI Pela primeira vez, crianças com deficiências físicas e mentais participaram do Circuito Brasileiro de Hipismo. O Centro Integrado de Equoterapia (CIE), em parceria com a Associação Brasileira de Desportos Especiais (Ande) e a Sociedade Hípica Paulista, recebeu 150 cavaleiros para os Primeiros Jogos Abertos Paraolímpicos do Brasil, no sábado. Eles vieram de várias cidades para mostrar que com força de vontade e carinho tudo é possível. É o caso da pequena Beatriz Gabas, de 2 anos. Há apenas um mês e meio, ela iniciou a equoterapia como forma de tratamento para paralisia cerebral. "Já estamos notando a diferença", disse Ligia Gabas, mãe de Beatriz. "Ela está com menos dificuldade na fala." A menina faz a terapia graças a uma bolsa parcial de um ano. "Para 2003, teremos de encontrar alguém que nos ajude novamente. Mas compensa todo o sacrifício. Fico emocionada em vê-la se recuperando e sendo tratada com tanto carinho." Reconhecimento - A equoterapia é um instrumento terapêutico que auxilia o desenvolvimento da capacidade motora e mental do paciente. Reconhecida no Brasil desde 1997 pelo Conselho Federal de Medicina, a equoterapia é usada em portadores de disfunções neurológicas, ortopédicas e síndromes, como a de Down. Segundo a idealizadora e diretora do CIE, a psicopedagoga Eveline Rezende Capelle, de 32 anos, a idéia da competição surgiu para incentivar as crianças. "Todos os dias doamos o que temos de melhor para ajudá-las a ter auto-estima e segurança em suas atividades diárias. O mais gratificante é ver os pequenos progressos e saber que nosso carinho é retribuído em dobro." Todos puderam conferir de perto os avanços de Luís Henrique Lira Guedes, de 8 anos. O garoto levou uma torcida organizada para a Hípica, além dos pais, que filmavam e fotografavam cada sorriso e movimento do filho. Quando ainda era bebê, Luís teve meningite; não desenvolveu a fala e perdeu a mobilidade do lado direito do corpo. Em tratamento há seis meses, já consegue cavalgar sozinho. "Ele acordou às 7 horas, tirou e colocou o uniforme várias vezes de tanta ansiedade", contou Danielle Lira, mãe do garoto. "Acompanho a cada dia o desempenho do Lucky, como o chamamos, mas fiquei surpresa com os resultados." A atuação de Fernanda Magri, de 9 anos, arrancou aplausos e lágrimas de todos. Ela é deficiente visual e há um ano e meio treina na Hípica. Depois de se apresentar, pediu o microfone a Eveline, pois queria falar com o público. "Gostaria de agradecer a todos pelo carinho e pela torcida. Fiquei muito emocionada", disse. A mãe da garota, Cecília Magri, estava orgulhosa da filha. "Muitas vezes subestimamos o potencial deles, mas a cada dia nos provam o quanto são fortes. A equipe de treinamento daqui também é maravilhosa, o que facilita a recuperação das crianças." Antes de começar o tratamento, Gabriel Popozich, de 8 anos, não conseguia chegar perto de nenhum animal. Portador de síndrome de Down, ele está há quatro anos na equoterapia. "O Gabriel morria de medo, hoje até dá cenouras na boca do cavalo", afirmou a mãe, Cecília Popozich. "Meu filho está mais sociável e seguro, sente-se valorizado. Para ele, o tratamento com cavalos é um esporte, uma grande diversão." O cavaleiro Cláudio Vieira de Moraes abandonou a equitação para se dedicar ao projeto. "Estou aqui há dois anos e depois de um dia de trabalho chego em casa leve. Algumas mães me ligaram dias antes da competição para dizer que os filhos não estavam se agüentando de tanta ansiedade." O torneio foi a forma de incentivar as crianças a treinarem mais e terem vontade de melhorar. "Até os cavalos percebem que são crianças especiais e as ajudam pacientemente. A energia é maravilhosa. O sorriso delas, ao perceber que estão progredindo, não tem preço."
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